Maias à porta no 1º de Maio

Na minha vila, ainda se colocam as maias à porta. São mais as casas com elas que sem elas! É bonito de ver. Também eu as fui apanhar… Ainda conheci um ribeiro aqui perto e ouvi a àgua correr nele…
As ‘maias’ são giestas de flor amarela que florescem em princípios de Maio e como que anunciam a chegada deste mês, define o Dicionário da Língua Portuguesa.
Não as sabia tão macias. («Macias» sem c lê-se maias, reparo agora na coincidência).

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1º de Maio:

No dia dos trabalhadores, fazendo uma pausa no trabalho, não posso deixar de escrever sobre o tema.
Não vou falar sobre os trabalhadores que as centrais sindicais arrebanham para a Avenida da Liberdade nem para o folclore mediático onde aproveitam um dia com toda esta simbologia para praguejar contra o governo, a direita, os capitalistas e outros perigosos fascistas.
Nem vou falar daqueles trabalhadores que, nas palavras de João Paulo Silva, “trabalhem na preparação das comemorações dos queques caviar de direita que nos levaram ao ponto em que estamos”.
Não, eu prefiro falar naqueles trabalhadores que nascidos noutras paragens escolheram Portugal como porto de abrigo, a exemplo de mais de um milhão de compatriotas nossos que foram para fora procurar uma vida melhor. É desses que me lembro neste dia, sobretudo depois de ouvir ontem, na TSF, o inenarrável “Paulinho das feiras” a defender o fecho das nossas fronteiras aos trabalhadores estrangeiros, querendo travestir-se de “Paulinho das feras”. Seguindo a linha de pensamento recentemente adoptada por certos sectores do PSD que, infelizmente, andam a navegar à vista e a ser muito mal aconselhados.
Quem defende a Liberdade não pode, por maioria de razão, alinhar neste tipo de populismo barato. Um país com mais de um milhão de trabalhadores espalhados pelo Mundo, não pode dar-se ao luxo de bramir contra os trabalhadores estrangeiros.
É deles que me lembro hoje, no dia do Trabalhador.