Salazar pelas esquinas

antonio-oliveira_salazar
“Sabia que em pleno centro de Ansião existe uma rua Oliveira Salazar? Fica a dois minutos da Câmara Municipal mas parece que ninguém se preocupa com o assunto. Em Monte Real, concelho de Leiria, também encontra uma rua homónima.
Ajude-nos a mapear as ruas Oliveira Salazar que continuam a existir em Portugal”

in Má Despesa pública

Comments

  1. Teresa Almeida says:

    E qual é o problema? Ele não existiu, não fez parte de quase 50 anos da nossa história? Vamos apagar tudo e todos os que causaram mal a Portugal e aos portugueses? Creio que começávamos no Viriato…

    • joão lopes says:

      pode achar que estou a brincar,mas leia o ultimo album do Asterix,e veja como os lusos são retratados.Ate parace que já estou a ver muito luso indignado á porta das livrarias.Pois é,muito luso da idade da pedra(do ponto de vista da educação,por ex.) incluindo o tal do Salazar,e muitos salazarentos que por aí andam.E agora,na idade da globalização ,com muita informação disponivel,qualquer dia,somos outra vez um estado paria(tal como o salazar gostava,precisamente)


    • Viriato, a sério? E por que não D. Afonso Henriques, esse malfadado que bateu na própria mãe?

      Aqui vai um pedacinho de história (do Viriato) – também em inglês, porque a wikipedia tem grandes diferenças entre línguas:

      https://en.wikipedia.org/wiki/Viriathus

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Viriato

    • ZE LOPES says:

      Concordo! Comecemos! Qual é o seguinte?

  2. Ricardo says:

    Eu subscrevo, se o nome for mudado para Fidel Castro.

    Ricardo

    • Rui Naldinho says:

      Então, e o I maiúsculo no RIcardo?
      Aí SIlva, SIlva, a vida SIlva!

  3. Ricardo Almeida says:

    Infelizmente ainda há muita gente que acredita que a influência de Salazar em Portugal terminou no dia 25 de Abril de 1974.
    A sua influência directa talvez sim (censura, prisioneiros políticos, Ultramar, etc..), mas é quase impossível apagar mais de 40 anos de opressão conservadora de direita da mente das pessoas com apenas uma revolução.
    Da memória talvez, mas não dos hábitos nem da forma de encarar uma realidade agora sem os grilhões inerentes à trilogia “Deus, Pátria, Família”.
    Basta olhar para a devoção religiosa quasi fanática em tantas aldeias perdidas (e não só!) pelo país e uma aversão irracional ao conhecimento e cultura individuais por parte população “educada” (formatada é o termo mais adequado aliás) durante esses anos negros para perceber que os tentáculos salazarentos ainda mexem em pleno século XXI.
    Como se isso não fosse mau que baste, os portugueses ainda tiveram de aturar mais de 20 anos de Cavaco quando a revolução ideológica ainda ia a meio, o que só exacerbou o problema.

    • JgMenos says:

      Mais um a declarar-se membro da manada progressista.
      ‘Deus, Pátria e Família’ incomoda?
      Assim se vê o grau cultural e a elevação de espírito da matilha esquerdalha.

      • joão lopes says:

        cultura é deus,patria,familia? continua a escrever,estas a fazer um optimo trabalho…afinal a helena matos é mesmo inocua,só consegue enlouquecer os seus proprios fanaticos.

        • JgMenos says:

          Nem quero saber ao que chamas cultura…provavelmente um molho de mantras.

          • ZE LOPES says:

            Molho de mantras? Isso vai bem com quê? Se é para carapaus, prefiro de escabeche!

          • S. Bagonha says:

            Desculpem-no lá que ele queria dizer era “mantas”. Ele sabe lá o que são mantras…….

      • Ricardo Almeida says:

        😀

      • ZE LOPES says:

        A matilha esquerdalha ainda tem espírito. Ao menos é unida, solidária. Já a direitolha, a que V. Exa. pertence, é um bocado mais individualista e intriguista. Estão sempre a rosnar e a morder as caudas uns aos outros.

        Ai V. Exa não tem cauda? Pois aí está…

      • ZE LOPES says:

        Não incomoda nada! Aliás eu até fazia outra coisa: procurava em cada terra o beco mais esconso e dava-lhe o nome de Beco Salazar. É uma homenagem singela mas, creia V. Exa., plenamente sentida.


