Para memória futura: O estado da luta contra a covid segundo as fontes oficiais

O discurso de hoje, nos meios oficiais, onde se inclui o relatado no artigo anterior, é este:

  • Vitória sobre o vírus;
  • Atingido nível de vacinação que confere protecção colectiva;
  • Redução de casos graves internamentos;
  • Índice de transmissão do vírus em queda;
  • Perspectiva de eliminação das medidas de contenção do vírus;
  • Portugal como tendo hoje a maior taxa de vacinação a nível mundial.

Registe-se:

  • O tom geral do sucesso da campanha de vacinação e do respectivo impacto na redução de mortes e casos graves;
  • A ausência de notícias (*) sobre a eficácia da vacina e sobre o nível de protecção conferido pela infecção natural;
  • A mensagem repetida ad nauseam de a vacina ser o mecanismo para protecção individual e de impedir a propagação da doença;
  • Ausência de notícias (*) sobre o que passa em Israel, onde se fala em quarta dose, apesar da elevada taxa de vacinação;
  • O tom geral de adjectivar de negacionista quem ouse questionar a estratégia das autoridades
  • O nível geral de controlo do espaço comunicacional, de que o caso de censura no caso Público/Pedro Girão é exemplar (**).

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Bandido!

De quem estou a falar?

A realidade construída

 

Imagem: Euronews

Num artigo da revista Sábado, Gouveia e Melo recorre a um comprovado mito para dissertar sobre a estratégia que o próprio ajudou a concretizar.

O vice-almirante Gouveia e Melo desvalorizou ainda o facto de Portugal ser o primeiro país do mundo em termos de taxa de cobertura de vacinação, dizendo que isso não o preocupa, sendo que a sua preocupação “é se essa taxa é suficiente para haver proteção de grupo e eventualmente a imunidade de grupo“.

É motivo de preocupação quando a falsidade é usada como verdade. E conduz a um exercício de se questionar outras verdades como tal apresentadas. É uma das consequências da demagogia. O que é realidade e o que é realidade construída?

Neste ponto, será melhor recordar as afirmações taxativas de Andrew Pollard sobre a impossibilidade de existir imunidade de grupo no caso da Covid 19.

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André Ventura, criminoso condenado

Depois de ser condenado em primeira instância, o Tribunal da Relação confirmou o que já todos suspeitávamos: André Ventura é um criminoso. E o criminoso bem pode ficar incrédulo e desiludido, e fazer o seu teatro calimerico, mas qualquer ser unicelular percebia o óbvio: não podes chamar “bandido” a pessoas que nunca cometeram um crime, entre as quais se incluía uma criança pequena, em prime time e perante uma audiência de milhões, usando essas pessoas como arma de arremesso num debate político. Agora, o arrogante é presunçoso Ventura, mais o seu partido de extrema-direita, terão que pedir desculpa à família Coxi. E o não cumprimento da sentença dará origem a uma multa de 500€ por dia de atraso. E cada reincidência terá o custo de 5000€. Portanto ou pedem desculpa, ou vão à falência, ou fazem como os outros neofascistas europeus e pedem ao tio Putin ou ao tio Bannon para bancar.

O ódio e o extremismo perderam, a democracia e o Estado de Direito ganharam. Venham mais dias assim.