
Imagem: RTP
O cocó, o ranheta e o facada.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
O consumo foi descriminalizado, mas não despenalizado. Consumir substâncias psicoativas ilícitas, continua a ser um ato punível por lei, contudo deixou de ser um comportamento alvo de processo crime (e como tal tratado nos tribunais) e passou a constituir uma contraordenação social. [sic](fonte: SICAD)
Não sei se os senhores do Porto, o Nosso Movimento, do PS Porto e do PSD Porto conhecem a lei, mas convinha, antes de fazerem e/ou aprovarem propostas populistas de perseguição e opressão, lerem o que já está estipulado na mesma para não fazerem figuras de antas.
O consumo de certas substâncias já é punível por lei, caso o mesmo seja feito na via pública. Um cidadão pode estar na posse de x gramas de y substância psico-activa, sem que isso constitua um crime; o consumo na via pública também não é criminalizado, mas é punível (em primeira instância, como uma contra-ordenação em que o cidadão é instruído a apresentar-se na Comissão Para a Dissuasão da Toxicodependência – caso re-incida, poderá ter penas acessórias de trabalho comunitário a que poderão acrescer multas). [Read more…]
“As autoridades *diz que sim”. Se as autoridades *diz que sim, estou mais descansado. Menos bola, menos precipitação, menos espectáculo, menos propaganda (“está a ser reposta a normalidade”…) e mais rigor, sff.
Em 2018, David Ribeiro, na época deputado municipal eleito pelo Porto, o Nosso Movimento, do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, escreveu na sua página pessoal no Facebook que um grupo de “20 a 30 romenos” (de etnia cigana) eram “um autêntico martírio” para alguns comerciantes e residentes, sem apresentar qualquer prova da sua afirmação, naquilo que se mostrou como uma gratuita manifestação de xenofobia.
A publicação, intitulada “Ciganos Romenos no Porto”, apresentava-nos um rol de preconceitos racistas e xenófobos contra a comunidade romena no Porto, rematando com a sugestão, às autoridades, que estas pessoas fossem, de alguma forma, postas (ainda mais) à margem da sociedade, sem haver provas materiais que as pusessem em situação de potencial criminalidade.
Depois de em Junho deste ano a Comissão Permanente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) ter condenado o antigo deputado municipal a uma (irrisória) coima de €428,90, a mesma vem, agora, reiterar a decisão, obrigando David Ribeiro a cumprir com a condenação. Diga-se, de passagem, que David Ribeiro não recorreu da decisão… mas o movimento de Rui Moreira recorreu, perdendo agora o recurso.
O caso veio a público em 2018, depois de David Ribeiro ter publicado o texto na sua página de Facebook e de, dias mais tarde, o Bloco de Esquerda do Porto ter levado o assunto à Assembleia Municipal. Foi Tatiana Moutinho, que esteve integrada nas listas do Bloco de Esquerda à autarquia portuense e Piménio Ferreira, um cidadão do Porto, quem apresentou queixa à CICDR, juntamente com a SOS Racismo; agora, quatro anos depois, saem vitoriosos do caso, tendo o agora ex-deputado municipal neo-liberal de cumprir com o estipulado.
O movimento “independente” conta com o apoio do CDS-PP, do IL e do PPM.
David Ribeiro, antigo deputado municipal portuense eleito pelo movimento de apoio a Rui Moreira, foi condenado por xenofobia
Frementes de agitação e de movimento, os funcionários da Biblioteca Municipal do Porto afadigam-se, atropelam-se para entregar os 5 volumes diários permitidos aos 3 leitores presentes.
Confesso que, apesar de não ser votante de Rui Moreira, fui surpreendido pela atitude persecutória que constituiu a não autorização da cedência do Rivoli para um Concerto promovido pelo “Conselho Português para a Paz e Cooperação” apoiado pela CDU, vulgo, PCP.
