O que o FMI não diz

FMI diz que pagar o buraco privado da banca ameaça metas do OE. Eis o que o FMI não diz.

Tal como não diz que as fugas de capitais para as offshores obrigam a que quem vive apenas do trabalho tenha que suportar o grosso da carga fiscal.

 

Mas como se sabe, e o governo o repete sempre que pode, não há dinheiro para ______________. (preencher com o que quiser, menos banca)

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Make money great again

DTMBS

via Editorial & Political Cartoons 

Como cortar jornalistas incómodos às postas sem sofrer consequências:

  1. Ser “conservador”.
  2. Ser religiosamente fanático.
  3. Investir milhares de milhões em armamento norte-americano.
  4. Não incomodar Israel.
  5. Incomodar o Irão.

‘Trumpesque’ ban

A primeira página do jornal “The National” tornou-se viral depois de Theresa May ter excluído este jornal de uma conferência de imprensa. Assim vai a liberdade informativa.

“‘Trumpesque’ ban”, assim lhe chamou o jornal.

O Wuant descobriu o artigo 13

Wuant, um fenómeno do Youtube com uma enorme legião de fãs, que se traduz nos seus mais de três milhões de subscritores e nos milhões de visualizações, partilhas e retweets acumulados, descobriu por estes dias o artigo 13, que – surpresa! – irá condicionar o negócio do seu estabelecimento virtual

Vai daí, o youtuber fez uso do seu poder mediático para lançar o pânico junto do seu público-alvo, pânico esse que, como seria de esperar, rapidamente se tornou viral. Pena que só agora se tenha apercebido do que aí vem. O Jorge já nos anda a avisar há mais de um ano, mas o Wuant, como a maior parte do jovens da sua idade, não deve ter tempo ou paciência para ler blogues. Ou jornais. Como é seu direito. [Read more…]

A eterna culpa dos professores

[Santana Castilho*]

1 Como é sabido, estão previstos mais de 100 milhões de euros no OE 2019 para fornecer manuais escolares gratuitos aos alunos do ensino público. Obviamente que é impróprio falar de manuais gratuitos. São gratuitos para uns, mas pagos por outros (todos os contribuintes, quer tenham ou não filhos ou netos).
Em tese, se o Estado obriga a 12 anos de ensino, o Estado devia suportar integralmente o respectivo custo. Mas quantas coisas são, em tese, incumbências constitucionais do Estado e resultam, na realidade, incumpridas, por falta de meios financeiros e por opções políticas erradas? É neste campo que deve ser colocada a apreciação do anunciado fornecimento gratuito dos manuais escolares. Num país onde 1,8 milhões são pobres e 2,4 milhões estão em risco de pobreza, parece-me razoável que, antes de tornarmos universalmente gratuitos alguns serviços do conjunto constitucionalmente protegido, devamos assegurar que todos esses serviços possam ser fruídos, sem custos, pelos que mais precisam, sendo entretanto pagos por aqueles que os podem pagar.
Para além da discordância de base, pelas razões expostas, é simplesmente inaceitável, no mínimo, a exclusão de dois tipos de alunos: os que frequentam escolas privadas com contrato de associação e os que frequentam escolas profissionais. Recorde-se que os primeiros estão lá porque o Estado não consegue lugares para eles nas escolas públicas e que os segundos são geralmente oriundos das famílias social e economicamente mais débeis.
Ao anterior acresce agora que a Resolução do Conselho de Ministros n.º 148/2018 ( D. R. n.º 220/2018, Série I, de 15.11.18) determinou pagar também as respectivas licenças digitais, para além da distribuição gratuita dos manuais a todos os alunos do ensino público, no ano letivo de 2018/2019. A correspondente despesa importará em 9 milhões, 486 mil e 222 euros, mais IVA e, estranhamente, será satisfeita pelos orçamentos de funcionamento dos estabelecimentos de ensino básico e secundário de … 2018.
Com efeito, em Agosto de 2017, o presidente da República promulgou um diploma que visava, a prazo, substituir os manuais tradicionais por manuais digitais, sendo extensa a listagem das vantagens que o discurso político lhes atribui. Porém, não me parece sensato ignorar as evidências científicas que têm resultado da investigação académica produzida, e que lhes apontam inconvenientes preocupantes. Eis alguns:  [Read more…]

