Rendições convenientes

Razões para o histérico apelo à rendição da Ucrânia:

– cobardia: a colossal coragem dos Ucranianos comprova que o medo não é uma qualidade ao contrário do que, sub-reptícia, constante e reiteradamente, nos é “vendido” pelo “mainstream” e apregoado pelos cobardes;

– hipocrisia: enquanto a agressão militar perdurar e as mortes aumentarem, os disfarçados defensores de putin não podem, por mínimos de decoro, assumir o que realmente pensam e defendem;

– trafulhice: centrando a questão única e exclusivamente nas terríveis consequências da guerra, fazem aproximar o patamar ético entre invasor e invadido, entre agressor e agredido;

– básico putinismo: se a Ucrânia se render, a Rússia vence e os objectivos de putin são sumária e concretamente alcançados; num momento em que o sucesso militar russo está em perigo, nada melhor que uma espécie de “vitória na secretaria”.

Comments

  1. JgMenos says:

    O carrasco agora nomeado para assegurar o caminho para a Crimeia, vai encher de orgulho os pacifistas que contarão os mortos ucranianos como boas razões para a sua vileza.

    • POIS! says:

      Ora pois!

      Os pacifistas “contarão os mortos”…

      Já para os fogueteiros de serviço os mortos…não contarão!

  2. Paulo Marques says:

    Razões para o histérico apelo à continuação da guerra:

    cobardia: são os outros que combatem e morrem, só temos que lhes fornecer as armas, o que também serve como demonstração a todos os outros a quem as queremos vender;
    hipocrisia: quanto mais a guerra continuar, mais facilmente será previsível o controlo do país pelos oligarcas do bem a explorar os destroços, com forças de “segurança” a assegurar que os recursos são encaminhados para onde devem e lavados por onde devem.
    trafulhice: enquanto a guerra perdurar, conseguem evitar quaisquer dúvidas ao caminho único, sejam os bons vários filhos da puta do bem a aproveitar, aí sim, para verdadeiros genocídios, seja um simples direito ao pão e ao trabalho
    básica hegemonia: há que fazer com que a Rússia também aceite tornar-se um cliente como se tentou com o bêbado através do colapso económico do país e rendição ao consenso de Washington, para a seguir rodear o verdadeiro perigo ao pensamento único. Num momento em que o capitalismo selvagem entra em cada vez maiores contradições cada vez mais visíveis, não há nada como causar uma crise material sem precedentes com um adversário externo, ao mesmo tempo uma ameaça ao mundo inteiro e facilmente derrotável por um exército em construção, para dar credibilidade à inevitabilidade do sistema.

  3. balio says:

    Quem fez “o histérico apelo à rendição da Ucrânia”?

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