Também não sou votante do PCP, mas sinto-me indignado pela atitude anti-democrática, persecutória e censora da opinião diferente, da Câmara do Porto, ao justificar a não cedência pelo facto de, nas palavras de Rui Moreira citadas pelo JN, “o Município não pode aprovar que, ainda por cima, é promovida sob a égide de um partido político que tem vindo a branquear o hediondo ataque da Rússia”.
Isto é instigação ao ódio, é a não aceitação de opinião diferente em Democracia, opinião essa que em nada belisca a nossa Constituição, é uma atitude arbitrária de um déspota eleito, que passa agora a decidir quem pode ou não aceder a espaços públicos com base na opinião!
Esta gente pretende fazer [Read more…]
Fotografia: Lucília Monteiro
Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, disse em tribunal que, no caso Selminho, foi “incauto”.
Para os mais distraídos:
in·cau·to
(latim incautus, -a, -um)
adjectivo
1. Que não tem cautela ou prudência. = DESPREVENIDO, IMPRUDENTE ≠ CAUTO, CAUTELOSO
2. Que é inocente e sem malícia. = CRENTE, INGÉNUO
Eu também sou “incauto” quando fico com a última fatia de bolo do prato. Nunca me aconteceu ser incauto para beneficiar a minha família em negócios imobiliários enquanto presidente de um município.
Cada um com a ingenuidade que lhe é característica…
António de Almeida, António Fernando Nabais, Orlando Sousa, José Mário Teixeira, Carlos Araújo Alves e João Mendes estiveram de serviço à vadiagem.
A conversa vadiou entre o aniversário do Manuel Dias, covid, os ciganos no Alentejo, a legalidade, a esquerda e a segurança, a esquerda e a autoridade, autoridade e repressão, Rui Tavares e Fernando Medina, o Livre e o PS, Iniciativa Liberal e Rui Moreira, a dívida da Groundforce, Benfica, amor à camisola ou à profissão, as vacinas, Alberto João Jardim, Cuba. E sugestões, muitas sugestões, incluindo um estudo sobre cerveja.
Desta a vez a vadiagem foi num tom um pouco mais sério, fruto das circunstâncias e, também, dos vadios, – António de Almeida, Carlos Araújo Alves, João Mendes, José Mário Teixeira e Orlando Sousa -, que falaram sobre buscas, testes, lavagem de dinheiro, TVI, Rui Moreira, Selminho, comunicação social, justiça, Espanha, Ceuta, migrantes, Marrocos, cessar-fogo, Israel, Hamas, Palestina, Irão, história e provocações.
Porto, 20 de Maio de 2021. Poucos dias após o arranque da época balnear, deparo-me com esta fotografia, enviada por um camarada aventador, na qual podemos ver uma estrutura em betão armado, construída sobre o areal da Praia do Ourigo, na Foz do Porto. Será certamente um deleite para os turistas estrangeiros, ali poderem contemplar o Atlântico, enquanto comem e bebem algo chiquérrimo, mas o que ali se passa, verdadeiramente, é um atentado ambiental. Mais um.
Resta saber quem são os cúmplices do construtor e do proprietário, sendo sabido que a zona sobre a qual nasce este absurdo edifício é e continuará a ser propriedade do Estado, logo de todos nós. Isto teve o aval do Ministro do Ambiente, que vêm a ser portuense? A APA aprovou esta aberração? Rui Moreira licenciou? Os ambientalistas já se pronunciaram? O PAN, o PEV, o BE e o Livre, sempre tão activos na defesa do ambiente, já tomaram uma posição relativamente a mais este crime ambiental? Ou estará tudo a assobiar para o lado?
“Não hasteamos bandeiras não protocolares”. Pois. Que chatice, o arco-íris não é azul e branco.
Sei, tenho bem presente e defendo a presunção de inocência a que todos os indiciados, arguidos, acusados e pronunciados têm direito até ao trânsito em julgado, mas isso não obsta a leitura política.
