No país do “rir é o melhor remédio”

“Portugal não é um país para gente séria. Quem é sério está tramado.” “Detesto viver neste país faz de conta, de tansos, cobardes, ladrões, corruptos e sem lei. Portugal mais parece o Far West. Não sei se dá para rir ou chorar!? Somos um país de paródia, sem direito, sem razão, sem uniformidade, sem equidade, sem rigor, sem dignidade, sem imparcialidade”, frisa Joaquim Jorge.

Todos sabemos que rir é das coisas melhores da vida. De preferência à gargalhada, até às lágrimas.

Mas rir da tristeza

– das leis que não são para cumprir (ou só para alguns cumprirem) e dos alçapões das leis; da sangria aos cidadãos para assegurar lucros privados; da corrupção pequena e grande e da impunidade; da subserviência aos chefes e da prepotência dos chefes; da arrogância de funcionários que nos deveriam servir dignamente; do empurra-empurra de competências entre instituições, para se pouparem ao trabalho; das cunhas imprescindíveis para resolver o que deveriam ser direitos; da desorganização que nos faz perder tempo de vida; do sebo das amigalhices e negociatas por baixo dos panos (ou até por cima); do poder opaco de certas Ordens empresariais, profissionais, clubistas ou secretas; do “se não aproveitas és burro”; da comentadoria emproada e produtora de nevoeiros; da generalizada desresponsabilização pelo bem comum e pelo planeta; da sobranceria perante o empenhamento cívico em prol de causas públicas, onde ele existe, e da falta do mesmo; do desistir “porque não adianta nada”, do enfiar a cabeça na sua própria vidinha e interesses –

rir de tudo isto, não é mais do que cinismo. Cinismo e canalhice.

Sejamos melhores em 2019, se possível, sem deixarmos de rir. Chin chin.

Nascer da Terra: uma imagem icónica com 50 anos

“Ninguém lhes havia dito para procurar a Terra. Era véspera de Natal de 1968 e a primeira missão tripulada à lua chegara ao seu destino. Quando a Apollo 8 entrou na órbita lunar, a tripulação preparava-se para ler passagens do Génesis para uma transmissão televisiva. Mas, à medida que o módulo de comando completava a sua quarta volta, ali estava ela, visível através da janela – um enfeite azul e branco suspenso no preto acima do severo cinzento da lua.

Antes daquele momento, há 50 anos, ninguém havia visto o nascer da Terra. Esta visão fez Bill Anders, o fotógrafo da missão, precipitar-se para a sua máquina fotográfica. Colocou um rolo de 70mm colorido na Hasselblad, definiu o foco para o infinito e começou a fotografar através da teleobjectiva.

O que ele capturou tornou-se numa das imagens mais influentes da história. Força motriz do movimento ambientalista, a imagem, que ficou conhecida por Earthrise (nascer da Terra), mostrou o mundo como um oásis singular e frágil.” [Ian Sample, The Guardian]

Artigo completo: “Earthrise: how the iconic image changed the world“.