Artlant – como trocar 590 milhões por 28 milhões e ficar contente

O maior devedor da CGD (Artlant: 590 milhões de euros de crédito CGD e que prometia faturar 500 milhões em 2012) foi vendido por 28 milhões de euros. O negócio ruinoso e fraudulento, apresentado como um investimento totalmente privado, tem o rosto de José Sócrates e Manuel Pinho, para além de toda a administração da Caixa-Geral de Depósitos da altura: Carlos Santos Ferreira, Maldonado Gonelha e Armando Vara.

Podem encontrar a história toda aqui. Com todos os personagens, os nomeados que andam de negócio em negócio e apresentam oportunidades MILAGROSAS que depois se transformam em PESADELOS. No meio, claro, está sempre a CGD… ou seja, os contribuintes que PAGAM e não REFILAM.

Em Portugal ninguém é responsabilizado por nada e, depois de centenas de milhões em prejuízos, andam pelas ruas de cabeça levantada, bem vestidos, em grandes carros, passeando a sua criminosa arrogância.

A diferença entre Portugal e qualquer democracia desenvolvida é a qualidade da Justiça.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Pelo seu texto, percebe-se que Sócrates está para CGD, tal como a Legionela está para o ar condicionado. Meia volta lá aparece ele, associado a uma qualquer enfermidade deste país.
    No último parágrafo é que eu já tenho algumas dúvidas. Se está a falar de uma ou outra democracia desenvolvida lá mais para o Norte, eu ainda vou nessa. Se mete aí nesse rol, Espanhóis, Franceses, Gregos e Italianos, desculpe meu caro, mas deve andar equivocado. Basta olhar aqui para os nossos vizinhos do lado. Verificará que o PP está metido em variadissimos escândalos, e tal como cá, a Justiça arrasta-se.
    Mas foram a correr prender os insurretos Catalães, como se estivessem a ser invadidos pelos vizinhos franceses. Pior só abaixo do Mediterrâneo. Ou ali para os lados do Mar Negro.
    No Sul, não muito abaixo da linha da linha onde nasce o Danúbio e onde se encontra a Floresta Negra, corrupção não é crime, senhor.
    É astúcia!

    • alemanha. volkswagen. entre outras das boas. não sao diferentes dos do sul. têm é mais poder e dinheiro.

      • doorstep says:

        Siemens, Ferrostaal…

      • Rui Naldinho says:

        Eu nunca escrevi que na Alemanha não havia casos de corrupção.
        Escrevi que para baixo da Floresta Negra contam-se pelos dedos as condenações. O que só da para inferir que corrupção não deve ser crime.

        Por ex: Chirac foi condenado? Mas foi acusado ou não?
        Sarkozy também foi acusado? Qual foi a condenação?
        Em Espanha, o PP têm alguns dos seus altos quadros metidos em esquemas de corrupção.
        Condenações? Nem vê-las! A começar pela família real.
        Por cá nem vale a pena falar. Isto é uma república das bananas.
        Mas na Alemanha o caso Ferrostal deu prisões, ou não?
        O escândalo da pirataria da Volkswagen à Opel deu uma condenação em termos monetários, passadissima? E atenção que esta empresa é semi pública.

  2. Claro que são responsabilizados!
    Só que são responsabilizados nas “urnas”, como manda o principio democrático. Esse principio é baseado na premissa que os governantes tudo fazem para o bem dos governados. Se o projecto tivesse corrido bem , estaríamos todos contentes.
    Como os governantes tomaram essa decisão na ilusão que o projecto fosse bom , não podem ser penalizados criminalmente, e faz todo o sentido. Também numa empresa privada , se o investidor toma uma decisão errada não deve ser penalizado criminalmente porquanto estava a agir de boa fé na ilusão que estaria a fazer um bom investimento. Sendo penalizado “APENAS” pela perda do seu capital.
    Por estas razões,o Estado não deve intervir na Economia.
    No nosso pais a economia depende mais de 50% do Estado.
    Depois a malta fica admirada com estas coisas, mas não fica admirada que o “Gestor Estado” tome decisões , com o dinheiro do contribuinte , ou seja sem se responsabilizar pelos efeitos das suas decisões.
    Tem tudo para correr mal, mas todos os dias vemos os governados a clamar por mais Estado.
    Enfim…

