Ajuste directo de 11 milhões de euros

De acordo com a resolução de Conselho de Ministros publicada, esta sexta-feira, em Diário da República, lê-se que o Executivo de António Costa autoriza a DGEstE “a realizar a despesa com a aquisição de serviços de realização de testes rápidos de antigénio, com recurso ao procedimento de ajuste direto” no valor de 11.150.080 euros, dada “a manifesta urgência”.

O documento refere, ainda, que os encargos financeiros serão pagos em 2021 “por verbas adequadas inscritas ou a inscrever no orçamento da DGEstE, podendo ser objecto de financiamento ou refinanciamento através do REACT-EU (Recovery Assistance for Cohesion and the Territories of Europe), ou por recurso a verbas nacionais caso tal se venha a demonstrar necessário”.

A pandemia tem sido a justificação para muitas violações às regras que se tinham como certas em áreas como o escrutínio científico, as práticas médicas, as liberdades individuais e a Constituição. Não surpreende, portanto, que a gestão do dinheiro público não seja excepção.

Neste caso concreto, ninguém sabia que as aulas iriam começar em Setembro e, portanto, não foi possível planear, é isso? O que é que faz essa imensidão de gente nos gabinetes do ME e das DRE, só para enumerar dois exemplos da máquina governamental educativa?

Quando se trata de alterar as regras do acesso ao ensino superior, com os concursos já realizados, conseguiu-se fazê-lo em cima do joelho, mesmo que isso quebrasse a necessária estabilidade no sistema.

Já alterar os procedimentos de concurso público para lidar como a emergência que a pandemia criou, isso é outra história. Até por que esta emergência é tão recente que ainda nada se pôde fazer.

Daqui a 10 anos lá virão os processos dos escândalos, em cima da prescrição. A surpresa será geral e a pergunta, novamente sem resposta, “como é que foi possível?” estará de novo em cima da mesa.

Comments

  1. Alexandre Barreira says:

    ….negócio….é negócio…..e quem parte e reparte……!!!!

  2. tá bem, tá says:

    se fossem os teus amiguinhos laranjas já não miavas assim não

    • Filipe Bastos says:

      Seja ou não assim, agora fala-se da máfia xuxa. Da máfia PS. Não da máfia PSD, nem da CDS, nem outra qualquer.

      Foi a máfia PS que esteve no poleiro durante vinte dos últimos trinta anos; foi a máfia PS que mais enterrou o país durante o “governo” do Trafulha 44; é a máfia PS que está no poleiro há seis anos. E continua a chular-nos e a roubar-nos, como se vê pelo post, em completa impunidade.

      Raio de whataboutery, de clubismo pacóvio, de desconversa sonsa, de tergiversação cretina sempre que alguém constata alguma podridão destes partidos-esgoto. Sempre, sempre a mesma resposta de merda: então e o teu partido?!

      A carneirada adora este benfica-sporting pulhítico. No fundo, nem se importa de ser enrabada desde que seja pelos seus.

      • Tuga says:

        Ainda bem que confessas as tua preferências pelo partido do Marcelo Caetano Recauchutado, vulgo PPD, mais vulgo ainda para os pacóvios como tu, Partido Social Democrata.

        Ainda te não vi aqui a atacar os chamados PSD

        Deves ser avençado da Mafia Laranja

  3. Paulo Marques says:

    Pensei que o problema era não serem precisos, afinal já é outro. Mas com um texto que diz acaba a dizer que é uma falha habitual depois de começar a dizer que é uma uma aberração única, e fica-se na dúvida se o importante não é mesmo dizer mal.
    Dito isto, era possível, embora devesse precisar de uns acertos eventualmente. Resta saber se fazia grande diferença no produto inelástico.

    • j. manuel cordeiro says:

      Um problema não invalida outro.

      Porém, não me recordo de ter questionado sobre a necessidade de testes. Mas poderá ser o vírus a comer-me a memória.

      De resto, se é normal ou não, também se pode usar ironia na escrita, parece-me.

  4. Luís Lavoura says:

    a emergência que a pandemia criou

    Neste caso não há emergência nenhuma, aliás sabe-se que os alunos de alguns anos vão ser testados logo no início das aulas, os alunos dos outros anos somente vão ser testados mais tarde, logo, a testagem não é urgente. Ademais, como é evidente, a testagem somente assegura segurança no dia em que é feita e nos dias seguintes, pelo que, o facto de se efetuar um teste algures perto do princípio do ano letivo pouca ou nenhuma segurança fornece ao ano letivo no seu todo.

    Não há emergência nenhuma, a não ser uma emergência política. Esta testagem global não é uma necessidade urgente do ponto de vista científico, é somente uma necessidade urgente para acalmar algumas contestações.

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