Nessa perspectiva, talvez eu seja esquisito em demasia, não me caiu nada bem que Rui Moreira, acusado pelo Ministério Público, tenho usado o espaço de comentário que tem na TVI para zurzir num outro acusado e agora pronunciado, José Sócrates.
O pudor nestas situações, mesmo de quem se sabe inocente, deveria sensibilizar ao recato.
Primeiro foi o Elidérico Viegas que denunciou o esquema e entretanto foi corrido (disso já se falou no Aventar)
Já se sabe que a brincadeira com o nosso dinheiro custou mais de 80 mil euros em Braga. E como foi no Porto (e em Lisboa sem esquecer a Madeira e o Algarve)? Só para a malta saber e perceber. Sobretudo, perceber como se criam mitos de génios da gestão, como se justificam salários milionários de certos gestores públicos e como os responsáveis do Turismo de Portugal nos vendem a banha da cobra.
O Rio está contente. O Vladimiro está feliz. O Rui Moreira está que nem pode de tanto rir. Acima de 10% é vitória…
O FC Porto é o Porto, quer queiram quer não!
— Pôncio Monteiro (1940-2010), 7 de Março de 2002O FC Porto é o FC Porto e é o clube da cidade.
— Rui Moreira, 12 de Maio de 2018… e quem tiver amor à cidade não pode deixar de ter ao FC Porto.
— Pinto da Costa, 31 de Maio de 2020
Foto: Peter Spark/Movephoto
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Como muito bem escreve Ana Gomes, «Rui Moreira e acompanhantes na lista do Conselho Superior do FCP não se enxergam». Efectivamente, depois do blá-blá-blá (“o azul não tem qualquer conotação clubística“) e da afronta (“o FC Porto é o FC Porto e é o clube da cidade“), só faltava mesmo a Rui Moreira a rampa de lançamento no conforto da estrutura do FC Porto e uma inadmissível espargata entre o comando dos destinos da cidade do Porto e a ambição de ser presidente do FC Porto. Com a rampa de lançamento montada, é claro, veio a anunciada passagem de testemunho. Tudo isto é, obviamente, ridículo e, pior, esta promiscuidade política/futebol é inaceitável.
O FC Porto é um clube da cidade do Porto e merece da parte de Rui Moreira exactamente o mesmo respeito, carinho e interesse que merecem todos os outros clubes onde se pratica futebol na cidade do Porto. Clubes como o Boavista, o Pasteleira, o Salgueiros, o Bom Pastor, o FC Foz, o Académico, o Ramaldense, o Desportivo de Portugal, o S. Vítor ou o Sport Clube do Porto merecem tanto respeito como o FC Porto. O Porto não tem clube de futebol. A Associação de Futebol do Porto tem uma selecção e é muito boa. Mas o Porto, como tereis ainda agora lido, não tem clube de futebol. Dois dos melhores futebolistas portugueses de sempre (o Humberto Coelho e o João Vieira Pinto) são portuenses, nunca jogaram no FC Porto, não são portistas e foram ídolos do Glorioso. Sou portuense, sou benfiquista ferrenho e até sou sócio do Benfica, mas Rui Moreira e Pinto da Costa, garanto-vos, não gostam mais do Porto do que eu. Convém que haja menos propaganda e menos mistura de assuntos sérios (a gestão da cidade e as condições de vida de quem mora e trabalha nessa cidade) com futebolices, vaidades pessoais e rampas de lançamento.
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I’m not asking you to believe anything you can’t prove. I’m just asking you to prove it.
— Will Graham
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O pedido de desculpas da TVI levou-me a ver um bocadinho do Jornal das 8 de ontem e a encontrar mais uma prova quer da utilidade grafémica das letras consonânticas cê e pê, quer da concomitante inutilidade do Acordo Ortográfico de 1990. O direto, fixado por alguém na moldura daquele oráculo informativo, borra a pintura. Contudo, como sabemos, ‘factores’ são uma prova de que há esperança.
