A Ciência e Cultura em chamas no Brasil

O mundo ficou perplexo diante da destruição de milhões de peças com o incêndio do Museu Nacional , no Rio de Janeiro, Brasil, na noite deste domingo, 02 de setembro, e que abrigava 200 anos de história, arte e ciência.

O museu era vinculado a Universidade Federal do Rio de Janeiro e tinha 20 milhões de peças. Apenas 1% estava exposta. O acervo  foi formado em mais de dois séculos de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações. Coleções inteiras de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia e anos de pesquisa de vários pesquisadores pelo mundo transformados em cinza.

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Teto e piso do museu completamente destruídos. Foto. Reprodução TV Globo.

O incêndio foi materialização de um plano conscientemente e orquestrado, do sucateamento, desvalorização e esquecimento da pesquisa, da educação, da história do Brasil, executado por protagonistas do Golpe recente.

A manutenção do prédio bicentenário custava menos que um  salário anual de um ministro do STF (que inclusive recebeu aumento recentemente) ou o valor de voos fretados por deputados dentro do próprio Rio de Janeiro.

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Fachada do Museu Nacional (arquivo)

No cenário nacional brasileiro o acervo do  museu virou pó também em consequência da política golpista de congelamento de gastos. A infame  PEC 241, que estabeleceu o teto de investimentos e  resultou no congelamento e redução de recursos para a saúde, educação, ciência e cultura.

Este é o Brasil atualmente; sem passado, sem memória, e sem futuro. Totalmente em chamas.

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Comments

  1. E um bocado importante da história de Portugal ardeu também. É assim a Asteridade Expansionista, é preciso defender os lucros rápidos e a estupidez da população, quando cornos mansos começam a saber mais começam a questionar os DDTs deste mundo. E, mais um vez, o grande Brasil demonstrou a sua tacanhez, o país maravilhoso mostrou que não tem substância, e quem não respeita o seu passado não merece ser respeitado, e com o povo que escolhe aqueles políticos merece o que tem.

  2. Ricardo Silva says:

    Obrigado por confirmarem que os esquerdalhos Geringonços foram os culpados pelo verão passado.

  3. Ana Maria says:

    Os museus e a Cultura ardem e continuarão a arder enquanto a estupidez partidária – evidenciada neste escrito – permanecer como regra. Esta mesquinhez, esta ausência de consciência do colectivo e do bem comum, marcada pela obsessão infantil de encontrar culpados, revela o fraco carácter e a incapacidade de agir proactiva e assertivamente para uma civilização mais solidária e mais educada.
    Fundar os nossos argumentos na determinação de culpados para tudo o que de menos bom acontece é precisamente uma das regras básicas do fascismo.

    • JgMenos says:

      É a dialéctica, versão grunhos esquerdalhos, que assim se manifesta.

      • ZE LOPES says:

        E este comentário do Menos o que é?

        Nem mais: “a dialéctica, versão grunho direitalho, que assim se manifesta”.

    • Sotero says:

      Creio que a estupidez aqui não é a partidária e sim a opinião sobre o que não se compreende. Um pouco de leitura dos periódicos brasileiros e sobre as PECs que reduziram investimentos em politicais sociais lhes cairia bem.

  4. JgMenos says:

    Mais um golpe da Direita!
    Mandaram suspender o moderno sistema de detecção. alarme e ataque a incêndio que os governos do PT lá puseram a funcionar, após grandes obras de requalificação, mesmo antes de pensarem na ‘bolsa familiar’ e outras gloriosas conquistas do povo brasileiro.
    Há quem assegure que o sistema foi desmantelado e levado para a casa do Temer e dos outros golpistas.
    Destruir o passado é uma compulsão da direita reacionária.

    • ZE LOPES says:

      Mas que bela prosa!

      Não há nenhum português, brasileiro, ou mesmo Guiné Equatorialino digno desse nome, direitrolha ou esquerdalho, ou “comme ci comme ça” que, depois de ler tão eloquente peça, não sinta uma irresistível vontade de oscular profusamente tão profícuo autor!

      Cito: “destruir o passado é uma compulsão da direita reacionária.”. Eu próprio não diria mais! JgMenos, está V. Exa. amplamente e completamente perdoado! Além dos merecidos ósculos, a malta esquerdalha irá propor que V. Exa. seja devidamente condecorado com a Ordem da Jarreta num dos locais mais emblemáticos do país: o Museu dos Coches, em homenagem ao seu permanente ímpeto de puxar pela carroça da cidadania, qual incansável cabresto social!

      Assim me acompanhem, ó Menos, os cidadãos dignos desse nome!

  5. whale project says:

    Cim um Governo que chegou a extingur o Ministério da Cultura, voltando atrás ante a perplexidade que gerou em todo o mundo, estavam à espera de quê? Alguma vez esses bandos de fascistas iam querer continuar a manter memória, cultura e alguns vestígios dos bárbaros povos que habitavam o Brasil antes dos glorisos descententes dos europeus, de que Bolsinaro é o mais lídimo representante? Admirado por todos os que não são uns grunhos esquerdalhos? É arder! É queimar!´É destruir!

    • JgMenos says:

      «bárbaros povos que habitavam o Brasil antes»?
      Que barbaridade!!!
      Pois esses, o modelo vivo dos ideais de JJRosseau, esses não pervertidos pela propriedade e a organização social capitalista, serem chamados de bárbaros?

      Há é que pôr umas penas nos esquerdalhos e mandá-los repovoar as matas e começar tudo de novo.

      • Sotero says:

        Pega essas penas e faça a ti uma fantasia de papagaio que repete cartilhas de neoliberais. Quem sabe um dia voes.

        • JgMenos says:

          ‘cartilha de neoliberal’
          O anátema com que os crentes expulsam do diálogo entre os humanos os não-crentes.
          É identificado como não-crente quem não pratica a cartilha esquerdalha – cujos salmos exprimem toda a imbecilidade de dogmas que negam a ciência – toda ela repleta de ladaínhas que ignoram toda evidência manifestada através dos resultado da acção dos seus hierarcas.

          • Paulo Marques says:

            Onde estão os números a comprovar “a ciência” do monetarismo? Sem “ciências” que não acertam uma passamos nós bem. O que vale é que a crise da Eurolândia está quase a acabar, quase quase, e a reforma vai a bom ritmo, 11 anos depois.

      • ZE LOPES says:

        V. Exa. bem queria arranjar companhia, mas em vão! Já nem os esquerdalhos o aturam!

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