Próximo dia 25 de Abril: É dia da Revolta!

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Podres de um MP a Cair de Podre

Há por aí rumores de que o Ministério Público e os juízes andam às turras e tudo porque o colectivo que julgou os amendoins Charles Smith e Manuel Pedro, no caso Freeport, foi implacável na crítica emitida publicamente à forma displicente e complacente como os procuradores investigaram o caso.

Nem seria preciso ser juiz, ter julgado este caso, para estar obrigado a criticar duramente tais procuradores. Bastaria qualquer de nós ser um cidadão atento para perceber quer o andamento-lesma quer o grande esforço sorna por ilibar à partida o degenerado que hoje, sem vergonha, se acoita em Paris. Quando o referido colectivo visa concretamente o departamento liderado por Cândida Almeida, continuamos no domínio do óbvio triste. Não é uma questão de intromissão de juízes na função de procuradores. Nem sequer se trata de um caso de transposição de competências, porque se aos juízes competiu julgar os factos, ninguém minimamente informado e atento em Portugal confiaria na hierarquia do MP para uma análise às questões de alta corrupção que este caso arrola. Talvez por isso é que os amigos do PS e de Sócrates, Cândida e Pinto Monteiro, não engulam facilmente que o Tribunal do Barreiro tenha, a 20 de Julho, mandado extrair uma certidão pedindo que voltem a ser investigados indícios fortíssimos de corrupção no seio do Ministério do Ambiente, então liderado por o referido ex-político. [Read more…]

Bem vindos ao século XIX

Porque não ter uma base de dados central com todos os acórdãos, disponível on-line!? Acórdão do caso Freeport não ficará disponível antes de Setembro. Os senhores meritíssimos(?) juízes estão de férias…

Freeport, Ases e Valetes

Não me importo que me insultem, rebaixem, humilhem, quando verso assuntos relativos aos que delapidaram Portugal desde que nos tornámos um arremedo de Democracia, a partir de 1974. Talvez tivéssemos ganho imenso se se tivesse promovido uma reconciliação explícita e um levantamento de culpas sistemático e inteligível, a fim de que as bases do novo Regime, após o 25 de Abril, fossem sãs e não uma transição do corporativismo de Estado para o corporativismo dos Partidos. Por exemplo, agora que foram absolvidos Charles Smith e Manuel Pedro, os arguidos no processo de extorsão associado à corrupção que possibilitou o outlet Freeport, em zona protegida, e tendo sido o próprio Ministério Público a pedi-la por entender que os responsáveis por toda a engenharia das luvas para mudar o sentido do estudo de impacto ambiental não foram aqueles, importa reverter as atenções para os verdadeiros corruptos. Ora, quando se fala em corrupção, deve falar-se de quem efectivamente tem poder e influência para operar mudanças de 180º no resultado de estudos de impacto ambiental ou em promover PPP com partes de leão para os privados e custos tamanho elefantíase para os contribuintes. Por isso é que foi emitida uma certidão para accionar um processo que arrole todos os indivíduos referidos no processo, entre eles, sim, o Parisiense. [Read more…]

Corrupção Freeport e o Futuro

É impossível não sentir alguma simpatia e benevolência por pessoas como Charles Smith e Manuel Pedro. Foi porque Charles Smith revelou que a promotora do Freeport tinha pago luvas a um político num alto cargo governamental que tudo isto começou e tudo isto vai terminar ao lado do que realmente está em causa e interessa. Basta pensar que, nesse Governo demissionário, havia um relatório de impacto ambiental desfavorável ao empreendimento que só um certo pagamento poderia resolver. Havia até um destinatário para o mesmo dinheiro, o Ministro do Ambiente à data dos eventos, que mais tarde acusou Charles Smith de ter usado o seu nome para extorquir o suposto dinheiro de luvas ao promotor do empreendimento, mas o certo é que Charles Smith a ficar com o dinheiro, nunca poderia ter revertido o estudo de impacto ambiental transformando-o de desfavorável em favorável. Quem vai encalacrar-se sob uma acusação estapafúrdia de extorsão? [Read more…]