    Rui Silva

    • Paulo Marques says:

      Se acha que o estado não deve intervir na economia, devia ir para um país que ainda esteja preso ao século XIX, com padrão ouro e tudo. 16 horas numa mina da carvão sem qualquer tipo de protecção resolviam a questão rapidamente, de uma maneira ou de outra.

      • Se o estado interviesse na economia no sec XIX como hoje , ainda hoje trabalharíamos 16 horas por dia.

        Rui Silva

        • doorstep says:

          Impressionante invocação do Karlos, no 100.º aniversário da revolução bólchebique!!!

        • doorstep says:

          Mas parcialmente dou-lhe razão: se o “estado” forem os cavacos, barrosos, guterres, santanas, sócrates, aventalinhos, fieis dos principais, kostas, pinhos, e albuquerques – com perdão para todos/as que não nomeio por falta de espaço, tempo e pachorra – então é melhor o estado ficar longe, mas com uma condição: época de caça aberta todo o ano para todas as espécies usualmente não cinegéticas, e o rught to use & bear arms para todos os espoliados. Será que funcionava?

        • Paulo Marques says:

          Tão sábio na história como na economia, estou a ver.

        • ZE LOPES says:

          Não me diga que foram os capitalistas do Sec. XIX que, num rebatezinho de consciência, resolveram dar aos trabalhadores horário de trabalho decente, folgas, férias e coisa e tal. E saúde, escolaridade, segurança social e coisa e tal…Nessa altura havia capitalistas muito bonzinhos. É pena que hoje não se vejam tantos.

          Mas nessa altura iam para o céu e agora ficam-se pelo inferno. É um bom castigo!

    • doorstep says:

      Pois, Rui Silva – chama-se a isso carta de alforria para gamar. Só que o meio-bilião que esses artistas gamaram (“correu mal…”), foi gamado aos portugueses. Ou acha que perderam o “capital” deles???

    • ZE LOPES says:

      Há três coisas que eu nunca consegui ver: um homem a parir (pode ser que o SIlva seja o primeiro), um defunto a ressuscitar (idem!) e um Estado que não intervenha na economia. Depende é que interesses está a defender.

  3. Anónimo says:

    E vai continuar a ser assim. Os partidos no poder que realizam esses investimentos via as instituições financeiras do estado que controlam, são a mesma gente, escondida, que nas eleições seguintes apenas troca a cara com que aparece ao incauto eleitorado.

  4. Paulo Marques says:

    “A diferença entre Portugal e qualquer democracia desenvolvida é a qualidade da Justiça.”

    Isso é menos verdade do que se propagandeia, é preciso é ser interessado invés de masoquista. Basta ver os ex-políticos espanhóis, o a manipulação do LIBOR, ou as emissões dos automóveis (não, não é só a VW), as ligações à Rússia e por aí adiante.

    • Paulo Marques says:

      os ex-políticos franceses, queria eu dizer

    • A sua cabecinha pensa como você escreve. Você não consegue discutir um assunto que não misture alhos e bugalhos. Nunca vai conseguir perceber patavina , é uma belíssima matéria-prima mental para a esquerda. O que a esquerda gosta é de individuos como você “nightwish”.

      Rui Silva

      • Paulo Marques says:

        O Rui é que só vê um assunto à frente, o fascismo.

  5. Miguel bessa says:

    Boa Sócrates!
    Saí mais um envelope. Mas ninguém dava conta de nada. E são esses iluminados que não davam conta de nada que lideram de novo.
    Mas a culpa é do neo liberalismo.

  6. uau 🙄

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