Há muitos anos, no Manhunter, houve um diálogo extremamente interessante entre o Hannibal Lecktor (exactamente, Lecktor e não Lecter) e o Will Graham. No mais recente Hannibal, tivemos o Will a fazer de Lecktor e a Beverly Katz a fazer de Will.
O Will perguntava:
Do you have the file with you?
A Beverly respondia:
Yes.
O Will retorquia:
And pictures?
E a Beverly repetia:
Yes.
É verdade: felizmente, há imagens.
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Nótula: Por uma questão de clareza quanto ao número de pessoas infectadas com COVID-19 em Portugal, talvez fosse bom que o Ministério da Saúde e a comunicação social portuguesa deixassem de tratar os casos do distrito do Porto dentro da região NORTE DE PORTUGAL (assim, com maiúsculas, como nos oráculos sensacionalistas da TVI).
Neste caso concreto das pessoas infectadas com COVID-19, o distrito do Porto deve ser analisado à parte.
O NORTE DE PORTUGAL é identificado no mapa do Ministério da Saúde como a região que, para quem vem de Barcarena, começa nos concelhos de Espinho [Read more…]
For example, in cases where investigators of language change express violent disagreement with their predecessors, a closer look tends to reveal that a strong rebuttal of an earlier position may still crucially presuppose some determinative phrasing of scholarly questions, an indispensable collation of the facts, or pioneering paleographic spadework by the previous researcher being criticized.
— Janda & Joseph“Somos Porto”. É fácil dizer [ˌsomuʃˈpoɾtu].
— Rodolfo Reis
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Segundo o Record, Rui Moreira retorquiu
Isso é mentira,
depois de Fernando Madureira ter escrito
Houve falhas de segurança graves e tiveram de ser os seguranças e os populares a restabelecer a ordem.
Se virmos o episódio pela perspectiva de um leitor do Record, o presidente da Câmara do Porto teve razão, pois Fernando Madureira escreveu houveram. Efectivamente: houveram:
Houveram falhas de segurança graves e tiveram de ser os seguranças e os populares a restabelecer a ordem!
De facto, é mentira que Fernando Madureira tenha escrito ‘houve’.
Continuação de um óptimo domingo.
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Em 2013, Rui Moreira dizia: «No JN, já sou obrigado a escrever de acordo com o acordo ortográfico». Em 2018, continuamos a ler no JN: «o autor escreve segundo a antiga ortografia». Isto anda tudo ligado.
Caballeros, parte de madurar es aceptar las cosas que a uno no le gusta.
O azul não tem qualquer conotação clubística.
La vie n’est pas un roman. C’est du moins ce que vous voudriez croire.
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O fim-de-semana está à porta. É uma óptima notícia, semelhante àquela da recaída do Expresso.
Todavia, eis o desastre:
No sítio do costume? A vergonha habitual.
Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.
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Vive-se no Porto em estado de serena normalidade, a despeito da recente quezília entre Rui Moreira e o Partido Socialista, agitada pelos órgãos de comunicação social e comentadores de assento garantido pelo poder dominante. Afinal, bem vistas as coisas pelo que se vai dizendo, não se trata de um divórcio litigioso, mas de uma transfiguração em “amizade colorida” – Moreira e Pizarro fazem questão de reafirmar isso mesmo.
Os portuenses estão serenos, atendendo a que o tema não é assunto sequer na cidade, a não ser entre nos aparelhos de partidos e de movimentos independentes, uma vez que as eleições estão à porta e estas são sempre um momento de solução, saibam os eleitos corresponder às vontades que vierem a ser expressas. Rui Moreira tem a vitória garantida e acredita [Read more…]
Já muito se escreveu no Aventar sobre as mais recentes movimentações em torno da recandidatura de Rui Moreira à CM do Porto, pelo que não quero bater na mesma tecla. Tenho a sensação, tal como o Fernando, que esta decisão já estava tomada há algum tempo, e não engulo a teoria de que as declarações de Ana Catarina Mendes, que me parecem normalíssimas, tenham feito transbordar o copo. Outra razão haverá.