A comédia humana

Luís Manuel Cunha

– “Convidamos p’ra você vir ver um jogo, estar presente num dos nossos jogos do Europeu, tá?”, disse Ronaldo dirigindo-se a Cavaco Silva. Ronaldo não passa de um labrego mimalho e cheio de dinheiro. Mas um labrego carregado de dinheiro não deixa de ser um labrego. “Obrigadinho”, respondeu Cavaco, agradecendo o convite. Estão bem um para o outro. Só que um, Ronaldo, tem milhões. Muitos milhões. O outro, Cavaco, vive “miseravelmente” de uma reforma de 10 mil euros que, disse, não lhe chegam para as despesas mensais. “Ditosa pátria que tais filhos tem”, citando Camões. Ironicamente, claro. Para mim, apenas o ranço da raça. Ambos.
Chama-se Varela. É jogador de futebol. Saiu do banco de suplentes. À primeira, desajeitadamente, não acertou na bola. À segunda, acertou na baliza e fez golo. Portugal venceu a Dinamarca. Escreveu Sílvio Cervan, que até já foi deputado do CDS: “A sorte impensável de um herói (…) É a gesta de um povo”! Pobre povo… cuja pátria se tornou uma equipa de futebol, escreveu Pacheco Pereira. Não posso estar mais de acordo. [Read more…]

E o ex-ministro do ambiente era…?

É tudo bons rapazes, eu sei, com tendência para a honestidade e para a verdade só comparável ao Grilo Falante gritando conselhos ao Pinóquio.

No entanto – e vale o que vale- um senhor inglês, daqueles que não hesitam entre lucro e ética, disse hoje em tribunal que outro senhor inglês (daqueles que não hesitam entre ética e lucro) lhe disse que um ex-ministro do ambiente recebeu uns trocos ilegais em troca da licença ambiental para a construção do Freeport em Alcochete.

Eu, que tenho fraca memória, bem puxo pela cachimónia e não consigo descortinar quem possa ter sido tal aventesma. Um ex-ministro desonesto? Em Portugal? Deve ser da tal lendária mania de superioridade inglesa. Mais um bocado e ainda dizem, fleumaticamente, que o dito cujo chegou a primeiro ministro.

Dou um doce, dos grandes, a quem me disser o nome de um único ex-governante português desonesto e, em particular, do tal ex-ministro do ambiente. Têm cá uma lata, estes ingleses!

BPN e a Anedota do Estado de Direito

O caso de polícia BPN poderia ser a última gota da minha paciência com o Regime pastoso em Portugal, assente numa pedra angular chamada ganância e nada mais que a ganância, mas acho que ainda posso conter o vómito por mais algum tempo e continuar a fazer-lhe a autópsia. É difícil. Mas posso tentar. Para mais, há dois BPN e não apenas um. O BPN criminal de Oliveira e Costa averbava a simpática e módica quantia de 1,8 mil milhões de euros sem paradeiro. Mas depois houve um Governo competentíssimo que quis salvar Portugal desse buraco aberto pelos velhos e malcheirentos apparatchiks do PSD cavaquista e, como tudo em Portugal se trata de uma questão de amigos, a coisa rapidamente montou aos 8,3 mil milhões sem paradeiro. Era o Governo Competentíssimo da Bancarrota a ‘salvar’ Portugal. O que se passou? Política. Se foste corrupto e roubaste à vista dos meus olhos, roubarei também à vista dos teus. Manterei silêncio acerca do teu roubo, se mantiveres silêncio acerca do meu. Com os nossos dois silêncios somados, prosperaremos. E assim sucessivamente. [Read more…]

As amigas são para as ocasiões


Cândida Almeida travou equipa mista liderada pela PJ para investigar o Freeport

Sócrates não esquece quem o serve

 

Governo reafirma confiança em Pinto Monteiro.

Há momentos em que o silêncio é de ouro

A televisão passa uma notícia sobre o processo Freeport, a tal montanha que consta ter parido um rato. Numa mesa ao lado, no mesmo restaurante, um de três comensais diz, alto o suficiente para quem o quiser ouvir, “estão todos metidos nisto, todos”.

Não percebi porque é que falou tão alto, se era apenas para os parceiros ouvirem ou um alerta apontado às almas que respiravam o mesmo ar. Nem me atrevi a perguntar quem eram os tais “todos”. Se com ‘todos’ pretendia dizer que eu e as outras pessoas que estavam no local também estávamos ‘metidos’ naquilo, presumo que no caso Freeport, se se inclui a ele próprio e aos respectivos parceiros de alimentos. Temendo a resposta preferi não questionar e deixar o homem dar continuidade à indignação. Há momentos em que o silêncio é de ouro.

