Parece que começou uma Guerra na Europa e, tal como sempre que acontece algo novo, várias hipocrisias foram colocadas a nu. De repente, o Ocidente descobriu que Putin é um autocrata e que quer fazer da Ucrânia seu território. Uma novidade da qual ninguém esperava. Enquanto o Ocidente das elites coloca-se contra a Rússia, esse perigoso país liderado pelo jovem Putin que apareceu há umas semanas, temos uma esquerda, que toldada pelo ódio aos EUA, não consegue condenar a Rússia por esta invasão. E aqui fica mais uma vez provado: a esquerda não é, nem nunca será, empática com pessoas, mas sim com as suas causas. São aqueles que lutam pela emancipação até de um pau de vassoura, mas que decidem quem é bom homossexual ou bom preto. É o mercado dos valores a funcionar. Estes são aqueles que querem a extinção de um partido, mas que protestam contra a extinção de partidos numa Guerra. No entanto, há que admirar a posição do PCP. O PCP foi igual a si mesmo e mantém a sua postura até ao fim. Manteve o seu fanatismo. Trata a Rússia sem liberdade como se um sistema capitalista tivesse. Para o PCP, quem tem mais de 5 euros no bolso já é capitalista.
Lá por esta visão sem ponta de humanismo, não quer dizer que os restantes sejam inocentes. Esta Guerra levou a que a maioria do espaço político não-socialista a usasse, seja com medidas inconsequentes para parecer bem ou em medidas que vão contra o próprio histórico do partido. Os EUA, depois de se espantarem com o facto de Putin ser autocrata, foram negociar com as democracias sólidas e liberais do Irão e da Venezuela. O que deve ter dado dificuldades, porque, no caso da Venezuela, reconheceram um presidente que não é o que se encontra em funções. A FIFA, essa instituição cheia de valores, também fez a sua parte. Expulsou a Rússia de um Mundial que será jogado no Qatar, país que respeita os direitos das minorias e, principalmente, dos trabalhadores. Em princípio, depois do Mundial, também se fará a marcha LGBT, nesse país tão democrático. [Read more…]
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