      • Tu é que gostarias de andar em manada…


    • As aldeias não estão perdidas. As gentes de lá sabem muito bem onde estão. E não são fanáticas, porque tratam os santos, Jesus e sua mãe, como gente da família com quem se pode conversar e zangar. Fanáticos são os da cidade que acreditam no super homem.

      • ZE LOPES says:

        Eu acreditava, mas deixei. O gajo agora tem a mania de andar a aterrar nas aldeias e a meter-se logo na tasca. Ainda por cima, volta e meia, levanta voo sem pagar! Não admira que as gentes das aldeias se refugiem nos santos!

  4. Rui Naldinho says:

    A maior parte da toponímia associada a António Oliveira Salazar, foi removida das grandes cidades. A começar logo pela Ponte sobre o Tejo, mandada construir pelo próprio, no tempo em que ele era Primeiro Ministro.
    Existem de facto algumas ruas e largos com o nome dele, mais em vilas e aldeias do interior, onde para a maioria da “sociedade civil”, muito mais importante que o fascismo, eram e ainda são os fogos do Verão, a falta de água na ribeira no estio, ou na barragem vizinha, a “congra” para o Sr. Padre, o Largo do Pelourinho que se encontra por asfaltar, ou o chafariz, cuja água passou a ser da “companhia das águas”, e já não era tão boa como antigamente.
    O fascismo para a maioria dessa população diz-lhe pouco. Viverem quase sempre isolados, com excepção dos raianos. As vilas e aldeias refletiam a pobreza, o analfabetismo e o ostracismo a que estavam votados, e a sua luta política chamou-se emigração. Lutaram à sua maneira, indo buscar sustento noutras paragens.
    Daí eu entender como normal, que Salazar ainda lá esteja, tal como está a Rua do Monte, o Largo das Silvas, a Rua do Cimo de Vila, a Nossa Senhora de Fátima, e muitas outras nossas senhoras.


  5. A revolução não chegou ao interior. A esses antros perdidos e esquecidos do interior que só vêm ao de cima quando ocorrem tragédias. E lá está a rua do “Dr. Salazar”!

  6. JgMenos says:

    Ó grande coirão!
    Todo o bardamerda tem nome de rua e as de um dos mais eminentes portugueses do séc. XX , incomoda-te?
    Lembra-te talvez um tempo – que provavelmente não conheces-te – em que a economia crescia monótona e consistentemente e a certeza era de que o ano seguinte seria melhor.

    • joão lopes says:

      excelente,afinal ler o Observador enlouquece as pessoas(eh,eh,eh)

    • ZE LOPES says:

      Era esse mesmo um dos problemas da economia: a monotonia. Crescia, mas era muito aborrecida. Foi por isso que uns milh-ões de portugueses foram dar uma volta por esse mundo fora. Mas ainda hoje estão muito agrdecidos: basta ver os milhões de peregrinos que, diariamente, afluem a Santa Comba Dão.

    • ZE LOPES says:

      “Todo o bardamerda tem nome de rua”? Permita-me discordar! Não conheço nenhuma Rua JgMenos!

    • Paulo Marques says:

      Então as guerras coloniais, ui, só lucro!

      • JgMenos says:

        Todas as economias cresceram, cá e no Ultramar, até que chegou a esquerdalhada.
        Podia ter sido diferente? Podia…
        Em 1973, o PIB per capita de Portugal atingiu 56,4 por cento de 12-CE em média. Em 1968 era de 38 por cento.

        • ZE LOPES says:

          Eu lembro-me bem! Era uma festança! Toda a gente comia PIB! Era PIB ao almoço, PIB ao lanche, PIB ao jantar. O único problema eram as batatas. Fora isso, era uma maravilha.

          O Estado, na altura, até proporcionava umas férias em África a todos os portugueses do sexo masculino para exercitarem os dotes para a caça grossa, e assim se tornarem depois mais produtivos. O que se revelou muito eficaz, e a prova são os bairros de alta qualidade que ainda hoje existem em Paris e arredores.