O meu baptismo de Freeport

Freeport

Estreei-me ontem no Freeport. Desaguei no outlet da Reserva Natural do Tejo numa passagem de carro por aqueles lados. Um espaço aberto e embelezado com fontes que proporcionam um agradável sincopado de água chilreante. Atendendo ao pesado ambiente que tem pairado sobre este empreendimento, o ar era surpreendentemente respirável.

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Uma justiça portuguesa catatónica

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A justiça portuguesa está num estado catatónico. Não é nada de novo. Respira, olha, mas existe fechada dentro dela, num cenário de total alheamento da realidade. É muito cara, demasiado lenta, na maior parte das vezes ineficaz. Pelo país há mais de um milhão de processos pendentes. Já não chegava toda esta situação, agora ficamos a saber que temos de torcer o nariz a todas as suas deliberações e opções.

Descobrimos que a justiça, pelo menos algumas vezes, não trabalha de forma concreta e não vai ao fim dos processos, fica pela rama. Por falta de tempo ficam por escutar entidades relevantes para os processos. Por falta de tempo adiam-se sentenças. Por falta de tempo prolongam-se processos quase indefinidamente. Por falta de tempo ou por falta de vontade.

Curioso é que, apesar de deste panorama, a maior parte dos agentes da justiça faz o que somos especialistas em fazer: atirar as culpas para debaixo do tapete de outros. Quando confrontados com os enormes problemas da justiça, os sindicatos ou associações representativas dos vários elementos, funcionários, juízes, Ministério Público, advogados, garantem isenção de responsabilidades e acusam outros, incluindo o Governo e o Parlamento, que também têm a sua dose de culpa no cartório.

Deve ser por tudo isto que dizem que a justiça é cega.

Ministério Público: Eles sabem mais do que a Lúcia

Em 6 anos, não conseguiram ouvir o Primeiro-Ministro.

Não é falta de eficiência, claro que não é. O problema é que eles sabem mais do que a Lúcia.

E ainda queria o outro que pedissemos desculpa a José Sócrates. Por quê? Por sabermos que, apesar de tudo ter dado em nada, ele deve estar enterrado neste escândalo até aos ossos?

Freeport flamingo

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A notícia: «Sócrates: “A verdade acaba sempre por vir ao de cima”», no Público

Claro que não estás surpreendido, és Deus, estás em todo o lado e sabes de tudo antes de nós

«Sócrates é como Deus nosso Senhor, está em toda a parte»

“Compreendo que Sócrates fale de ‘campanha negra’”

José Sócrates começou por dizer que recebeu sem surpresa o fim da investigação do caso Freeport.

O cemitério do Freeport recomeça amanhã…

Com  índicios de corrupção, amanhã o Ministério Público tem que tomar uma decisão. Acusa ou arquiva!

Ao que sabemos (os faxes, o vídeo, as conversas sobre envelopes…) acrescentam-se os depósitos bancários em notas, muitos milhares de euros em várias contas de vários titulares, todos ligados ao processo. Em dinheiro, em notas, todos deram uma boa explicação, negócios, partilhas, mas a conclusão a que se chegou é que todos depositaram mais dinheiro nas respectivas contas que o que declararam às finanças.

Crime fiscal? Amanhã com a acusação, se a houver, vamos saber as bases da pronúncia, se a decisão for o arquivamento, vamos ter tudo eacarrapachado nos jornais. Bem sabemos que a prova em tribunal não se compadece com “intuições”, mas as notícias, vão ter títulos a “preceito”, deixar dúvidas no ar, e desenvolver o processo por muitos dias a tal ponto que quando se chegar ao fim, cada um de nós vai ficar com uma “impressão”.

Agora uma coisa é certa, um cemitério tem muito menos vida que um freeshop, apoquenta muito menos as avezinhas , e não atormenta os sapais e, no entanto, foi chumbado.

Até os mortos se viraram com aquela aprovação!

Ministério Público fechou caso Freeport

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Está pronto. Pelo menos em parte. Foram mais de cinco anos de investigação, de escutas, documentos, vídeos, intriga, enfim um conjunto de elementos que ajudam a fazer um argumento de um caso estranho.

O Freeport, é sabido, nasceu torto. Muito torto. Ainda não se endireitou no que diz respeito à dignidade da política e, sobretudo, da justiça portuguesa. Lenta, estranha, a funcionar a para e arranca, com inúmeras fugas de informação.

