
Foto: MANUEL DE ALMEIDA / LUSA
Os processos internos dos partidos interessam-me tanto como os das empresas privadas. Não sou apologista do modelo comunista de eleição – chamemos-lhe assim – do secretário-geral do partido, mas também não sou propriamente um entusiasta da alternativa proposta pelos partidos do bem, assente em campanhas difamatórias, compra de votos, quotas pagas em cima da hora, de militantes que vivem aos 20 na mesma casa, e facadas em geral.
Devo dizer, aliás, que a prática do PCP tem uma vantagem, que é a transparência: toda a gente sabe ao que vai quando entra no partido, e toda a gente que está fora, a rachar outro tipo de lenha, sabe o que a casa gasta. E, que se saiba, só lá está quem quer. A mim interessa-me, sobretudo, que o PCP cumpra as regras da democracia no Parlamento, nas autarquias que governa e na sua acção política em geral. O que se passa no interior do edifício na Soeiro Pereira Gomes é lá com eles.
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