A tragédia dos refugiados

precisa de política corajosa, e de «governos [que] não cedam a calendários eleitorais (como o português), como se de uma invasão de marcianos se tratasse.» Bernardo Pires de Lima, hoje no DN

“A grande invasão”

– eis como chamam os partidos políticos alemães à entrada maciça de refugiados, sírios e outros (estima-se que sejam mais de 800 000, os que entraram na Alemanha apenas em 2015), que procuram uma oportunidade de vida na Europa. É um jornalista alemão que o escreve, explicando o consenso que há entre os partidos alemães relativamente à tragédia humanitária que tem aportado nos territórios europeus.

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(c) REUTERS | Ognen Teofilovski | Migrantes na fronteira da Grécia com a Macedónia

«Raramente os responsáveis políticos estiveram assim de acordo. Seja a extrema-direita, a direita, os social-democratas, os verdes ou o Die Linke, toda a gente usa a mesma palavra para designar o afluxo de refugiados – «grande invasão», «Völkerwanderung», em Alemão. (…) A expressão estimulará uma vez mais o ódio e a violência dos que não compreendem que os fluxos migratórios não emanam de Deus, antes são o resultado de más políticas, levadas a cabo durante séculos.»

Segundo a mesma fonte, «a única que ainda não usou a expressão é Angela Merkel. (…) Fiel aos seus hábitos, prefere esperar para ver como se comporta a «vox populi» antes de tomar uma decisão. Uma estratégia de uma ineficácia política absoluta, mas que a faz ganhar eleições. (…)» [Read more…]