Consta que dois arguidos foram acusados. Se se confirmar, foi o chamado rendimento mínimo num processo complexo e que ainda dará muito que falar.

Este é mais um daqueles casos que nos faz lamentar o estado a que Portugal chegou.

Razões para ocupar o poder!

Cavaco Silva não toma medida nenhuma, deixa andar para não desagradar a ninguem. Tem uma razão para ocupar o poder. A reeleição!

José Sócrates, vê a novela do processo “Freeport” chegar ao fim, já não tem razões para ocupar o poder, pode ir embora, mas não há quem queira substituí-lo. Uma chatice de todo o tamanho!

Paulo Portas, vê os processos dos Submarinos e do Portucale aproximarem-se a grande velocidade, está  na altura de ocupar o poder, já mostrou a ansiedade, a proposta está aí. CDS para o poder com o PS , mas sem Sócrates! Vai ter que esperar ou convencer Passos que, como ainda não passou pelo poder, não tem razões para ter pressa, e a crise não acabou, para quê a pressa?

E o país? Haverá alguem com razões para ir para o governo para tratar do país?

Sócrates ilibado no caso Freeport – qual é a admiração?

 

Não sei qual é a admiração.
José Sócrates podia sacar de uma pistola e matar uma pessoa a sangue-frio, em directo na televisão, com milhões de espectadores a assistir. Nem assim a Justiça portuguesa encontraria indícios para incriminar o senhor primeiro-ministro.
Afinal, quem tem amigos não morre na prisão.

A nossa reputação internacional

A polícia Inglesa está a investigar o Freeport , a polícia Alemã investiga os submarinos e a polícia Checa anda às voltas com os carros de combate !

Tudo por haver suspeitas de corrupção!

Há melhor indicio da vergonha a que chegou este país?

Cá em Portugal, como habitualmente, ou está em segredo de Justiça, ou o processo está fechado por falta de melhor prova ou porque o PGR nada vê! Mas lá fora pelos vistos a polícia vê, ou porque tem mais visão ou porque está longe dos poderes que realmente mandam cá na terra. Onde o poder político e económico que manda no nosso nosso país não chega, as polícias mexem-se, encontram razões para investigar!

Digam lá se isto não é verdadeiramente extraordinário! Andam a perseguir-nos, em campanhas negras, atentam contra o sagrado direito ao bom nome!

Cândida Almeida não precisa de ser escutada – não, não precisa, uma magistrada impoluta acima dos políticos e dos partidos


Quer que os magistrados, os seus colegas, sejam escutados por causa das fugas ao segredo de justiça? Claro que quer!
Não consegue encontrar um único indício da ligação de José Sócrates ao Freeport? Claro que não!
É amiga do peito de Almeida Santos e foi mandatária de Mário Soares? Mas o que é que isso tem a ver? É magistrada, mas das sérias, daquelas que não precisa de ser escutada. Séria, impoluta e acima de todas as suspeitas.
E não é verdade que uma foto vale mil palavras?

TVI trava notícias do Freeport

Uma das formas de controlar a comunicação social é através da publicidade que instituições como o Turismo de Portugal coloca, entidade esta onde manda um amigo de adolescência de José Sócrates, Luis Patrão . Pois, quem deu notícia das “embrulhadas” em que se meteu Sócrates, não “mama” diz um estudo da Mediamonitor/MarKtest. O Público foi outro dos que ficou à margem, não “mamou”. A SIC e a RTP “mamaram, portaram-se bem!

Isto refere-se ao Estado e às empresas controladas pelo Estado, e parece que quem levou algum, foi o Luis Figo e a Deputada Inês de Medeiros. A PJ terá detectado três transferências para Figo no montante de 750 000 euros.

Entretanto, Manuela Moura Guedes apresentou uma queixa directamente contra José Sócrates o que poderá levar a que o Primeiro Ministro seja inquirido por um magistrado. Muitos são os que estão a ser ouvidos ou vão ser ouvidos pela Comissão Parlamentar de Ética, políticos, jornalistas e empresários de comunicação social com o intuito de se confirmar ou não o condicionamento  da liberdade de imprensa.

Tudo isto sem que ninguem saiba de nada a começar pelos próprios que foram escutados e pelos que viram o seu nome envolvido nas escutas, incluindo, claro está, os membros do governo e, muito menos, o Engº José Sócrates que negou conhecimento e que, depois de apanhado em contradição, introduziu o “formalmente”.

