A estratégia de um perdedor

Rui Naldinho

Se o domínio presencial do PSD no comentário político das televisões em sinal aberto me faz alguma confusão, pela intoxicação permanente do público sem qualquer contraditório da outra parte, no caso da blogosfera, onde existe o “livre arbítrio”, não vejo que perigo possa existir em veicularem-se opiniões de forma sistemática, a favor ou contra uma ou mais entidades, desde que elas não promovam o terrorismo, o tráfico sexual, pedofilia, tudo coisas condenadas pela Lei.

Há dezenas de blogs para todos os gostos e feitios! Cada um lê o que quer, e interage como quiser. Criar um blog não é assim uma tarefa que exija mundos e fundos. Além disso a direita tem vários blogs que não fazem outra coisa senão pura propaganda politica.

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Ainda sobre a teia de propaganda na rede

Além dos aspectos que o João oportunamente indicou, há, ainda, uma questão muito pertinente. Quem é que pagou a rede de perfis falsos “Maria da Luz”?

Já se sabia há muito que Miguel Abrantes era um pseudónimo. Se era realmente avençado do governo de Sócrates, isso não sei, apesar de me parecer plausível.

Era óbvio que a informação publicada no blog Câmara Corporativa, com dados que não estavam acessíveis ao comum dos mortais, tinha o cunho de fontes privilegiadas. Mas deixemos o cinismo de lado. Os tipos do PSD e do CDS fizeram a campanha de 2015 com um forte suporte no Facebook, usando perfis falsos, um dos quais desmascarámos no Aventar, uma tal “Maria da Luz“, que serviu para inundar essa plataforma com soundbites, manipulações e ataques ad hominem aos adversários.

Enfim, poderíamos aqui tentar estabelecer uma escala sobre que tipo de manipulação é mais condenável, mas não é esse o tópico. Em causa está a forte suspeita de que também esta rede de propaganda pafiana teve a sua avença paga com dinheiro público, seja por pagamento directo, seja por nomeação de boys para cargos que lhes proporcionassem os meios materiais e financeiros. Ou alguém acredita que uma redes destas, que dá trabalho a montar e a manter, é coisa de carolas?

O regresso da Corporativa

Tem feito falta, obriga-me a ler mais coisas indigentes; não sei quem são mas acabaram as aulas e voltaram.

O que mais irá acontecer

Câmara Corporativa hibernou com as primeiras chuvas do ano. A Fernanda Câncio vai ao 25 de Abril dos que o fizeram. A partir daqui tudo é possível, até mesmo que Sócrates faça um doutoramento num dia da semana.

E espelhos lá em casa, não há?

Vivemos provavelmente o período mais perigoso da nossa história democrática. E temos para fazer frente à maior crise financeira, económica e política do pós-guerra, a menor concentração de talento, de competência, de experiência e de capaciade política de que há memória na governação do País. Sejamos realistas: acreditemos em milagres.

in Câmara Corporativa, órgão oficioso das viúvas e órfãos do governo anterior liderado pelo talentoso, competente e experiente Sócrates

Não entrando no campeonato das comparações, até porque não embarco na treta de a crise ser uma exclusiva responsabilidade do anterior governo,  a sensação que este discurso repetido e repetitivo nos dá aproxima-se muito da revelação de que no fundo e no profundo tem esta gente uma enorme inveja de não serem eles a aplicar as mesmíssimas medidas de austeritarismo às ordens da querida Merkel. Tiraram o chicote das mãos aos meninos e agora choram.

Album de recordações


Uma foto cheia de futuros ex, dedicada à matilha de serviço

Cobria a cara de merda…

Se um dia recebesse um elogio dessa criatura abjecta e repugnante que utiliza o nome Miguel Abrantes.
Paulo Pinto Mascarenhas, para não ter de fazer o mesmo, saiu do 31 da Armada.

A verdadeira resposta de João Galamba ao DN

O Luis Rainha cita um «post» de um outro blogue, no qual se diz que João Galamba, à pergunta «Alguma vez escreveu para o blog Câmara Corporativa?», terá respondido:
– «Não, nem consigo perceber a que propósito me dirige essa pergunta.»
Não foi assim, caríssimo Luís. Depois da consulta dos mails internos de um blogue extinto, o Aventar está em condições de revelar em primeira mão que a verdadeira resposta do futuro deputado João Galamba ao DN foi igual à que costuma ser quando não gosta de determinada afirmação:
– «Não, nem consigo perceber a que propósito me dirige essa pergunta, seu filho da puta!»

Miguel Abrantes: E afinal é mesmo um assessor do Governo

E afinal Miguel Abrantes é mesmo um assessor do Governo, segundo o artigo de hoje do «Correio da Manhã» que me chegou ao conhecimento via A Regra do Jogo.
Como refere Eduardo Dâmaso na sua investigação, «Assessores, chefes de gabinete, membros do Governo usaram o seu tempo, pago pelo erário público, instalações do Estado, meios informáticos públicos e informação privilegiada para fins de combate político. Como o CM demonstra nesta edição, o Governo alimentou blogues de campanha eleitoral daquela forma, mas também outros que antes e depois do tempo de eleições continuaram a ser a barriga de aluguer de argumentários e documentos pré-fabricados.»
E assim se percebe quem é afinal Miguel Abrantes e de que forma blogues como o Câmara Corporativa, o Simplex ou o Jugular foram criados ou alimentados numa determinada lógica e com um determinado objectivo. O polvo em todo o seu esplendor

Carlos Santos fez bem em separar as águas…

É que uma coisa é ser um blogue que se identifica com as políticas do actual Governo. Outra, bem diferente, é ser um blogue controlado directamente pelo Governo.