Se ele pode chamar moinantes aos portugueses, podemos retribuir o cumprimento, certo?
Repare-se nos preciosismos:
- “Ainda por cima, hoje vive-se mais anos e qualquer dia trabalha-se até aos 80 anos.” – então, afinal, os portugueses são trabalhadores.
- O Fórum Económico quer saber que empresas cresceram acima da média “porque são essas empresas que deveriam ser apoiadas em termos estratégicos e pontualmente deveriam ser ajudadas para comprarem as empresas que dentro do seu sector cresceram menos.” – Portanto, venham daí os subsídios e, ainda para mais, para acabar com a competitividade.
- “Uma das razões [da falta de crescimento] deve-se à carga fiscal.” – Alguém lhe pode explicar porque é que na Alemanha e na Finlândia, só para dar dois exemplos, há crescimento?
- Diz ele que “há falta de mão-de-obra”. Que as empresas não conseguem contratar. E que “não crescemos mais porque não encontramos pessoas.” O Sr. Ferraz da Costa que agradeça ao amigo Passos Coelho & c.ia que convidaram as pessoas a emigrar. Mas qual é a explicação dele? “Porque [as pessoas] não querem trabalhar…“. No entanto, qualquer dia trabalha-se até aos 80 anos. O Sr. Costa já pensou sugerir que se passasse a pagar decentemente aos empregados? Dava-lhe muito jeito, imaginamos, que o pessoal tivesse que aceitar cem euritos ao dia e era se quisesse um caldo quente à noite. Mas temos pena, o tempo dos negreiros, supostamente, já lá vai.
Ferraz da Costa é aquele que é liberal quando se trata de falar do vínculo laboral dos outros, mas é estatizante quando se trata de tentar mamar nos impostos para subsídios nos negócios. Da laia deste há muitos. Chora menos e vai trabalhar, pá. Ou como escreveu Pedro Marques Lopes, “faz lá o recorte do jornal, vai mostrar aos amigos e no caminho vai à merda”.
Da laia deste, infelizmente, há demasiados.
Mais outro fanboy Passista desolado pelo facto do “Dr.” Oliver.. Passos Coelho já não estar a escavacar a vida de milhões de portugueses.
São literalmente estes tipos, que devido à sua ganância e não devido à competência chegam a lugares de topo seja no Estado como nas empresas que fazem de Portugal um país pior.
palhaço não. filho da puta.
ele que experimente pagar salarios minimamente decentes (não preciso altos, basta decentes) e vai ver que mao de obra nao falta.
Aqui na minha rua, há um coirão que diz coisas semelhantes…
Já cá faltava o Saraiva do século passado.
Já cá faltava o Saraiva do século passado. O discurso é sempre o mesmo malandros e calaceiros são sempre os outros.
Quando é que se corre estes parasitas à guilhotina?
Os portugueses são trabalhadores ou malandros conforme a situação e a forma como são tratados, pelos governos e pelas empresas e pelas instituições – veja-se a sua diferença de atitude face ao trabalho no País e no estrangeiro. Nisto não se distinguem de outros povos ou nações.
Contudo, já o mesmo não se poderá dizer do tecido empresarial – não contanto com o sistema financeiro, que esse é outro grande caso, pela sua tónica e alcance universal. Naquele, com poucas excepções, o que o tem caracterizado é um empresariado mal preparado, empresas mal organizadas e com poucas hipóteses de se desenvolverem; sempre pronto a enxotar o Estado quando dele não precisa, mas muito lesto a ele recorrer, quando as coisas não lhe correm tão bem como quereria. Obviamente, gente desta estirpe e cariz, quererá para colmatar as suas falhas de gente subserviente, mal paga e – como se dizia antigamente – temente a deus (o outro e, certamente, o patrão. Mas, porque é gananciosa, também gostaria que o Estado, nesse seu empenho em apoiar – os tais subsídios -, os ajudasse a engolir alguns dos outros – aquilo de que estamos a falar. E não é que, muitas vezes, por apoio ou omissão da governação, o conseguem, mesmo que o seja à custa dos interesses do Pais? Veja-se o caso da PT.
Na verdade, o Estado, os seus governos, têm muita culpa sobre o que se passa, nomeadamente no campo da formação técnica e profissional. Os politécnicos não cumpriram a função para que foram criados – ensino técnico – então vão dar-lhes para além dos doutoramentos, os mestrados de 1 ano.
Qual é o cenário, então, que faz esta gente falar? Em zonas onde há desemprego, temos resmas de mestres em serviço social, ciências da educação, relações internacionais, psicologia, assessoria de direcção e, etc e tal. Mas, para trabalhar? Para trabalhar recorrem a emigrantes (legais e ilegais – não interessa) do Oriente e do Leste Europeu.
Com um panorama assim, a que se junta a actuação de alguns sindicatos e partidos, vai ser muito difícil calar este tipo de gente. Até porque, os mesmos, para além de acharem que têm razão, têm apoios na governação – como se vê.
Há uma direita que anda todos os dias enraivecida com o que se passou no dia 25 de Novembro de 2015. https://m.youtube.com/watch?v=AQf1gbIp5Mg
Continuem acabrunhados e resmungado com o vosso destino, que eu gosto.
Antes era o Diabo e o inferno, que chegariam depressa. Hoje é o céu que podia ser mais azul, que o azul celeste. Amanhã serão as moscas que se transformariam em abelhas.
Ó Pedro vai comer um molho de feno, pá!
; ) gostei dessa, “faz lá o recorte do jornal, vai mostrar aos amigos e no caminho vai à merda”.
…. e aproveita o jornal para limpar o dito cu…jo
Este burgesso há anos que tem este discurso. Parece estar sempre enfastiado deste país e deste povo, mas nunca se pôs ao fresco. Se é assim tão bom empresário e gestor, e lá fora é que é bom, perdeu uma boa oportunidade de ir para lá. Ou talvez não. “Lá” não devem existir governos a fazer-lhe favores.
E não sou eu a falar de favores do aparelho de Estado.. Há uns anos este tipo conseguia tudo o que queria em negociações relacionadas com o Orçamento. Foi no tempo do governo minoritário, do Guterres. Nessa altura a liderar o CDS estava Manuel Monteiro, que ele tratava como simples criado. Li numa entrevista, referindo-se a ele uma expressão do tipo “é bom rapaz, em tempos trabalhou lá na CIP”. Ainda não tinham começado as “negociações” para viabilizar o OGE e já o Ferraz estava a dizer que ia ser aprovado. Era só esperar, que o CDS fazia o favor…
Penso até que era a ele que Monetiro se referia numa entrevista de há uns anos quando dizia que tinha “negociado no interesse do país, enquanto outros o faziam para satisfazer os seus egoísmos” (estou a citar de cor).