Não conheço bem Fernando Araújo, nem sei o que poderá acrescentar politicamente. E confesso que a terminologia de CEO, num serviço público, me faz alguma confusão.
No entanto, do pouco que conheço das ideias do antigo Secretário de Estado-Adjunto da Saúde, se conseguir, como pretende, alargar o SNS ao serviço da saúde oral (e se alargasse essa sua ideia à psicologia, ganharia mais pontos) e contratar mais profissionais (se fosse em exclusividade – facultativa, como alguns partidos propõem -, tanto melhor), já dará alguns passos para que a rota lamacenta por onde os sucessivos governos PS/PSD/CDS conduziram o serviço público de saúde (e para onde as novas forças radicais de direita, o CH e a IL, as querem levar à força) seja transviado.
Mas, com a denominação de CEO, temo que se abram, ainda mais, as portas aos privados, entregando, como já acontece, quase metade do Orçamento de Estado destinado à saúde ao negócio da saúde privada. Se Manuel Pizarro não oferece garantias neste parâmetro, a bem que as ofereça Fernando Araújo, que terá, diz-se, autonomia na gestão.
Esperemos que não se confirme a destruição do SNS e que Fernando Araújo consiga distanciar-se dos lobbies que assolam, hoje, o Estado português, do qual as forças neo-liberais são capatazes. Desconfio que não conseguirá, mas dar-lhe-ei o benefício da dúvida.
As diferenças com Macedo devem ficar ao nível do sorriso.
«CEO, num serviço público, me faz alguma confusão.»
De facto, é uma congruência sugerir que haja quem cuide da produtividade na sinecura estatal; não é o espírito de Abril; por este caminho ainda acabam a despedir funcionários públicos.
A situação é alarmante!!!
Não há productividade sem recursos, e continuar a aumentar a ausência dos mesmos não resolve.
Nem productividade nem produtividade.
Para este porco o partido dele não despede, reestrutura, é mais fino. Borra a cara com merda.
Pois cá está!
Mais um comentário do reputado luis burreiro, verdadeira expressão do seu fino caráter, formado no precoce convívio com a nossa mais sofisticada intelectualidade nos nossos melhores salões.
O subtil humor, a fina ironia, o respeito para com os opósitos, tudo brilha aquando da sua ponderada intervenção, sempre pertinente e informada.
Não faltam umas siglas a seguir a sucessivos governos?
Nem percebo a dúvida, a conclusão está mais que tirada. Privatizar e destruir.