No Meu Bule Não

Famílias de sem-terra que produzem café orgânico, são ameaçadas por latifundiários no Brasil

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Somos o que não esquecemos

Palácio de Cristal – Espólio de Domingos Alvão (Casa Alvão)

 

Um muito respeitável ancião ensinou-me, há anos, que as cidades centenárias resistem a bastante mais ataques e ofensas do que o nosso arrebatado amor juvenil crê possível. Fiz-lhe caso, então, mas sem abrir mão de algum cepticismo. É nessa advertência que penso, agora que acabo de ler que foi aprovada ontem, na reunião do executivo da Câmara Municipal do Porto (CMP), a alteração do nome do Pavilhão Rosa Mota. Com os votos da maioria liderada por Rui Moreira, e os votos contra do PS, PSD e CDU, foi decidido que, ao nome que homenageia a grande maratonista, se juntará a publicidade a uma cerveja, passando assim o Pavilhão a chamar-se «Rosa Mota – Super Bock Arena», pelo menos durante os próximos 20 anos.

Sem poder escamotear a contradição evidente que resulta de associar um equipamento desportivo a uma bebida alcoólica, o presidente Rui Moreira garantiu que a questão foi “debatida com Rosa Mota variadíssimas vezes, até se chegar a uma situação confortável”. [Read more…]

Lembrem-se disto quando tiverem que explicar aos vossos filhos por que raio foi a democracia desmantelada

Há 11 anos, na era da fartura socrática, Joe Berardo pediu um empréstimo de várias centenas de milhões de euros à Caixa, para a famosa compra de acções do BCP, sem que para tal lhe fosse exigida qualquer garantia, apesar do risco associado à operação.

Hoje, 11 anos depois, Berardo ainda nos deve cerca de 280 milhões de euros. Apesar da vida faustosa que todos lhe conhecem, este distinto empreendedor e coleccionador de arte ainda não encontrou meio de limpar o seu calote. E provavelmente nunca o fará, até porque não há quem o obrigue. [Read more…]

Mars InSight

“Aterrou” com sucesso e já enviou a primeira fotografia.

É uma obra notável conseguir poisar no solo marciano com sucesso depois de uma viagem tão longa e depois de anos de planeamento e execução da missão.

Mas que não nos iludamos quanto a cultivar batatas em Marte e conseguirmos um segundo planeta para vivermos, caso a Terra entre em colapso. Qualquer lugar mais inóspito aqui deverá ser um paraíso em Marte. Mais vale cuidar do terceiro calhau a contar do Sol.

O Comboio Eléctrico a Barcelos


Chegou no mesmo dia em que os americanos poisaram uma sonda em Marte.
É uma coincidência cósmica que confirma Barcelos como o centro da galáxia.
© Valdemar Rodrigues Pereira

Tu t´appelais Maria Schneider

Morreu hoje Bertolucci. O genial realizador, cujos filmes são padrão de referência do cinema europeu e estão na nossa memória, dos que temos idade para isso. Acima de todos 1900, o imperdível.

Morreu hoje Bertolucci – a notícia aparece em todos os media. Os elogios ao defunto são rasgados, terá um lugar eterno na história da cinematografia.

Morreu hoje Bertolucci, o realizador que quebrou a vida de uma rapariga de 19 anos.

Morreu hoje Bertolucci, o cineasta que traiçoeiramente engendrou, em conluio com Marlon Brando, 48 anos, a simulação da violação anal de uma miúda de 19 anos, perante as câmaras. Sem que ela soubesse o que ia acontecer, para exacerbar a autenticidade.

O filme, ficou como expoente de libertação da sexualidade. De que sexualidade?

Antes da sua morte por cancro em 2011, Maria Schneider repetidamente denunciou o abuso traumático de que foi vítima, a humilhação que sentiu. Ninguém a ouviu, a ninguém interessou. Nos 50 papéis que desempenhou depois do Último Tango em Paris, Maria nunca mais voltou a despir-se.