Diz a Sábado e confirma o novo homem forte da estação ao dizer que as notícias saem mais espaçadas. Júlio magalhães não diz é qual é o espaço mas pelo que se tem visto é quase sideral, desde que Manuela Moura Guedes de lá saiu, nunca mais houve Freeport. E, agora, temos este incómodo de saber que Júlio Magalhães é mencionado nas escutas do processo face Oculta.

A direcção da TVI foi acusada na ERC de não pôr no ar todas as informações que tem sobre o caso Freeport, mas sabe-se que não há peças prontas a serem divulgadas por haver divergências na redacção sobre o carácter noticioso de alguns documentos.

Tudo acasos, tudo isto é vida, tudo isto é fado!

Freeport – Lopes da Mota pede exoneração

O magistrado Lopes da Mota, presidente do Eurojust e que foi denunciado (uns delatores) pelos dois magistrados que titulam (titulavam?) o processo Freeport, foi castigado com 30 dias de férias forçadas.

Fica, assim, provado que aquele magistrado, que já havia estado envolvido numas manigâncias com a Fatinha de Felgueiras, tentou pressionar os seus dois colegas para arquivarem rapidamente o processo, “porque estavam a falar sozinhos…”

Como foi, amplamente divulgado, Lopes da Mota, foi colega de José Sócrates num dos governos de António Guterres e é muito próximo, se não militante, do PS.

O Ministro da Justiça já se apressou a dizer que será proposto brevemente, um substituto para presidente do Eurojust, o que comprova que Lopes da Mota foi para Bruxelas pela mão do governo socialista.

Interesante é saber que Lopes da Mota, por vontade própria, colocou em risco a posição já periclitante do seu camarada primeiro ministro, num processo tão sensível.

Sim, ninguem acredita que alguem lhe pediu para fazer o favorzinho…

Mário Crespo:

Uns gostam, outros não. Ninguém fica indiferente. É Jornalismo. Hoje no JN (via Blasfémias):

O Palhaço.

Primeiro tiro: Lopes da Mota

Afinal parece que o sempre houve pressões. Claro que ainda falta uma decisão, e os recursos, e patati patatá. Mas alguma coisa no caso Freeport funcionou.

A última missão de Vítor Santos Silva antes de se jubilar está concluída: o inspector já entregou o relatório do processo disciplinar a Lopes da Mota, presidente da Eurojust acusado de tentar pressionar os titulares do processo Freeport. O inspector terá mantido a proposta de aplicar uma suspensão ao magistrado, à semelhança do que tinha sugerido após o inquérito inicial, mas a decisão caberá à secção disciplinar do Conselho Superior do Ministério Público, que se reúne na próxima quarta-feira.

Os senhores e senhoras que defenderam com unhas dentes e outros órgãos Lopes da Mota, vociferando que se estava a pôr em causa o bom nome da pátria, e que tudo não passara de um almoço, agora digam lá: enganei-me. Não vão dizer nada, aposto. Os camaradas têm sempre razão, não é?

Amordaçar os jornais…

Na Sábado desta última 5 ª feira, vem um texto sobre a publicidade colocada e paga em diversos jornais pelas empresas controladas pelo governo.

 

"Quando o jornal SOL publicou a primeira notícia a revelar a existência de uma investigação britânica ao caso Freeport, em Janeiro de 2009, um dos directores do semanário recebeu um telefonema que podia livrar o jornal da falência….

 

O jornal preparava a segunda notícia com o DVD que refria o nome Sócrates.O telefonema pretendia travar a notícia.

 

" Uma pessoa do círculo próximo do primeiro-ministro e que conhecia muito bem a situação do jornal e a nossa relação com o banco BCP disse-nos que os nossos problemas ficariam resolvidos se não publicássemos a segunda notícia do Freeport" assume à Sábado o director do SOL José António Saraiva.

 

"É evidente que Armando Vara era a pessoa que tinha o pelouro do SOL no BCP e que todos os assuntos relacionados com o SOL passavam directamente por ele, e isso nós sabíamos! acrescenta José António Saraiva.

 

Há mais. Vem nas páginas 75,76 e 77.

Armando Vara era a pessoa que tinha o pelouro do Sol

“Uma pessoa do círculo próximo do primeiro-ministro e que conhecia muito bem a situação do jornal e a nossa relação com o banco BCP disse-nos que os nossos problemas ficariam resolvidos se não publicássemos a segunda notícia do Freeport”, assume à SÁBADO o director do Sol, José António Saraiva – não revelando, porém, a identidade do autor da proposta. “É evidente que Armando Vara era a pessoa que tinha o pelouro do Sol no BCP e que todos os assuntos relacionados com o Sol passavam directamente por ele, e isso nós sabíamos”, acrescenta José António Saraiva.

