Lamento arruinar o clima sempre festivo de mais um 25 de Abril, mas o povo não é – nunca foi – quem mais ordena. A cantiga é bonita e inspiradora, arrepia-me porque me transporta para um importante e decisivo momento que, infelizmente, não vivi, mas não passa de um belo verso de um ainda melhor poema.
Não é minha intenção negar as conquistas de Abril. Elas aconteceram, mudaram este país para melhor, libertaram-nos da opressão de um regime desprezível e temos hoje à nossa disposição um conjunto de escolhas e possibilidades que antes nos estavam vedadas. Vedadas ao povo, claro, que às elites económicas e outros aristocratas que gravitavam em torno do salazarismo nunca nada faltou, os não vivessem eles na exacta mesma promiscuidade público-privada da qual ainda hoje nos queixamos. Poucas coisas são tão portuguesas como o compadrio, a corrupção e o tráfico de influências.
A revolução foi uma boa revolução, pacífica e tão amigável que, poucos anos depois, já os fascistas haviam sido reciclados e, ao invés de apodrecerem numa masmorra, militavam em partidos ditos democráticos, geriam organismos públicos e chegaram inclusivamente a governar. A velha aristocracia, essa galdéria, demorou menos tempo ainda a adaptar-se ao novo normal, e, rapidamente, assumiu novamente o controle dos grandes negócios, das grandes empresas e dos grandes bancos. Já o povo, o tal que “mais ordena”, continuou a ordenar muito pouco, ainda que a sua qualidade de vida tenha aumentado significativamente, fruto, essencialmente, da adesão à CEE, mais tarde União Europeia, que tão boas autoestradas nos deu, ainda que nos tenha feito refém de um modelo económico e de uma moeda única que não temos andamento para acompanhar.
45 anos depois do 25 de Abril, vivemos hoje numa democracia que, ao invés de nos impor um ditador, nos impõe um conjunto de fidalgos partidários, formatados, desde tenra idade, numa incubadora de políticos profissionais, cujo percurso profissional tem na lealdade cega, não no mérito, o pré-requisito para subir na hierarquia do partido, e daí para as estruturas autárquicas, parlamentos e governos, percurso ocasionalmente alternado com cargos de administração em grandes empresas, em cuja tutela participaram, bancos ou escritórios de advogados que, não raras vezes, foram contratados por governos ou outros órgãos de soberania dos quais fizeram parte. Por ajuste directo.
A democracia portuguesa é uma pescadinha de rabo na boca. Um circuito fechado onde praticamente todas as instituições públicas estão tomadas por dois partidos, com a ocasional participação de um terceiro, que gerem todos os lugares para os seus, entregam negócios aos seus, legislam em função das suas necessidades momentâneas e controlam a informação e a produção de opiniões e consensos que melhor servem os seus interesses a cada momento. O povo, esse, lá vai votando, condicionado pelos apetites da elite cacique. Mas não ordena. Nem lá para perto. Só mesmo na canção.
Posto isto, e para que não restem dúvidas, importa salientar o óbvio: 25 de Abril sempre, fascismo nunca mais. Mas já era tempo de fazer uma limpeza a fundo nesta democracia, cada vez menos representativa.
CONCORDO : “A democracia portuguesa é uma pescadinha de rabo na boca. Um circuito fechado onde praticamente todas as instituições públicas estão tomadas por dois partidos, com a ocasional participação de um terceiro, que gerem todos os lugares para os seus”.
RECORDANDO – Temos e PS e o PCP, com a sua CGTP, e a participação ocasional do BE.
CONCORDO: “Já era tempo de fazer uma limpeza a fundo nesta democracia cada vez menos representativa”
RECORDANDO – O Capitão Diniz de Almeida tinha razão na assembleia de 11 de Março de 1975: Fuzilamento sem julgamento a todos os que se opõem às nossa ideias.
CONCORDO: “ A democracia portuguesa é uma pescadinha de rabo na boca”.
RECORDANDO – Diz Bernardino Soares do PCP: A verdadeira democracia é do tipo do regime de Kim Jong-un essa sim uma verdadeira democracia como determinam os cânones marxistas leninistas.
Viva Estaline. Viva Mao. Viva Ceausescu!
Nunca me enganou.
Ainda bem que o expressa bem clarinho
Camarada, andas a comer crianças a mais ao pequeno-almoço.
Concordo perfeitamente! Mas é preciso ir ainda mais longe! Não admira que os tipos do Daesh não gramem a nossa “democracia”! O que o D. Afonso Henriques fez aos mouros! Francamente!
Seu maroto.
Tá a correr tão bem no Brasil, não está?
Sempre consegui AREJAR isto um pouco. Bem hajam!
Nuno M. P. Abreu
“RECORDANDO – Temos e PS e o PCP, com a sua CGTP, e a participação ocasional do BE”.
Para si, o PSD e o CDS nunca existiram ? A tropa fandanga da páfia, do aldrabão-mór coelho, da mentira loura albuquerque, do portas submarinista, da cristas azougada e alcoviteira, são personagens que não cabem no seu “libreto” de ´”ópera-bufa” (sem 2 ff…) ?