Numa entrevista que deu em 2013, Bertolucci contou o “detalhe” “da cena da manteiga” – de como traçou com Brando o plano de enganar e abusar de Maria; “De certo modo fui horrível para a Maria porque não lhe contei o que ía acontecer, porque queria a sua reacção como uma rapariga, não como uma actriz (…) Queria que ela sentisse, não que representasse a raiva e a humilhação.”  E se afirmou que se sentia culpado, também disse que não o lamentava; sentia-se culpado por não lamentar. De Maria, disse que ela o odiou para o resto da vida.

Morreu hoje Bertolucci, impune.

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Em solidariedade contra a precariedade

É óbvio que os contratos colectivos de trabalho – como tudo o que forem direitos laborais, conquistados ao longo de décadas em lutas tantas vezes sanguinolentas – são um espinho intolerável na carne balofa dos investidores, especialmente, dos mais poderosos, via de regra transnacionais.

A relação de forças entre o capital e o trabalho vem resvalando, pela “mão invisível” e corroborada por governos que apetrecham o capital com poderosas ferramentas – como direitos exclusivos e tribunais privados que podem processar os estados (ISDS) -, cada vez mais, para o lado do capital.

Os estivadores do Porto de Setúbal estão em greve, ou paralisação, conforme se quiser, há quase 3 semanas. De cerca de 100 estivadores, apenas 11 têm contrato como efectivos. Os outros cerca de 90 são precários, “trabalhadores eventuais” – seja lá qual for o tempo de serviço que já têm, 5, 10, 15 anos – a saltar para o porto ao turno, sem vínculo nem protecções. A “oferta” entretanto feita pela operadora, a Operestiva, de um contrato de trabalho individual sem termo para 30 dos trabalhadores em causa, não foi aceite pelos estivadores, que exigem um contrato colectivo. Que atrevimento! [Read more…]

O triunfo da liberdade – VII


Todos os que se bateram pela democracia, pela liberdade, foram heróis, que apesar de haver quem os queira esquecer, a pátria lhes deve não ter caído novamente na opressão. De então para cá, os portugueses sempre escolheram os governantes em eleições democráticas, livres e justas. Mesmo quando não ficamos satisfeitos com um resultado, ninguém ousa contestar a legitimidade do mesmo. Homens como Ramalho Eanes, Jaime Neves e todos os que se movimentaram nesse dia histórico.

O triunfo da liberdade – VI


A 25 de Novembro de 1975 as posições mediram força, sem contudo cair na guerra civil que muitos temeram…

O triunfo da liberdade – V


O lunatismo de quem falava em vontade popular, mas não queria saber de eleições livres…

O triunfo da liberdade – IV


À boa maneira portuguesa, o período teve os seus momentos bizarros…

O triunfo da liberdade – III


O desprezo pela Lei era evidente, face aos métodos utilizados…

O triunfo da liberdade – II


Indiferentes à vontade da maioria, existiu em determinado sector que se pprovou minoritário, a vontade de impor a Portugal um modelo de sociedade totalitário, intolerante…

O triunfo da liberdade – I


Após a queda da ditadura em 1974, quando se esperava que a democracia fosse implantada, Portugal atravessou um período sinistro, com o espectro de uma nova tirania no horizonte…

Os iluminados do Conselho Nacional da Educação

Estava ontem no Gabinete de Intervenção da minha escola com uma aluna que já tivera três faltas disciplinares a três disciplinas diferentes no mesmo dia. Pelo que vi no sistema, já era a nona falta deste género desde Setembro.
É uma miúda do 5.º ano. Não a conhecia antes. Nitidamente desafiadora, malcriada mesmo. Sempre à espera de uma reacção.
Para os iluminados do Conselho Nacional de Educação, a solução para problemas destes é simples: acabar com o 2.º ciclo. É o verdadeiro Ovo de Colombo. A partir daí, não haverá mais chumbos no 2.º ciclo, não haverá mais faltas nem outros problemas disciplinares. Porque o 2.º ciclo terá simplesmente acabado. Como é que ninguém pensou nisso antes?
Preside à Comissão Nacional de Educação Maria Emília Brederode Santos. Olhando para o seu curriculum, vê-se que presidências, coordenações e direcções de organismos governamentais não lhe faltam. Vulgo tachos.
Pelo mesmo documento, não consta que tenha leccionado. Estar em frente a 30 miúdos, saber o que é dar aulas, saber do que está a falar. Saber o que é bom.
Eu também gosto de dar uns palpites sobre as tácticas do Sérgio Conceição. Não percebo por que razão o Óliver, o melhor jogador do plantel, não tem lugar cativo no 11. Mas lá está, ele é que treina, eu faço o papel do tipo que não percebe nada do assunto mas gosta de mandar umas bocas. [Read more…]

Efectivamente, isto é grave

Introspect for a while.
Noam Chomsky

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PT

EN

ES

 

A resposta sobre estes *fatos está aqui, hoje, no sítio do costume (pdf):

Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.