 

Na Sábado, via Facebook

 

É por estas e por outras que a dimensão jurídica destes casos, onde ganham a vida os melhores advogados portugueses, tem pouca ou nenhuma importância. É por estas que as fugas de informação e violações do segredo de justiça valem mais  do que os processos em tribunal. É pelas outras que o estado de direito me dá vontade de rir, embora fosse mais apropriado chorar.

 E isto não é de hoje, tem exactamente a idade do estado de direito, e não sei porquê mas faz-me sempre lembrar esse grande mestre de seu nome Mário Soares.

Ajuste de contas

Freeport, Submarinos, Operação Furacão, Cova da Beira, Face Oculta, BPN, Casa Pia…

 

Nenhum termina com acusados. E os que têm arguidos é o pessoal caído em desgraça (Oliveira e Costa) ou o mexilhão ( Bibi, Godinho ) ou quem já  está  fora do círculo do poder ( veja-se os acusados da Casa Pia, ou melhor, veja-se quem está fora da Casa Pia) .Estou-me a lembrar das famosas fotos com gente muito importante que nunca apareceram…

 

Os casos vão-se matando uns aos outros, num processo que ameaça acabar de vez com a credibilidade da Justiça e dos políticos.

 

Num ajuste de contas frio e cheio de ódio, uma mão lava a outra.

 

Enquanto o caso "Face Oculta" esteve em Aveiro, pelos vistos há vários meses, não houve fugas de matérias em segredo de Justiça, logo que chegaram a Lisboa ( e Lisboa é a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal de Justiça ) foi um ver se te avias.

 

Em Aveiro, há gente que chegou onde chegou pela carreira, em Lisboa ou são nomeados ou são eleitos pelos pares. Processos políticos.

 

Se o povo ignorante, que somos nós todos, sabemos algumas coisas, que saberão os polícias, o Ministério Público, os Directores dos jornais e da televisões…

 

E o ajuste de contas recomeça…

 

 

Após "Face Oculta " o país nunca mais será o mesmo

Afinal tambem temos um primo de José Sócrates na parte oculta das empresas do Estado. Com o tio e os primos do Freeport agora temos uma prima casada com um administrador apanhado nas escutas.

 

Entretanto, há diversas obras públicas na esfera da Estradas de Portugal, violentamente criticadas pelo tribunal de Contas. As empresas privadas são as  do poderoso "lóbby" do betão, que avançaram com as obras sem visto do TC, havia que mostrar trabalho antes das eleições. Quanto custa ? Ninguem sabe!  O que se sabe é que as condições do processo "contentores de Alcântara" foram alargados para estes contratos das autoestradas, se não forem lucrativos paga o Estado. Isto é, o risco por conta do Estado!

 

O Presidente da República, na inauguração de mais uma fábrica de celulose/ papel ali em setúbal, torna a chamar a atenção para a evidência que só Sócrates e estas redes tentaculares fazem de conta não perceberem. Os megainvestimentos são um crime nacional nas presentes condições, há uma dívida externa colossal, a despesa pública já ultrapassa os 50% d0 PIB.

 

Mérito haveria se as Pequenas e Médias Empresas, de bens transaccionáveis e exportáveis, fossem fortemente apoiadas, substituindo importações, criando postos de trabalho douradoiros e não trabalhos por cinco anos, com um custo elevadíssimo, que só os pobres estão dispostos a pagar. Grande parte dos investimentos são importados, agravando a dívida e criando postos de trabalho,isso sim, na Alemanha e na Holanda.

 

Estará Sócrates a preparar o após governação, agradando aos colegas europeus poderosos que definem "quem é quem " na UE ?

 

Entretanto, os muitos mil milhões de euros metidos no BPN patinam, ninguem está disposto a pagar a ladroagem , compram pelo preço de mercado não pelos prejuízos acumulados.

O BPP entrou em hibernação a ver se passa e o BCP lá anda com o dinheirinho da Caixa Geral de Depósitos e com os administradores muito propositadamente transferidos.

 

O Freeport era uma campanha pessoal, e agora a "Face Oculta" com todas estas empresas e estes socialistas, também é pessoal?