          Aliás, Paris, era outro local de destino turístico de muitos portugueses, que procuravam espairecer,, aborrecidos que estavam com a monotonia do crescimento económico. É caso para dizer: ricos, e mal agradecidos!

        • Ricardo Almeida says:

          É muito fácil falar quando se ficou a abanar o lencinho aos navios cheios de jovens ignorantes de partida para África. Sim, a vida era muito boa nessa altura, mas não para todos.
          E quando estes voltavam sem conseguir dormir uma noite seguida sequer com pesadelos, bah, era metê-los a trabalhar de Sol a Sol no campo que o mal deles eram não irem para a cama cansados. Traumas de guerra é coisa de pacifistas e pacifismo é coisa de esquerdalhos certo?
          E depois havia ainda as massas de coitados analfabetos que, segundo estes senhores, eram apenas preguiçosos demais para aprender a ler por si próprios, mesmo que o único livro na aldeia fosse a bíblia do padre. O mal foram os esquerdalhos que estragaram esta sociedade ideal com facilitismos como alfabetização generalizada e acesso público a saúde. Homem que é homem não pára de cavar nem que rebente o baço. Dores é coisa de esquerdalho!
          Quando o “sucesso” de uma minoria se obtêm a custo da miséria de tudo o resto, qualquer tentativa de normalização da situação só revela a idiotice.
          Mas atenção, ser de direita não é razão para ser idiota mas ser idiota normalmente é motivo para ser de direita.
          Bom fim de semana



    • Ó Menos, é melhor deixar a droga, que isso aí está a ficar feio…

  7. joão lopes says:

    mas alguem pensava que os pides ou os seus filhos desapareciam,se evaporavam.eles andam aí,e são bem conhecidos.Nao convem nada facilitar com esta gente(repare-se que até o joao miguel tavares utilizou uma cronica do jornal Publico para fazer publicidade gratis ao blasfemias/insurgente,fora outros loucos que andam por aí).Por mim,não viro a cara á luta.PIDES SÃO PIDES,PONTO FINALp.s-e não se esqueçam que o politicamente correcto,acabou(eh,eh,eh)


  8. As pessoas que vivem no mundo rural têm a sageza suficiente para perceber que o nome numa placa de rua é para homenagear mortos, por isso não gostam de lhes mexer porque o que os preocupa e chateia são os vivos. Como são pessoas de fino humor, nunca deixam retirar as placas de um Salazar ou de um Caetano, porque se enchem de gozo com a raiva que isso faz aos moribundos das cidades, tão preocupados com mortos que se esquecem de viver.


    • Muito bem.
      Temo esta pressão para as ideias únicas e salvadoras como se a verdade estive apenas na “nossa posse” e tudo o resto é par “apagar”.
      Temo todos aqueles que têm certezas e ideias salvadoras para todos.
      O comunismo é de facto um modelo que aponta para uma sociedade do tipo Céu na terra. Do meu ponto de vista é uma utopia tosca…

  9. Paulo Marques says:

    É o problema das revoluções pacíficas, as ideologias ficam e as pessoas voltam para fazer o mesmo sobre uma democracia em que tudo muda para o essencial ficar sempre o mesmo e o voto decidir pouco.


  10. Salazar é um de nós, um português que falhou e fez também coisas positivas. Temo, hoje, alguns dos anti-Salazaristas porque vêem munidos de novas salvações ou hedonismos arrebatadores…


  11. alguns dos produtores de textos e alguns comentadores são uns ignorantes, culturalmente falando.

  12. ZE LOPES says:

    Realmente anda por aí muita gente a roçar o cu pelas esquinas. Atendendo ao título do post…estão largamente perdoados!


  13. Por cada “Rua Salazar”, nas aldeias, há, nas vilas e cidades, umas 20 Ruas Gomes Freire de Andrade, um militar traidor que se se bandeou com os franceses que invadiram Portugal, 50 Ruas Cândido dos Reis, um republicano tão imbecil que se suicidou no 5 de Outubro, 100 “Praças Marquês de Pomba”l, um “Salazar” do tempo dele, mas em versão “hardcore”, e 1000 ruas de outros gajos da Maçonaria que ninguém sequer conhece. Se fossemos a limpar isso tudo…

  14. Marcelo says:

    fez uma coisa boa:

    fodem os comunas

    Marcelo