Nótula: Os meus agradecimentos a Isabel Nogueira.

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Tradução e gratidão

Foi depois de ter enfiado – com alguma fúria e frustração, diga-se – aquele insuportável livro num raro buraco de uma das estantes grávidas de livros cá de casa que, vendo na prateleira imediatamente superior e ao nível dos olhos o título a letras de ouro de “As Minas de Salomão”, de Henry Rider Haggard, na brilhante tradução de Eça de Queirós, me ocorreu de novo aquele sentimento de gratidão que tantas vezes me ocorre ao ler um livro traduzido por alguém cujo talento literário se mostra ao nível do autor original – não quero ter o maldoso atrevimento de me interrogar se, por vezes, não o ultrapassa.

Podia aqui fazer uma lista de tradutores- escritores e tradutores -académicos a quem estou profundamente agradecido mas, dada a feliz extensão de uma tal lista e a possibilidade de, por esquecimento ou ignorância, pecar por omissão, não o farei. Mas passam-me pela memória nomes, obras, descobertas, verdadeiros prodígios de tradução e recriação literária e/ou científica. Tanto mais que, não o ignoro, o trabalho de tradução é pessimamente pago e só o amor à arte motiva os melhores a fazê-lo. As gerações mais novas talvez achem esta gratidão excessiva, mas bem sabem os mais antigos como fizeram, por necessidade, os seus estudos sem ler uma linha na nossa língua. [Read more…]

Black Friday

Descontos, pechinchas – máquina de vender e comprar sem olhar às malhas de injustiça social que costuram os produtos e aos desenfreados ataques ambientais que os alimentam. Tecnologia com obsolescência programada. Desejo de possuir o novo. Amor ao PIB. “Livre” Comércio. Baleia encontrada morta com 29 quilos de plástico no estômago. Lixão de Agbogbloshie. Contaminação. Limites planetários. Para continuar a este ritmo de consumo, em 2050 serão precisos 3 planetas.

O fim do 2.º ciclo

Não é para consolidação de aprendizagens, não é para algo que efectivamente melhore a escola e aumente o gosto pela escola. Não, é para reduzir as reprovações.
O artigo está mal redigido, mas é interessante ler.
Volta-se a falar na falta de professores. Não se fala é que esta situação faz parte de uma política concertada para destruir o ensino público em Portugal. Com a escolaridade obrigatória até ao 12o ano e com a destruição da escola pública, está-se a fazer as vontades ao clientelismo dono das escolas privadas. Destrói-se o que é de todos, aquilo a que todos têm direito (ensino de qualidade gratuito), para encaminhar clientes para os privados. Tal como na saúde. Não se estão é a lembrar que a falta de professores também se vai sentir nas empresas dos amigos empresários da educação…
Mas os pais ficam caladinhos que nem ratos, importa é que as meninas e os meninos passem, de preferência com boas notas, nem que estas sejam uma falácia.
É Portugal no século XXI.

O IVA da electricidade e a potência contratada

Antes de mais, sendo a electricidade um bem essencial, é uma indecência que esta seja taxada com IVA de 23%. Para contextualizar, o anterior governo decidiu em 2011 passar este imposto de 6% para 23% e, desde então, aí ficou, apesar da conversa de Costa sobre as reversões.

Posto isto, vamos ao tema. João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Transição Energética (transição para onde?! enfim!) disse umas coisas, penso este será o termo técnico, sobre a potência eléctrica contratada.

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Educação: o preço do chumbo

As retenções/reprovações/chumbos constituem um tema que, ciclicamente, regressa às parangonas dos jornais, à boleia de estudos. As críticas incluem sempre despesas astronómicas e referem-se sempre ao facto de que os alunos não melhoram com a reprovação.

