Desemprego: mais de 200 vítimas na Cova da Beira

Quando me deparo com certos comentadores e escribas da propaganda governamental que por aí circulam nas TV’s, nos jornais e na blogosfera, não os ouço nem leio. Cuspo, cuspo forte e sonoro de espontânea reacção pela náusea perante a falsidade, o artificialismo e o ardil de quem anda a impingir gato por lebre.

Por efeitos de experiência vivencial directa, regular e na maioria dos casos durante mais de 20 dias por mês, conheço com suficiente pormenor diversas regiões do interior; em especial o Alto Alentejo e as Beiras Baixa e Alta. Terras em continuado despovoamento, habitadas em grande maioria por idosos e com estruturas produtivas, incluindo agrícolas, abandonadas e muitas delas degradadas e destruídas.

Já sabia do triste desfecho, porque o processo se iniciou há meses. Contudo, o ‘Expresso’ acaba de confirmar: a Carveste, empresa têxtil de Caria, Belmonte, em processo de encerramento desde há tempos, vai expulsar para o desemprego mais de 200 trabalhadores.

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“Deve ser ” tudo má-língua!

Nomes como Armando Vara, família Penedos, Oliveira e Costa – além dos tais implícitos e bem conhecidos amigos -, Isaltino Morais, Duarte Lima, etc e tal, são …“mais atacados por razões políticas do que pelos factos que lhes são imputados”. É esta a televisionada opinião do Bastonário da Ordem dos Advogados, o Dr. Marinho Pinto.

Até parece que não vivemos no país das Faces Ocultas, Apitos Dourados, Centros Culturais de Belém de preço triplicado, Freeports, aeroportos  “já-mé” aqui e ali, ministros reciclados em pastagens de betoneiros ou gasolineiros profissionais, acções compradas abaixo do preço de mercado, três auto-estradas para o Porto, Lisconts, fundos imobiliários que acicatam o demolicionismo, TGV, Covas da Beira, “casos de sobreiros”, universidades de fim de semana, BPN sem SLN, BPP, forrobodós despesistas nas empresas públicas, estádios à dúzia. Enfim, a …”república é só para os nossos”.

Deve ser…, tudo isto é “por acaso, inveja ou cavilosa conspiração”, em suma, uma torpe campanha com intuitos políticos.

Ajuste de contas

Freeport, Submarinos, Operação Furacão, Cova da Beira, Face Oculta, BPN, Casa Pia…

 

Nenhum termina com acusados. E os que têm arguidos é o pessoal caído em desgraça (Oliveira e Costa) ou o mexilhão ( Bibi, Godinho ) ou quem já  está  fora do círculo do poder ( veja-se os acusados da Casa Pia, ou melhor, veja-se quem está fora da Casa Pia) .Estou-me a lembrar das famosas fotos com gente muito importante que nunca apareceram…

 

Os casos vão-se matando uns aos outros, num processo que ameaça acabar de vez com a credibilidade da Justiça e dos políticos.

 

Num ajuste de contas frio e cheio de ódio, uma mão lava a outra.

 

Enquanto o caso "Face Oculta" esteve em Aveiro, pelos vistos há vários meses, não houve fugas de matérias em segredo de Justiça, logo que chegaram a Lisboa ( e Lisboa é a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal de Justiça ) foi um ver se te avias.

 

Em Aveiro, há gente que chegou onde chegou pela carreira, em Lisboa ou são nomeados ou são eleitos pelos pares. Processos políticos.

 

Se o povo ignorante, que somos nós todos, sabemos algumas coisas, que saberão os polícias, o Ministério Público, os Directores dos jornais e da televisões…

 

E o ajuste de contas recomeça…

 

 

Face oculta – as escutas são entre amigos

Sócrates falou ao telefone com um amigo e vai continuar a falar sempre que lhe apetecer. Eu por mim acho bem, mas as escutas não são por serem entre amigos, são por serem entre duas pessoas que falam do negócio da TVI, a tal que atacava Sócrates e que ele silenciou.

 

O filho tambem falava ao pai todos os dias, não para lhe pedir a benção, isso acho bem, mas para lhe dizer que a sucata já brilhava.

 

O Vara falava aos amigos colocados nas empresas públicas, não para saber se estavam com gripe A, o que eu perceberia, mas para lhes dizer que se deviam comportar com o sucateiro como se ele fosse um ourives.

 

Este Sócrates é capaz de fazer de nós "um grupo de amigos do Freeport" e colocar-nos "enrolados" na licheira da Cova da Beira, tudo com a benção da decência e da verdade!

Um é sabido e o outro é anjinho?

Costuma dizer-se que "ou há democracia ou comem todos" o que parece (parece, já não sei bem) querer dizer que estamos todos em igualdade  perante a lei e os costumes. Não podemos exigir a um o que não exigimos a outro.

 

Vem isto a propósito do que aí vai entre os meus amigos PS quanto à questão da trapalhada com as palavras e os silêncios de Cavaco Silva, Presidente da República.

É óbvio, para todos, que há aqui uma questão mal explicada, acusações deturpadas, fontes interessadas, tentativa de intromissão nos resultados das eleições, tudo o que não deveria ter acontecido e muito menos com o envolvimento da Presidência da República.

 

Mas estes meus amigos, são os mesmos que defendem José Sócrates, Primeiro Ministro, de todas e quaisquer suspeitas nos diversos casos em que o Primeiro Ministro está envolvido.

 

Foi acusado? O tribunal já se pronunciou?

 

 

 

No Freeport aparecem envolvidos, tios e primos do Primeiro Ministro? Tudo natural.

 

Na Cova da Beira, o professor que passou o Primeiro Ministro a doze disciplinas ao domingo, é um dos acusados em tribunal por ter existido batota no concurso em que José Sócrates era o secretário de Estado de quem dependia a adjudicação? Normalíssimo!

 

José Sócrates falsificou as fichas na Assembleia da República? Normal!

 

Comprou uma casa a metade do preço e através de uma off shore? Normal!

 

Não há nada provado em tribunal, até lá todos são inocentes. Mas então isso não se aplica ao Presidente da República? Os índicios que nem tudo correu bem no caso das escutas, é razão bastante para transformar Cavaco no sr. silva e, no caso de Sócrates, não chega para lhe fazer crescer o nariz?

 

Há Democracia ou comem todos?