O crescimento económico e a falta de memória (e de noção) dos restos do passismo

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Tem sido interessante assistir às intervenções dos restos do passismo no congresso do PSD, que está a decorrer este fim-de-semana. Das carpideiras do costume à faca longa de Luís Montenegro, passando por aquele momento mágico em que o auditório gelou quando Rui Rio deu a conhecer a composição da nova comissão permanente do PSD, que inclui Elina Fraga, os discípulos de Passos Coelho não pouparam críticas à actual solução governativa, centrando-se naquele que consideram ser um crescimento económico fraco e muito abaixo daquele que um governo de direita teria condições para atingir.  [Read more…]

Elina Fraga, a faca longa de Rui Rio

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Fotografia: Miguel Manso@Público

Para surpresa de muitos portugueses, onde me incluo, Rui Rio convidou Elina Fraga para sua vice-presidente. Importa recordar que a anterior bastonária da Ordem dos Advogados teceu duras críticas ao governo de Passos Coelho, em particular à ministra Paula Teixeira da Cruz. Sob sua direcção, a Ordem dos Advogados apresentou mesmo uma queixa-crime contra membros do executivo passista, por causa das alterações no mapa judiciário.

Para a antiga ministra da Justiça de Pedro Passos Coelho, a escolha de Elina Fraga representa uma traição de Rui Rio. E Paula Teixeira da Cruz não parece ser a única incomodada, pelo menos a julgar pela reacção dos congressistas do PSD no momento do anúncio. Foi uma facada profunda que deixou os restos do passismo ligados às máquinas. E não é para menos. Rui Rio não terá vida fácil nos corredores da São Caetano mas também não parece muito preocupado com isso. Antes pelo contrário.

Ferraz da Costa: entre a mentira e a defesa da exploração

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Infografia via Jornal Económico

Para lá da recente palhaçada, aqui bem resumida pelo J Manuel Cordeiro, Pedro Ferraz da Costa tem um longo currículo na defesa da destruição dos direitos laborais, que vai de apelos ao aumento da carga laboral até à defesa da eliminação de feriados e dias de férias, passando pelo imposto sobre o património. Há um ano atrás, chegou mesmo a lamentar publicamente a saída da Troika de Portugal.

Em 1981, com apenas 34 anos, Ferraz da Costa sucedeu a António Vasco de Mello como segundo presidente da CIP, criada em 1974. Desde então, tem estado na linha da frente da defesa dos interesses do patronato português, algo que é perfeitamente legítimo. Contudo, para defender os interesses dos patrões portugueses, o que de resto não é uma tarefa particularmente difícil num país como o nosso, não é necessário mentir. Afinal de contas, o homem está do lado do dinheiro e daqueles que têm os políticos e o queijo na mão. [Read more…]