O PS, experiente e mais versado nestas coisas do eleitoral, não perdeu tempo e anunciou Manuel Pizarro como seu candidato, que não sendo uma das figuras mais brilhantes da constelação socialista, me parece agora a melhor opção que o PS tem para correr contra Rui Moreira. Porquê? Porque Rui Moreira assim o quis. Porque, apesar da ruptura que provocou com os socialistas, faltou-lhe a hipocrisia dos carreiristas quando elogiou o agora candidato do PS pela sua “lealdade” e “competência”, afirmando mesmo a intenção de convidar Pizarro para seu vereador. E se é o seu adversário quem o diz, os socialistas não perderão a oportunidade de retirar máximo partido das declarações do autarca. [Read more…]
Para um leigo que olha para o panorama político português através dos vários meios de comunicação social e das redes sociais, constato, dessa leitura, que a imagem de autarca modelo de Rui Moreira, não é assim tão consistente como parecia ser, apesar de muita propaganda em torno das suas acções. Também verifico que a sua margem de manobra como vencedor incontestável nas próximas eleições autárquicas, no Porto, parece não ser tão confortável.
Eu não estou a criticar a sua gestão no município. Longe disso. Mas, face aos últimos acontecimentos políticos, apenas me revejo naquele ditado popular:
“Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades!”
Manuel Pizarro e Rui Moreira
Ontem escrevi um post sobre o facto de Rui Moreira se ter divorciado do PS. Um dos comentários com que fui brindado no facebook foi:
“O problema do teu post, Fernando, é que partes dos princípio que o Rui Moreira funciona segundo os cânones da política partidária. Rui Moreira sempre deixou claro que contava com Pizarro por uma questão de lealdade política, por ter sido um bom parceiro durante o mandato, e que aceitava o apoio do PS nesse pressuposto. Traçou linhas vermelhas na sua relação com os partidos, aceitando o apoio de quem subcrevesse as regras. Violadas as regras, de forma reiterada, assumiu as consequências. Não há nem manha nem calculismo” – Rodrigo Adão da Fonseca.
Ora então, passadas 24 horas, o que temos?
Rui Moreira não precisou do PS para ganhar as eleições autárquicas no Porto em 2013. Só precisou no dia seguinte. Para ter uma maioria estável e governar na paz do Senhor durante os quatro anos do seu mandato. Será que precisa para ganhar as eleições deste ano?
Obviamente que não. Nem do PS nem do PSD e muito menos do Bloco ou da CDU. Para ganhar não precisa. Mesmo para governar tenho dúvidas pois estou convencido que, sozinho, consegue os 44% mínimos para ter maioria absoluta. Mas já estive mais convencido disso há uns meses do que hoje por um motivo muito simples: a abstenção fruto do “já ganhou”.
Como nos municípios anteriores, baseámos este estudo na análise do site base.gov. Relativamente à Câmara Municipal do Porto, foram feitos quase 1800 ajustes directos desde o início do mandato de Rui Moreira, num total de quase 45 milhões de euros.
Comecemos pelos escritórios de advogados. Em 3 anos e meio, a Câmara liderada por Rui Moreira entregou 9 contratos por ajuste directo à Cuatrecasas. O mais polémico é provavelmente o caderno de encargos do concurso de concessão do Pavilhão Rosa Mota. A Cuatrecasas no Porto, recorde-se, era à época liderada por Paulo Rangel, dirigente da Associação Comercial Portuense durante o mandato de Rui Moreira. E o advogado da sociedade que ficou com o contrato da Porto Lazer foi Filipe Avides Moreira, hoje o director da sociedade no Porto, actual director da Associação Comercial Portuense e marido de uma assessora jurídica da Câmara do Porto. No total, os contratos ajustados directamente à Cuatrecasas, em conjunto, ultrapassaram os 400 mil euros + IVA.
