Acabo de saber, através dos Tradutores Contra o Acordo Ortográfico, que o Jornal de Notícias decidiu perguntar, há cerca de um mês, se “faz sentido que Portugal continue a liderar o Novo Acordo Ortográfico ou estamos a falhar os objetivos [sic] e o Acordo deveria ser suspenso?”.
É absolutamente extraordinária a resposta dada por Joaquim Azevedo, “diretor [sic] da Escola das Artes da Católica Porto”:
O Acordo deve prosseguir o seu rumo, é um processo imparável, mormente por ter entrado inteiramente em todo o sistema nacional de educação.
Convinha que Joaquim Azevedo se debruçasse sobre alguns dos textos escritos na instituição que dirige, para se pronunciar com alguma exactidão acerca das actuais condições ortográficas do “sistema nacional de educação”.
A aberração!
Polémicas à parte o que isto me leva a pensar é que as pessoas não sabem é falar mesmo. Desde quando é que contacto mudou? Se o “c” se pronuncia não se muda, certo??
Poi-j-é Maria João vossemecê pôs o dedo na frida. O problema está é no falar. Eu já o havia dito mas ningueim m’ouve! 🙂
Canto ò contacto (e tacto, já’gora) acho que nunca vi ningueim comer o precioso ‘c’. Haija pachorra, antes o meu beirês quò menos é acaije genuíno.
Linguajar deveras interessante e rico das beiras 🙂 no entanto, para meu descontentamento não é a linguagem corrente; daí não servir de modelo para o novo acordo. com muita pena minha…
At’num era mais intressante Maria João? 🙂
Se toda a gente anda a escrever “contato” e não “contacto”, é porque alguém no ILTEC teimou que “contato” não existe em Portugal. De facto, existe, como se tem visto (muito), e o que há a fazer é inseri-la como facultatividade, ou então dar ao “contaCto” o mesmo tratamento que foi dado ao “aCtuar”, que faz tanta falta este c mudo como o outro.
Há muita porta “aberta” a muito disparate e este é um dos maiores – Pena – escrevo pêna com carapuço ou chapéu ou sem nada e fica assim ?? Já agora tratem-disso que me baralha
Esse Joaquim Azevedo é mais um entre (infelizmente) vários exemplos de «professores» que não o merecem ser, cúmplices ou mesmo culpados numa campanha de sabotagem cultural, «comissários políticos» de um totalitarismo linguístico concebido por pervertidos.