Tenhamos orgulho. Estamos muito à frente dos EUA. Nós levamos um País inteiro à ruína. Eles deixam falir apenas Detroit.
Ricoré, a Gaiola Dourada e Pedro Abrunhosa
Numa daquelas coincidências felizes, vi o filme “Gaiola Dourada” ao mesmo tempo que no iTunes ficava disponível o novo álbum de Pedro Abrunhosa.
Ao ouvir a fantástica “Para os Braços da Minha Mãe” (dueto entre Abrunhosa e Camané) e ao ver a “Gaiola Dourada” dei por mim a pensar nos milhões de portugueses que vivem e trabalham fora de Portugal.
FNE volta a tentar
Nuno Crato perdeu a cara com esta trapalhada do acordo com a FNE. E ao contrário do que a FNE esperava, os professores continuam muito mobilizados, o que tem uma explicação simples – os professores estão contra a prova, pela prova e não por ser um instrumento para aplicar aos professores mais novos ou aos mais velhos. É evidente um mobilização muito forte nas escolas e a derrota da prova de Nuno Crato era uma situação muito provável. Quer porque os tribunais irão dar razão à FENPROF, quer porque os professores irão faltar no dia 18.
O lema geral, por todo o lado é: não vigiamos, não corrigimos.
E Nuno Crato sabia isto.
Oficialmente, a FNE diz que em vez de ter 100 mortos, só terá 50 e por isso salva 50 vidas. É um argumento pouco consistente, porque tem dois problemas: retira o argumento fundamental contra a prova propriamente dita e deixa de fora os docentes mais frágeis.
Por outro lado, a FNE, numa aposta claramente partidária, opta pelo PSD, deixando de fora os outros sindicatos. A FNE estava desde a semana passada envolvida num processo de luta com outros sindicatos e, sem dar cavaco às tropas, avançou sozinha. Nem um telefonema, nem um simples sms. Os Dirigentes da FNE, tiveram, por isso, um comportamento deplorável e, quanto a isso, não há cosmética que resista.
O País para trás, a dívida para a frente mas devagar!
A operação de “troca de dívida” ficou consideravelmente abaixo do valor referido pelo Ministério das Finanças. Conforme anunciado ontem na comunicação social, Maria Luís Albuquerque (MLA) e IGCP estabeleceram o objectivo de adiamento dos vencimentos de 26.935 milhões de euros, nas condições demonstradas no quadro seguinte:
O Tesouro Português conseguiu, apenas, colocar no processo de ‘troca’ 6.642 milhões de euros. Note-se que, do diferimento de prazo das dívidas de 2014, Portugal apenas obteve dos mercados a prorrogação de 2.675,5 milhões de euros para 2017, fixando-se em 4164,5 milhões a “troca” para 2018.
Confesso: sou (também) um mau socialista
O texto é do Manuel Alegre e está no Público de hoje. Penso que vale a sua partilha integral:
O bom socialista é aquele que em diferentes circunstâncias diz as coisas sensatas que a direita gosta de ouvir: que é preciso rever a Constituição, fazer um pacto de regime, negociar um consenso com o Governo sobre as medidas de austeridade.
O bom socialista defende que “ o arco da governabilidade” se restringe à direita e ao PS.
O bom socialista revela abertura para um eventual governo de coligação com os partidos da direita, ou só com o CDS, ou uma reedição do “bloco central”.
O bom socialista é sensível, atento e moderno quanto à necessidade de imprescindíveis cortes e mudanças na Saúde, na Educação e na Segurança Social, tendo em vista diminuir o peso do Estado e dar lugar aos privados com apoio público.
O bom socialista aceita as “reformas” que tendem a transformar em assistencialismo a garantia de direitos sociais pelo Estado.
O bom socialista colabora em medidas que desvalorizam o trabalho em nome de um pretenso aumento da competitividade.
O bom socialista dá prioridade à estabilidade financeira em prejuízo do desenvolvimento económico e da coesão social.
O bom socialista aceita o aumento das desigualdades como consequência inevitável da globalização e considera que não há alternativa.
O bom socialista pensa que a divisão entre esquerda e direita não passa de um arcaísmo. [Read more…]
Imigrantes escolares
Vitor Cunha defende a catástrofe sueca na educação medida pelo PISA com o aumento da imigração. Migram directamente para o 10º ano, é claro.
Música, vídeo e cultura
Imaginem uma vacaria ser palco de um concerto acústico de uma banda de hip-hop, os “sessentaeum”. Ou uma banda de música experimental, The Model, a tocar numa serralharia…
É um projecto novo que está a ser desenvolvido no concelho da Trofa (numa primeira fase) e que pretende a curto/médio prazo alargar a toda a região Norte e à Galiza. Chama-se “SpinSuave by Correio da Trofa“.
Um projecto que junta bandas, um jornal local e uma empresa. Onde todos ganham e se promovem. Promovendo, igualmente, a cultura e o respectivo concelho. Para já está a acontecer na Trofa. Em breve noutras paragens. Serviço público.
Aqui fica o último vídeo, lançado hoje:
Restaurante com vista
E no meio de tanta sordidez política e tanta maldade, é bom encontrarmo-nos uns com os outros, abraçarmo-nos e, durante umas horas, percebermos que, como diz a canção, «é muito mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa».
Foi (mais) um excelente almoço do Aventar. Pena nem todos terem podido estar presentes. É que aqui, ao contrário do que acontece noutros locais, quem não vem faz falta.
Num belo restaurante com uma vista fantástica para o Douro. Valbom, Paris e Londres.
Crato e os Agarrem-nos Que Fazemos Greve
Nuno Crato é, consabidamente, um homem com severas limitações intelectuais. E morais. Do alto do seu vão saber, governa, servindo os interesses que lhe dão corda, com a competência de uma alforreca e a arrogância de um garnisé. No caminho, vai esgrimindo a sua esperteza saloia, mas não vai só.
Nas dificuldades tem, como é habitual, a mão amiga do costume. Embrulhado nas teias do seu absurdo exame de avaliação destinado a provocar e tentar humilhar os professores contratados (os medíocres têm esta necessidade patológica sempre que provam o poder -“se queres conhecer o vilão põe-lhe o cajado na mão…”), Crato, perante a disposição de luta dos professores, repetiu uma táctica já velha e bem nossa conhecida: disse ai-ai e logo acudiu, mansa e sonsa como de costume, a FNE (UGT), pronta para a habitual estratégia do salame e oferecendo-se, ao levantar a sua participação na greve à prova, para ser a fia fatia que sempre foi.
Em troca de umas festinhas e de uma concessão que, por completa ausência de sentido, torna tudo ainda mais absurdo. Quantas vezes já nos foi servido este prato requentado? Quantas vezes já vimos estes senhores e senhoras falar alto e grosso para logo amansar à ordem do dono? Desta vez, à ordem do Crato, prior desta desordem.
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