Além dos aspectos que o João oportunamente indicou, há, ainda, uma questão muito pertinente. Quem é que pagou a rede de perfis falsos “Maria da Luz”?
Já se sabia há muito que Miguel Abrantes era um pseudónimo. Se era realmente avençado do governo de Sócrates, isso não sei, apesar de me parecer plausível.
Era óbvio que a informação publicada no blog Câmara Corporativa, com dados que não estavam acessíveis ao comum dos mortais, tinha o cunho de fontes privilegiadas. Mas deixemos o cinismo de lado. Os tipos do PSD e do CDS fizeram a campanha de 2015 com um forte suporte no Facebook, usando perfis falsos, um dos quais desmascarámos no Aventar, uma tal “Maria da Luz“, que serviu para inundar essa plataforma com soundbites, manipulações e ataques ad hominem aos adversários.
Enfim, poderíamos aqui tentar estabelecer uma escala sobre que tipo de manipulação é mais condenável, mas não é esse o tópico. Em causa está a forte suspeita de que também esta rede de propaganda pafiana teve a sua avença paga com dinheiro público, seja por pagamento directo, seja por nomeação de boys para cargos que lhes proporcionassem os meios materiais e financeiros. Ou alguém acredita que uma redes destas, que dá trabalho a montar e a manter, é coisa de carolas?
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