Unicórnios e megalomanias

As propostas de Carlos Moedas para Lisboa incluem: uma fábrica de unicórnios, um centro mundial da economia do mar, o Parque Mayer transformado em centro nacional de Cultura, a construção de um Novo Centro de Congressos de Lisboa…

Dá vontade de fugir.

 

“Enquanto há Moedas, há amigos”: a noite eleitoral onde todos ganham e ninguém perde

A vitória de Carlos Moedas em Lisboa, apoiado por uma coligação com pelo menos uma mão cheia de partidos, teve um condão: o de fazer esquecer o PSD da estrondosa derrota autárquica que teve.

Se hoje lermos o que dizem militantes e simpatizantes do PSD, parece-nos (e confunde-nos) que o partido foi o grande vencedor da noite eleitoral. Não foi; está no lote dos 3 maiores derrotados, ao lado da CDU e do meu BE.

Em sentido contrário, pelo que lemos e vemos, parece que o PS foi o maior derrotado, quando, analisados os resultados, pode até ter saído reforçado destas eleições. Sim, a CM de Lisboa é a maior Câmara do país; mas não é a única, e tampouco é mais do que qualquer outra. No geral, podemos dizer, apesar dos resultados do BE e da CDU, que a esquerda ganhou as eleições, à boleia do PS (o que se pode repercutir nas próximas legislativas). A direita, por seu turno, teve vitórias residuais (PSD em Lisboa, Coimbra ou Funchal, por exemplo) e, no restante, foi à boleia do Chega (este último que consegue índices interessantes de votação em territórios onde grassa mais pobreza e falta de alfabetização). [Read more…]

As siglas

Faz-vos confusão a sigla LGBTQI+ mas depois votam no PPD/PSD-CDS-PP-MPT-PPM-IL-IRS+IVA Domingues.

Vá-se lá entender.

Compreender os lisboetas

Na passada sexta-feira fui ao futebol, assistir ao Sporting C.P. – C.S. Marítimo em Alvalade. Nas imediações do estádio, que frequento há dezenas de anos, é sempre complicado conseguir um lugar de estacionamento, à medida que se vai aproximando a hora do jogo. Quando se trata de jogos grandes, as dificuldades aumentam. Longe vão os tempos em que até se estacionavam carros na 2ª circular, em dias de futebol nos estádios da Luz ou Alvalade, mas sempre existiu alguma benevolência das autoridades, para com viaturas estacionadas em cima de passeios ou mesmo de forma irregular, estreitando a via, desde que não se coloquem em causa o acesso a garagens ou estacionamentos, ou condicionem os acessos a prédios, armazéns ou estabelecimentos, ou se criem constrangimentos à circulação. [Read more…]

A eleição mais importante de ontem na U.E.


Tal como se previa, para governar a Alemanha, serão necessários 3 partidos. Ou apenas 2, caso o SPD e CDU resolvam entender-se, hipótese que não pode ser descartada, embora nenhum dos grandes partidos a deseje. [Read more…]

Não é vitória. É castigo

Em 2001, Fernando Gomes perdeu a Câmara do Porto, por castigo.

Foi o preço por ter aceite trocar a cidade do Porto, pelas delícias do estatuto de Ministro-adjunto e da Administração Interna na capital do império em 1999, em pleno mandato de Presidente da Câmara do Porto.

As gentes do Porto não gostaram da troca. E, tal como a mulher abandonada que vê à porta o marido regressado da casa da amante, porque as coisas não deram certo, as gentes do Porto bateram-lhe com a porta na cara.

Rui Rio, contra os oráculos, tornou-se presidente da Câmara do Porto, porque Fernando Gomes foi castigado pela infidelidade.

Ontem, as gentes de Lisboa não deram a vitória a Carlos Moedas: castigaram Fernando Medina.

O socialista, há poucos dias, tinha sido considerado pela esmagadora maioria dos inquiridos numa sondagem, como mais arrogante do que Carlos Moedas.

Foi a permanente arrogância de Fernando Medina, a principal razão do castigo. E o caso das informações às embaixadas – e, pior, o modo como lidou com todo o processo a salvar o seu gabinete de apoio e queimar na praça pública um funcionário -, caiu mal. Muito mal.

Até porque os valores de Abril, são queridos por muita gente que não é comunista ou sequer socialista. É gente de um centro social-democrata que sem cravos ao peito, defende, também, a democracia, a liberdade, a igualdade, o direito à manifestação, à privacidade, à inviolabilidade da sua correspondência e o respeito pela dignidade da pessoa humana. E, também, não suporta bufice. [Read more…]

Apesar de Santana Lopes ter vencido na Figueira da Foz,

agora facto” NÃO “é igual a fato (de roupa)“.

«Ganhámos contra tudo e contra todos»

Contra tudo e contra todos? Onde é que já ouvi isto? Ah! Já me lembro.