“Sempre consegui AREJAR isto um pouco. Bem hajam!”
Ainda por cima, é um convencido, um presumido, um contentinho…
AREJOU ? AREJOU… O QUÊ ?
O homem acalme-se ! Tanta verborreia biliar pode diluir-lhe a massa cinzenta.
O autor escreveu ESTÃO tomadas. Estão, é a 3ª pessoa do plural do PRESENTE do indicativo do verbo estar. Só tive o cuidado de recordar esse PRESENTE.
Mas se uma simples constatação o incomoda tanto que o leva a descarregar a vesícula biliar, a ponto de parecer estar próximo de um ataque cardíaco, então sinceramente aconselho-o a ver um ópera bufa (com ff…) sempre pode dar uma boas risadas e esquecer a tragédia política onde parece ter mergulhado.
Pode ser as Bodas de Fígaro de Mozart que termina em bem porque o Fígaro faz as pazes com a sua apaixonada Susanna.
Sim, sou convencido que vivo a vida sem preconceitos. Ideólogos caducos.
Sim, sou presumido porque presumo que não dure muito tempo já que tenho bastante idade.
Sim, estou muito contentinho porque, nesta idade, ainda consigo irritar adoradores de ideologias caducas.
AREJOU ? AREJOU… O QUÊ ?
Então senhor Peralta, o seu post não é um deitar fora toda uma raiva incontida? Não AREJOU?
Nota: Sem duvida que faz juz ao nome:peralta.
Sinónimos de Peralta
rebelde abonecado casquilho janota peralta buliçoso arteiro astucioso ativo desinquieto efervescente inquieto irrequieto levado rabino remexido saltitante toedo travesso turbulento almofadinha apontado catita chibante chique dandi frajola garrido manata pelintra petimetre sécio tafui taful endiabrado danado diabólico encapetado endemoninhado.
Fui incapaz de escolher um!
Cala a boca, cromo arrogante e presunçoso
Esta a melhor frase do dia para um 25 de Abril, quarenta e cinco anos depois!!!
Parabéns, Fascista eu!
Nuno M.P. Abreu
Não ! Não vou cometer a deselegância de fazer com o seu apelido de família, ABREU, o mesmo que você fez com o meu !
E olhe que bem podia, porque a maldade popularucha, pseudo humorística, é prolixa em dichotes porcalhões que rimem com ABREU, dos quais, o dito “oh Abreu, dá cá o meu “, popularizado pelo actor e humorista Badaró, é o mais inofensivo que eu conheço…
Dos outros, é um exercício que deixo à sua fértil imaginação e “bom humor” que revela na sua resposta…porque eu, POR DECÊNCIA, também fui incapaz de escolher um !
Quanto à minha vesícula biliar, tal como a minha
frequência cardíaca, estão óptimas, agradecem-lhe o seu cuidado e mandam-lhe cumprimentos !
E…constatação por constatação, constato que o sr. ABREU, mau grado a provecta idade que diz ter, afinal “parece” ignorar a existência de partidos à direita do espectro político nacional, os quais foram os fautores da tragédia política e social onde estivemos mergulhados, da destruição paulatina e sistemática de Empresas públicas e pilares fundamentais de um Estado de Direito, de que, penosamente vamos saindo lentamente…
…O que me faz pensar que a sua ranzinza mal humorada e mal disfarçada em risota pueril,, é contra “as esquerdas encostadas”, terminologia tão do agrado de d. cristas azougada !
As suas melhoras, sr. ABREU !
Sr. Peralta.
Sinceramente não sei qual o seu conceito de elegância, de diálogo construtivo, de respeito pela opinião dos outros.
É fundamental para dialogar, com alguma produtividade, contestar o que se lê, e não descarregar ódio só porque pensa de que…
Vejamos.
1. O sr Peralta interveio, com a liberdade que este fórum permite, para criticar um post meu. Ai sem, mais nem menos, sem qualquer ligação ao meu texto, fala em tropa fandanga cristas azougadas e alcoviteiras em libreto meu de ópera bufa só com um f. O que tenho eu a ver com isso? O que tem o meu comentário que relembra apenas um facto concreto: que o governo resulta de um acordo PS/PCP/BE. com tamanha diarreia adjectivante?.
2. Sem outra qualquer referência, sem elencar qualquer facto ou acto a mim imputado denomina-me um convencido, um presumido, um contentinho!
3. Perante tamanha agressividade que não conseguia entender, solicitei-lhe um pouco de calma e tentei desvalorizar tamanha sanha ideológica.
4. Neste último, continua a rebater o que a sua sofrida mente imagina e não o que escrevi. A quando do PREC, os militares barbudos do Copcon, que leram à pressa Engels, sempre que se falava em algo, eles invocavam o materialismo dialéctico. Explicavam o grelo da batata pela luta entra um tubérculo e agricultor que malvadamente o cobriu com terra.
