Prepare a carteira senhor contribuinte: o buraco do BPN vai aumentar

BPN

De mansinho e sem se dar muito por ele, o buraco do BPN prepara-se para crescer 1320 milhões de euros, com o alto patrocínio do sempre prestável contribuinte português. Segundo o Diário de Notícias, se o Processo Especial de Revitalização (PER) do grupo Galilei não for aprovado pelos seus credores, onde se destaca a Parvalorem, veículo criado pelo Estado português para gerir os activos resultantes da privatização do BPN que detém 80% da dívida da sucessora da SLN, os cofres públicos encaixarão novas perdas, elevando a factura do banco do cavaquismo para um valor superior a 6300 milhões de euros. Resta saber se os milhões de euros em investimentos variados detidos pela Galilei, que tem Oliveira e Costa como segundo maior accionista e o grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, Fernando Lima, como presidente, serão usados para abater parte da dívida ou se nos caberá a nós continuar a assumir a factura na sua totalidade. Preparem as carteiras, o assalto segue dentro de momentos.

A verdade, pelo menos uma verdade

Não é como se Cristo descesse à Terra. Não, isso fica para outro social-democrata mas haver a garantia de que Fernando Lima fala é, só por isso, notícia. O ex-assessor de imprensa de Cavaco Silva decidiu apresentar a sua versão sobre o caso das escutas, o momento zen da política portuguesa no Verão passado.

É na edição de amanhã no Expresso. Para já, sabemos que é uma “trama que raia o incrível“. Logo, a história promete. “A minha verdade”, assim se chama o texto, de opinião, que Fernando Lima assina. Falta saber é se esta é a verdade, ou apenas uma verdade. Admito: estou ansioso.

Um é sabido e o outro é anjinho?

Costuma dizer-se que "ou há democracia ou comem todos" o que parece (parece, já não sei bem) querer dizer que estamos todos em igualdade  perante a lei e os costumes. Não podemos exigir a um o que não exigimos a outro.

 

Vem isto a propósito do que aí vai entre os meus amigos PS quanto à questão da trapalhada com as palavras e os silêncios de Cavaco Silva, Presidente da República.

É óbvio, para todos, que há aqui uma questão mal explicada, acusações deturpadas, fontes interessadas, tentativa de intromissão nos resultados das eleições, tudo o que não deveria ter acontecido e muito menos com o envolvimento da Presidência da República.

 

Mas estes meus amigos, são os mesmos que defendem José Sócrates, Primeiro Ministro, de todas e quaisquer suspeitas nos diversos casos em que o Primeiro Ministro está envolvido.

 

Foi acusado? O tribunal já se pronunciou?

 

 

 

No Freeport aparecem envolvidos, tios e primos do Primeiro Ministro? Tudo natural.

 

Na Cova da Beira, o professor que passou o Primeiro Ministro a doze disciplinas ao domingo, é um dos acusados em tribunal por ter existido batota no concurso em que José Sócrates era o secretário de Estado de quem dependia a adjudicação? Normalíssimo!

 

José Sócrates falsificou as fichas na Assembleia da República? Normal!

 

Comprou uma casa a metade do preço e através de uma off shore? Normal!

 

Não há nada provado em tribunal, até lá todos são inocentes. Mas então isso não se aplica ao Presidente da República? Os índicios que nem tudo correu bem no caso das escutas, é razão bastante para transformar Cavaco no sr. silva e, no caso de Sócrates, não chega para lhe fazer crescer o nariz?

 

Há Democracia ou comem todos?