Desta vez, até há uma diferença suficientemente abissal para que possa haver títulos sensacionalistas: um aluno retido/reprovado/chumbado custa 6 000 euros; ensinar a estudar implica um gasto de apenas 87 euros. O simplismo noticioso e político deixa clara, portanto, a ideia de que um aluno que chumba é um aluno que não foi ensinado a estudar.

Respigo, da reportagem do Público, dois excertos, vá lá, delirantes:

Ensinar a estudar, dando feedback aos alunos sobre o seu desempenho em relação aos objectivos de aprendizagem estabelecidos, é a medida que tem um efeito mais positivo.

Uma pessoa lê e pergunta-se como é que não há ninguém nas escolas que perceba isto. Nas escolas, ninguém ensina a estudar e ninguém informa os alunos (ou dá feedback, pronto) acerca do seu desempenho? Se sim, é vergonhoso! Ou então, estamos a falar, mais uma vez, do habitual fenómeno da “invenção da pólvora”.

Para a presidente do CNE, que considera a retenção uma medida “cara e inútil”, há um “facilitismo” associado ao acto de chumbar. De facto, “dá mais trabalho se formos ver onde estão as dificuldades, que outras maneiras existem de organizar as escolas e a aprendizagem”, comenta. “Reduzir as retenções obriga-nos a repensar a maneira de intervir.” 

O comentário de Maria Emília Brederode dos Santos faz parte das falácias do costume: chumbar é consequência do facilitismo dos professores. Infelizmente, a presidente do CNE, à semelhança dos muitos nefelibatas da Educação, não tem sustentação para fazer esta afirmação ou a contrária, mas esta é mais simples. No fundo, esta gente lê umas estatísticas estrangeiras e, longe da realidade das escolas, manda uns bitaites, atribuindo as culpas de uma questão social complexa aos professores e às escolas.

Em nenhum momento, estes alegados estudos se debruçam sobre os vários problemas que perturbam a actividade dos professores e das escolas, em prejuízo das aprendizagens dos alunos. Nada disso: basta dizer que as reprovações ficam muito caras e que se devem às insuficiências ou ao facilitismo de quem está no terreno. [Read more…]

Quando a carga fiscal se torna excessiva…

Não escondo que simpatizei com Emmanuel Macron, tendo considerado a sua eleição uma lufada de ar fresco na bafienta U.E., porque derrotou os partidos há muito instalados no sistema e prometia diminuir o peso do Estado na economia, reduzindo impostos. Mas como sempre acontece, perdeu a inocência e acabou sucumbindo às corporações e interesses múltiplos, aumentando os impostos sobre combustíveis. [Read more…]

A tragédia de Borba e um Governo sem-vergonha

Acabo de ouvir o ministro Pedro Marques a dizer que até havia uma estrada alternativa à que ruiu.
Era de esperar. Afinal, a culpa é de quem morreu. Não fosse por ali.
A desfaçatez e a falta de vergonha deste ministro já tinha batido no fundo com a CP. Mas ele ainda conseguiu escavar mais.
Numa altura em que nunca ninguém tem culpa de nada, é sintomático que a primeira declaração dele seja para culpar os mortos.
O que é preciso para se demitir? Um emprego na Mota-Engil?

A procuradora malcriadona…

… que até faz parecer o ex-líder da Juve Leo, Fernando Mendes, um tipo respeitável.
Não admira. É preciso não esquecer que os procuradores do Ministério Público são aqueles que tiveram a pior nota no exame do CEJ. Podiam ter chegado a juízes, mas nunca passaram de procuradores.
Embora, como é óbvio, a educação não se compre. Podes até chegar a presidente da República, não é por isso que serás mais educado do que o mais pobre que te elegeu.

Tal como se esperava, sol de pouca dura

Donald Trump e Kim Jong-Un quando se reuniam em Singapura

Em Junho passado, por altura da cimeira Trump-Kim, chamava-se à atenção aqui para um simples facto.  Os tratados de paz da Coreia do Norte têm parecido uma peneira para tapar o sol. Parece que, novamente, tal está a acontecer, com a particularidade de a reviravolta ter sido ainda mais rápida do que anteriormente. [Read more…]