Já que estamos a falar de advogados, a Câmara Municipal ajustou directamente por 3 vezes com uma outra sociedade, a de Paulo Samagaio. No total, foram 167 500 euros + IVA. O que volta a ser curioso. É que Paulo Samagaio era o advogado que, à data da tomada de posse de Rui Moreira, defendia os interesses da Selminho contra a Câmara do Porto. Dois anos depois, estava a representar o Município. Tinha passado de um lado para o outro… ou esteve, afinal, sempre do mesmo lado?
José Pedro Correia Caimoto, Filipe de Lacerda Machado Barbot Costa, João Manuel de Amaral Regadas, Fernanda Paula Marques de Oliveira, Santos Pinto & Associados, Albuquerque & Associados, Miguel Veiga, Neiva Santos e Associados, Raposo, Sá, Miranda & Associados, Campos Pereira, Pedro Alhinho, Leopoldo Carvalhaes, Candida Mesquita & Associados, JPAB-José Pedro Aguiar-Branco & Associados, TELLES DE ABREU E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE ADVOGADOS, Marco Almeida & Associado, Saraiva Lima e Associados, Garrigues Portugal e Sofia Nogueira Pinto (ufa!) foram outros dos advogados/sociedades de advogados que receberam ajustes directos. Mais 24 contratos e mais 545 mil euros.
No total, a Câmara de Rui Moreira gastou com advogados, em ajustes directos, mais de 1 milhão de euros – 1 114 833 euros, se quisermos ser precisos. + IVA. É caso para perguntar o que está a fazer o verdadeiro batalhão de advogados que trabalha na Câmara se, para tudo e mais alguma coisa, é preciso recorrer a ajustes directos ao exterior?
O Mandatário para a Juventude
Estava eu a tomar café e a ler a posta do Carlos, que sendo um indivíduo da Invicta conhecerá os meandros da sua autarquia melhor que eu, e dou por mim confrontado com algo que já tinha lido por aí. Que o presidente Rui Moreira é na verdade um boneco articulado do PS Porto e do senhor Pizarro. Será mesmo?
Parece-me bizarro que um indivíduo como o senhor Pizarro tenha tamanho ascendente sobre Rui Moreira, o super-“independente” que limpou a câmara do Porto ao PSD, apoiado por uma Geringuejola PS/CDS-PP. Mais bizarro ainda me parece que o CDS-PP, tão anti-esquerda e actualmente a roçar a extrema-direita, aceite continuar a apoiar um candidato alegadamente manietado pelos perigosos socialistas. Aceite? Esperem, não fiz jus à coisa. O que realmente aconteceu foi uma decisão unânime da concelhia centrista do Porto, que fez uma “análise globalmente positiva” do trabalho do autarca. Do autarca ou do PS? [Read more…]
Acredito, piamente, na primazia da democracia sobre todos e quaisquer outros sistemas políticos. Para mais quando nos dias de hoje, vários estudos técnicos, nomeadamente, os efectuados sobre a denominada “sabedoria das multidões” permitem conferir àquela convicção, alguma sustentação científica. Mas, obviamente, ninguém pode decidir bem se a informação recebida que fundamenta a sua opção, foi pervertida ou adulterada.
C’est vraiment trop injuste… — Calimero *** Não pretendo meter foice em seara alheia, pois há abundante literatura acerca do fenómeno de não se aceitar um resultado negativo, na perspectiva de, obviamente (o obviamente é, por definição, indiscutível), sermos os maiores e, logo, se perdemos, como somos os maiores, é claro que fomos prejudicados por algum […]
Como escreve Natalie B. Compton, “um urso fez uma pausa para uma extensa sessão fotográfica“. Onde? Em Boulder, CO, nos Estados Unidos da América.
