ISCTE assalta o INPI e rouba 20 400 euros

12/11/2010 by

O INPI (Instituto Nacional para Propriedade Industrial) pagou 20 400 Euros ao ISCTE para “para estar no Twitter“.

Quer isto dizer que alguém de um Instituto Universitário público (conhecido por boa parte do governo a ele estar ligado) fez o seguinte:

1. abriu uma conta no Twitter em nome do INPI (5 minutos de trabalho, muito devagarinho).

2. foi à página do INPI e colocou um link do género do que temos neste blog, ou seja alguém escreveu Twitter, que em html se faz assim:

<a href=”https://twitter.com/Valor_PI&#8221; target=”_blank”>Twitter</a>

(2 minutos de trabalho, porque entretanto deve ter mandado uma piada ao colega que trabalha na secretária ao lado)

3. configurou o feed da página no INPI para que o que lá é publicado apareça no Twitter (não sei que solução utilizaram e admito que tenha demorado uns 10 minutos porque o colega deve ter respondido com outra chalaça)

Temos então 17 minutos de trabalho = 20 400 Euros, ou seja 1200 Euros por minuto. Não será o trabalho mais bem pago do mundo, mas anda lá quase. E ainda se riram.

Claro que foram necessários conhecimentos de informática, que se encontram em qualquer escola do 3º ciclo.

Estes gajos não podem ser presos?

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Comments

  1. Jorge Fliscorno says:
    12/11/2010 at 05:28

    Sendo uma estrutura do Ministério da Justiça, não se podia ter pedido à senhora Susana Dutra? E já agora, a continuação…

  2. Pedro Pereira Neto says:
    13/11/2010 at 16:58

    Penso que o propósito não era o da mera presença, mas o da análise do conteúdo e da adesão do público a esta plataforma…
    A questão que vale a pena colocar é: sem saber quais os objectivos, os prazos, os recursos, será possível dizer que o valor é exagerado…?

  3. João José Cardoso says:
    13/11/2010 at 17:16

    A questão passa a ser: para que serve analisar os seus próprios conteúdos e a adesão do público aos tuítes de um instituto público, que não é exactamente uma marca de rebuçados.
    O twitter é de borla, em toda a parte menos no INPI, e não tendo custos intala-se e pronto. Os conteúdos estão no portal, e daqui a bocado ainda se descobre que os press releases e as actualizações da página são pagas à peça em outsourcing.

    Ou os 20 400 também pagam a um tipo que vai ler o contador de seguidores no twitter?