5. Se se desse ao trabalho de analisar antes de vozeirar, veria que não fiz qualquer trocadilho com o seu nome. Limitei-me a ir ao dicionário e citar o significado de peralta. Tão só. Porque todos os nossos sobrenomes tem uma história e como explica Marx é através do “materialismo histórico e do materialismo dialético” que compreendemos aquilo que somos e podemos tentar deixar de o ser.
6. Deselegância? Como pode um alguém falar em deselegância se esse alguém, sem qualquer deixa, acusa, perverte, insinua apenas porque tem prazer em vomitar ódio incapaz de alinhavar um argumento como se estivesse obcecado por coelhos, albuquerques, portas submarinista, ou cristas azougada e alcoviteiras?
7. Ó homem tem toda a liberdade para votar neles se eles se apresentarem a eleições. Eu por mim, sem que isso tenha qualquer relevância, não votarei. Não porque a sua adjecivaçao, própria de membro de uma claque de um clube reles, me influencie. Mas porque não concordo com muita das ideias que defendem
Nota. Cuide-se, senhor Peralta, e agora sim brincando com o sobrenome, pode vir a ficar porbaixa!
Nuno M. P. Abreu
“Não porque a sua adjetivação, própria de membro de uma claque de um clube reles, me influencie. Mas porque não concordo com muita das ideias que defendem”. (sic)
Como vê, as suas tiradas, podem ter sempre o efeito de “espelho”, de “boomerang”…mas felicito-o pela sua tentativa…
O meu “ódio”, a minha incapacidade de diálogo construtivo, a minha “tamanha agressividade”, a minha falta de respeito pela opinião dos “outros” !
Se você não fosse um presumido, um tipo que se considera o dono inquestionável da “razão”, um personagem de “ópera- buffa”, (desta vez com dois ff…) com o rei na barriga, se você não tivesse estas “características”, se tivesse um mínimo de sensatez, veria, lendo os seu longos arrazoados, que…TEM TODAS AS “QUALIDADES” DE QUE ME ACUSA…incluindo a sua “adjectivação, própria de uma claque de um clube reles”…
E mais : – Se pensa que a sua “justificação” esfarrapada da “ida ao dicionário” para ver “o significado de peralta (o ADJECTIVO peralta !), o que você, o tipo “pacífico”, ponderado, dialogante, “culto”, que ATÉ lê Marx e Engels (apenas para tripudiar com as suas teses e fazer delas armas de arremesso…) o que você fez, foi tentar agredir-me, glosando o MEU NOME PRÓPRIO ! E diz, “CÂNDIDAMENTE” que, com ele não fez qualquer trocadilho…CHICO ESPERTO ! É mais uma das suas “qualidades” !
Obrigado pelo seu esforço dialéct…quero dizer DIARREICO !
E, agora, sim, brincando com o seu nome, cuide-se, sr. ABREU.
Em vez de laxantes, tome antes anti-diarreicos !
As melhoras, sr. ABREU…
Já dei conta que tentar dialogar consigo é tempo perdido. Contra argumentos aduzidos, contrapõe credos absorvidos.
Vou fazer uma última tentativa.
AFIRMAÇAO minha – a sua adjetivação é própria de membro de uma claque de um clube reles.
ADJECTIVAÇÃO sua – tropa fandanga da páfia, do aldrabão-mór , da mentira loura albuquerque, portas submarinista, cristas azougada e alcoviteira, convencido, presumido, contentinho….
SUSTENTAÇÃO factual – nula
CONCLUSÃO minha – Adjectivaçao própria membro de claque de clube reles
PERGUNTA – onde está o efeito boomerang?
– Não será isto demonstrativo de incapacidade de diálogo construtivo?
– Não será isto demonstrativo de uma grande agressividade
– Não será isto falta de respeito pela opinião dos outros?
Fui confirmar o significado do ADJECTIVO peralta e ver até que ponto a letra poderia dizer com a careta. Não fiz qualquer TROCADILHO com o sobrenome, ponto.
Usei apenas de cinismo perante tamanha, na minha modesta opinião, PALERMICE..
Como se deve definir alguém que sobre outro alguém , que mal conhece, diz dele que lê Marx e Engels apenas para tripudiar com as suas teses e fazer delas armas de arremesso?
Presunçoso? Arrogante? Convencido?
Para não me armar em dono da verdade, escolha O Sr Peralta, a denominação que achar mais adequada!
Tenho pena de não lhe poder desejar as melhoras. A sintomatologia aqui revelada não augura nada de bom!
Mas tenha fé. Pode ser que nos discursos laudatórios que sempre acompanham as exéquias lhe seja prestada homenagem.
Nuno M. P. Abreu
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As suas melhoras ! Ponto final parágrafo…
Já tomei. Fez efeito. Estou curado. Muito obrigado. E em retribuição, aconselho-o :
“Segundo um novo estudo, um suplemento nutricional em forma de bebida é capaz de reduzir a progressão do Alzheimer em pacientes no início da doença”
Onde, as inscrições para funcionários da limpeza?
Os dos melhores textos sobre o 25 de Abril e a nossa de ocracia que li ultimamente. Obrigado.