A música de Rammstein é vinho de outra pipa…

Foi preciso que, na Base Aérea de Rammstein, Alemanha, o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin (no  Encontro de Líderes do Exército) estivesse presente para o governo alemão retomar o esforço europeu em prol do armamento do exército ucraniano.

Depois de semanas e semanas em que as elites políticas alemãs não queriam ceder, a exemplo do que aconteceu com o famoso Nordsteen 2, bastou a palavra de um alto dirigente americano para tudo mudar. Ou seja, só os EUA conseguem impor o que quer que seja aos dirigentes políticos alemães. Fica a pergunta: porque será? Responda quem saiba…

Populismo do bem: ser pela revolução e contra-revolução ou não saber o que se é

A Iniciativa Liberal desceu a Avenida da Liberdade. Depois de no ano passado a organização do desfile ter – de forma consciente e lúcida – recusado a participação de um partido que anteriormente havia dito que o verdadeiro dia da Liberdade era o de Novembro, nunca o de Abril, e mesmo tendo a IL descido na mesma – e bem, o espaço é público – este ano decidiram descê-la por sua conta e risco.

Ver um partido elitista, agressivamente capitalista e que em matérias económicas está sempre, sempre do lado dos mais poderosos, a descer a Avenida da Liberdade no 25 de Abril, como se aquilo fosse mesmo liberalismo clássico e estes fossem de esquerda, confesso, tem a sua ironia. Não se pode festejar Abril ao mesmo tempo que se quer uma Flat Tax… porque isso só é Abril para os ricos e Abril fez-se para todos.

Este partido capitalista, neo-liberal, acha que a Revolução foi feita para os grandes e poderosos e, por isso, desceu a Liberdade também… mas só depois de todos os outros, pois eles são gente fina que veste Pierre Cardin e Tommy Hilfiger e não se gostam de confundir com os esquerdalhos do 25 de Abril que compram boxers e meias aos ciganos na feira. Misturas como essa seriam um erro; se optassem por descer a Avenida ao mesmo tempo que todos os outros, ainda apanhariam a gripe marxista ou o vírus social-democrata… e também não querem arriscar, agora que acabaram as máscaras (vitória da IL, dizem eles… a sério, eles acham que foram os responsáveis pelo fim da obrigatoriedade das máscaras); e estar sujeito a ter de voltar a usar açaimes na cara por causa de mais um vírus maoista?! Nessa não os apanham mais.

Calculo e espero que também marquem presença no 1 de Maio, pois eles amam a liberdade (deduzo que só digam isso para a calar, mas depois vão ter com a outra). Se assim é, espero-os na Alameda, na luta pelos direitos dos trabalhadores (ou dos colaboradores, como eles lhes chamam), mas, tal como ontem, que só apareçam no fim quando todos tiverem ido embora (ah, e levem ucranianos para lhes explicarem como é que o capital os vai explorar cá onde… o “liberalismo faz falta”).

Capitão Salgueiro Cotrim Maia de Figueiredo, na sua chai… no seu jipe que costuma levar à Comporta, comportando-se como um esquerdalho arruaceiro.