Revoluções inevitáveis

Raquel Varela*

Este ano celebram-se os 100 anos da revolução alemã, os 100 anos da revolução húngara, os 70 da revolução chinesa, os 60 da revolução cubana, os 40 da revolução iraniana, os 40 da revolução na Nicarágua, e para quem, como eu, considera a queda do Muro e Tiananmen dois movimentos revolucionários (porque em história não se confundem processos com resultados), celebram-se os 30 anos do começo do fim da URSS e das esperanças numa China com menos opressão política. Todas estas datas têm vários factos em comum, mas dois deles são fulcrais: a força das massas contra o Estado, criando uma esperança única ao nível das mudanças no século XX,  e a derrota destas forças em regimes políticos que se consolidaram contra elas. Negar o papel das revoluções no século XX é negar que a par do lucro, força motriz das nossas sociedades capitalistas, há uma outra força que determinou os nossos destinos como a lei da gravidade: a ideia de que podemos viver num mundo mais livre e igualitário.

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Das margens do Ebro

A 18 de Julho de 1936 começou a guerra civil espanhola. Foi há 78 anos, muito pouco, afinal. Não só os crimes do franquismo nunca foram julgados, como os seus herdeiros aprovam hoje leis mordaça que punem com a prisão quem exerce o direito democrático de contestar nas ruas.

78 anos é muito pouco na história da humanidade, só um pequeno sopro, e temos aprendido que nenhum avanço pode ser tomado como definitivo, mas nas margens do Ebro, que tanto sangue viu correr, ainda ecoa o verso “pero nada pueden bombas/ donde sobra corazón”.

 

Morreu a Marina Ginestà

Podem ler um breve resumo da sua audaciosa vida aqui (em castelhano).

Nos 75 anos do golpe fascista do 4 generais

Um documentário sobre Buenaventura Durruti, anarquista, destacado combatente da Revolução Catalã. Restantes partes podem ser vistas aqui.