N.B.:
A música
00:00 intermezzo (charlie spivak) 04:28 charmaine (mantovani) 08:35 melody of love (wayne king) 11:46 auld lang syne (guy lombardo) 15:15 body and soul (coleman hawkins) 18:54 poinciana ‘song of the tree’ (david rose) 22:48 do you believe in dreams (francis craig) 26:56 twilight time (three suns) 30:31 intermezzo aka ‘souvenir de vienne’ (wayne king) 34:39 orchids in the moonlight (enric madriguera) 39:12 warsaw concerto (freddy martin/jack fina) 43:24 deep in my heart dear (troubadours) 48:00 dancing in the dark (artie shaw) [Continuar a ler]
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
S | T | Q | Q | S | S | D |
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1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ||
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Discordo. Os *aspetos nunca são positivos.
Quem foram os 1,7% de militantes Cheganos que não votaram no querido líder André Ventura e quando é que devem ser empurrados de um penhasco?
Hoje, por causa de umas pipocas, lembrei-me das melhores da minha vida (com manteiga), comidas em Show Low, AZ, no regresso de Fort Apache. Entre Show Low e Holbrook, há uma terra chamada Snowflake.
agora fazei o favor de ler o artigo do Henrique Burnay, no Expresso. Totalmente grátis.
li por aí que uma liberal acusou a IL de ter uma espécie de familygate na estrutura do partido. Estou chocado (NOT).
e até o sniper que queria abater o Marcelo foi apanhado. As forças de segurança funcionam, os juízes é que não querem prender larápios. Investigue-se.
Sabem quem é, no tal Conselho Estratégico Nacional do PSD (uma invenção do Rui Rio e que o Montenegro foi atrás) o responsável pela área da Cultura ? Por aqui vi tudo. Além do CV que está aqui, é comentador de bola num programa da CMTV.
Há um provérbio turco que reza assim “Se meteres um palhaço num palácio ele não se transforma num príncipe, mas o palácio transforma-se num circo”.
Parabéns Dr. Luís Montenegro!
Exército Americano estima que o plano climático custar-lhes-á mais de 6,8 mil milhões USD em 5 anos. Só podem estar doidos, a gastarem dinheiro em algo que não existe.
Ariana Cosme e Rui Trindade escrevem, hoje, dia da manifestação dos professores em Lisboa: «Está na hora de se reconhecer que este Governo e este ministro são, afinal, os melhores interlocutores que os professores e os seus sindicatos poderiam ter.»
diz o Der Terrorist.
Isto não é a Ribeira. E o <i> de Fontainhas não leva acento. É como o <i> de ladainha, rainha, grainha, etc. Siga.
“As autoridades *diz que sim”. Se as autoridades *diz que sim, estou mais descansado. Menos bola, menos precipitação, menos espectáculo, menos propaganda (“está a ser reposta a normalidade”…) e mais rigor, sff.
Nos últimos dias enquanto funcionário público, o CEO da Iniciativa Liberal cumpriu a promessa de tornar os liberais mais “populares”: agora chama-se Quim.
conduzido pelo Daniel Oliveira. O artigo no Expresso é aberto e merece ser lido.
o Presidente da República promulga o OE2023. Mas faz mal. Faz muito mal.
Em entrevista a Piers Morgan que sairá amanhã, Pedro Nuno Santos critica o seu anterior clube e diz que o cozinheiro do PS ainda é o mesmo do tempo do engenheiro Sócrates.
Se a renúncia ao cargo na TAP nos custou meio milhão, nem imagino a factura que virá com a demissão do governo. Que tal criar um imposto para acautelar o próximo job?
Andam para aí a dizer que Alexandra Reis recebeu uma indemnização milionária, mas a verdade é que mal chega para oferecer um Rolls ao marido.
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