Este livro não pode agradar a ninguém.
— Camilo Castelo BrancoUne histoire abracadabrantesque.
— Jacques Chirac
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A propósito da Ponte Almeida Garrett (que acabou por se chamar Ponte Dona Antónia Ferreira ou Ponte da Ferreirinha), Rui Moreira, presidente da câmara do Porto, pronunciou-se nos seguintes termos:
A parceria com o JN vai permitir-nos chegar a um nome para a nova ponte que prestigie a história das duas cidades, valorize a infraestrutura [sic] e satisfaça a vontade popular.
Hoje, ficámos a saber, através do Público, que Rui Moreira estará prestes a satisfazer a vontade de alguns (37 pessoas) que não querem esta estátua:
Rui Moreira quer que a escultura de Francisco Simões, inaugurada há 11 anos, vá para as reservas municipais. Artista [Francisco Simões] diz que petição subscrita por 37 cidadãos é “lamentável” e treslê a obra.
Há uns anos, Steve Hackel, professor de História na Universidade da Califórnia, Riverside, e promotor de uma moção a favor da substituição da denominação Dia de Colombo pela de Dia dos Povos Indígenas, criticou a vereação de Los Angeles (EUA) por ter retirado uma estátua de Cristóvão Colombo do Grand Park, numa decisão tomada “quase em segredo e sem debate”.
Veremos se há consulta da vontade popular ou se nos ficamos pelos gostos pessoais de alguns e sem debate.
Efectivamente, abradacadabrant.
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Nesta coisa do feminismo, os croios, que são uma esmagadora maioria, querem descolar as mulheres do que seja o apetecível para os homens.
O medíocre é o modelo em toda a campanha igualitária.
A ‘intelectualidade’ segue o modelo que os dispensa de esforço excessivo.
A ralé sente-se em casa.
Os políticos contam votos…
Ora pois!
Para JgMenos as mulheres, para serem apetecíveis, têm de estar bem coladas.
Para não lhe fugirem, o que lhe deteriorava seriamente o apetite!
Consta que a vida sentimental de JgMenos só foi possível com recurso a muita Araldite. Que, em caso de emergência até tinha outra grande utilidade: servia de anticonceptivo radical e definitivo.
Então mas o homem não era um herói por fazer frente a um bruto de uma agremiação desportiva? Agora que não deve ser por acreditar nalguma coisa, não deve, seria impossível.
What ?
O Executivo liberal/maçónico do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto» pretende atribuir à nova ponte que será construída o nome de «Ferreirinha» simplesmente por capricho, contra a vontade dos Portuenses e através de um processo de votação ilegal e obscuro, que deve ser escrutinado por forma a saber se quem votou foram os Portuenses (naturais da Cidade do Porto), ou Portugueses naturais de outras Localidades ou Estrangeiros.
A sr.ª Antónia Adelaide Ferreira nada diz aos Portuenses, e o seu percurso profissional lendário é duvidoso conforme pretendem fazer passar.
Se pretendem atribuir o nome «Ferrerinha» a uma estrutura, então que façam uma ponte em Godim, Peso da Régua, de onde é natural a sr.ª Antónia Adelaide Ferreira, e onde o seu trabalho teve expressão.
Tarde demais, já se deu o nome errado ao vinho à séculos, é o que é.
Essa de ser uma novidade uma ponte ser nomeada por capricho de um qualquer político também tem piada.
Só as mulheres devem ter direito a falarem em excludivo delas próprias e dos seu temas e problemas.