A fraca produtividade do governo de Costa

Então, este governo aprovou o seu quarto orçamento. Quarto! No mesmo período de tempo o governo de Passos aprovou dez. Mais um exemplo de quanto melhor foi o anterior governo.

[post corrigido]

Comments

  1. Manuel Silva says:

    J. Manuel Cordeiro:
    Está enganado.
    O Passos aprovou 4 orçamentos, digamos, normais, mais 8 rectificativos, portanto, 2 orçamentos rectificativos por cada orçamento anual normal.
    Total:12 orçamentos em 4 anos.
    E os trolls direitolas (do tipo JGMenos) que não me venham com a treta das cativações.
    Este governo tem-nas sabido usar com rigor, de forma a evitar orçamentos rectificativos e, assim, mostrar competência técnica, quer cá dentro, quer lá fora, o que, juntamente com o facto de ter vindo a baixar consistentemente o défice, lhe tem dado credibilidade e tem feito subir o nosso rating junto das agências financeiras e tem feito baixar o défice, poupando, só no último ano, mil e cem milhões de euros de juros.
    É evidente que tem beneficiado de condições externas favoráveis, mas também melhorou as condições internas que ajudam a economia.
    Não é o discurso punitivo e pessimista do Passos que algum dia salvará o pais, pois é um discurso que, se fosse ele a governar presentemente, esbarrava numa paradoxo intransponível: e economia estava melhor, com crescimentos sempre entre 2 e 3%, coisa rara desde há décadas, mas as pessoas estavam na mesma (e outras pior, pois os prometidos 650 milhões de cortes nas reformas já tinham sido efectivados).
    Não dava a bota com a perdigota.
    Este governo está muito longe de ser perfeito, mas tem sido muito melhor do que alguma vez muita gente esperou.
    Muita cisa há a criticar, mas não se pode ignorar o ambiente de distensão social que permitiu.
    Para mim, o pior de tudo do governo é não permitir, nem sequer estimular, a profunda modernização, quer da máquina administrativa (reduzir serviços centrais e autarquias, p. ex.), temos uma burocracia sufocante, uma tralha político-administrativa que, além de nos gastar recursos, constitui um entrave às nossas vidas e ao funcionamento da economia. Quer a modernização do sistema político (reduzir deputados e o tamanho do governo).
    Toda esta tralha inútil exige impostos mais altos do que seria necessário para gerir um pequeno território de 90 mil Km2 e 10 milhões de pessoas (metade de uma grande metrópole como S. Paulo, Tóquio ou a cidade do México),o que causa entropia na economia, na vida das empresas e na nossa.

    • j. manuel cordeiro says:

      Obrigado pela correcção. Traição da memória. https://aventar.eu/2016/02/01/4-orcamentos-8-rectificativos/

    • j. manuel cordeiro says:

      Já agora, corrigindo-me eu próprio, sendo mais exacto, no mesmo período de tempo o governo de Passos aprovou 10 orçamentos. 4 OE e 6 rectificativos, já que ainda há mais um orçamento para executar.

      Nem tudo está perdido. Costa ainda tem tempo para os seus rectificativos por forma a procurar igualar o record de Passos.

      • Manuel Silva says:

        Caro J. M. Cordeiro:
        Se atá agora não foi preciso aprovar nenhum Orçamento Rectificativo, não era agora no último que o Centeno iria pôr a sua credibilidade em causa.
        Até porque deixou 0,3% do OE pendurado para o que der e vier.
        E eu acho que será défice 0%, a não se que haja algum terramoto.
        Se do ponto de visa prático isso incomoda muita gente, porque interfere, imediatamente, com a falta de financiamento do SNS e de outros sistemas sociais, do ponto de vista estratégico é muito bem pensado, pois como é muito limitada a nossa possibilidade de reduzir a monstruosa dívida, actuando desta forma do lado do défice, e se mantivermos o crescimento, pelo menos, a meio do intervalo 2-3%,. liberta-nos recursos em juros que não pagamos.
        Hás muita maneira de matar pulgas, como diz o povo, só é preciso escolher a menos má para os sacrificados de sempre: o povo.
        E já é tempo de nos deixarmos de slogans estéreis e de mergulharmos na (triste) realidade que pouco podemos mudar.
        No mar encapelado ou lutamos ingloriamente contra as ondas e depressa nos cansamos ou bolinamos e poderemos sobreviver.
        A Grécia é um bom exemplo que alguns dos seus admiradores antigos nem ousar pronunciar o nome.
        Mas o que têm para nos oferecer é uma mão cheia de nada.

    • Paulo Marques says:

      “também melhorou as condições internas que ajudam a economia.”
      É relativo, https://tradingeconomics.com/portugal/personal-savings, https://tradingeconomics.com/portugal/employed-persons , mas o resto dos indicadores não estão nada mal. O problema é que qualquer dia as infraestructuras caem de podres, e isso não aparece nas contas.

  2. Manuel Silva says:

    3 correcções ao meu comentário anterior:
    1.ª – «Este governo tem-nas sabido usar com rigor, de forma a evitar orçamentos rectificativos e, assim, mostrar competência técnica, quer cá dentro, quer lá fora, o que, juntamente com o facto de ter vindo a baixar consistentemente o défice, lhe tem dado credibilidade e tem feito subir o nosso rating junto das agências de notação financeira e tem feito baixar os juros, poupando, só no último ano, mil e cem milhões de euros.»
    Mas as cativações sempre foram usadas por todos os governos,incluindo o anterior, o volume é que tem sido maior neste governo.
    Mas o saldo desta opção tem sido positivo, pois tem libertado em juros não pagos muitos recursos para aplicar em vários sectores.
    2.ª – «esbarrava num paradoxo intransponível: a economia estava melhor, com crescimentos sempre entre 2 e 3%»
    3.ª – «Muita coisa há a criticar»

  3. JgMenos says:

    A palhaçada dos sem vergonha continua: não cumprem um único orçamento: trocam livremente investimento por despesa:; a despesa muda de mão quanto calha; receita extraordinária escorraçou o Diabo….

    Não rectificam? Nesse caso está tudo perfeito!

    Sem vergonha.

  4. ZE LOPES says:

    “receita extraordinária escorraçou o Diabo”….

    Começo a desconfiar que, afinal, a Igreja Universal do Reino da Coelha, da qual V. Exa. é Pastor-Bispo-Apóstolo está infiltrada pelo Maligno e tornou-se uma seita satânica, daquelas que sacrificam galinhas para fazer fricassé e porcos para confecionar tripas á Gomes de Sá. Não há dúvida que a receita é extraordinária. A esquerdalhada é que não aprecia, prefere feijoada á transmontana. Um horror!

  5. Crintina Guedes says:

    Passos apesar de governar com os condicionalismos que Socrates assinou com a troika em troca de 78MM para não deixar de pagar aos FP e Pensões, não fez cativações fez rectificativos.
    E contra o mau agoiro de toda a esquerda fez uma saida limpa do programa de assistencia, e deixou o desemprego ligeiramente acima ( se não me engano 0,4 % acima) de quando recebeu o presente envenenado de recuperar a terceira falência dos Socialistas (em 40 anos é obra !) .
    Ainda teve tempo para não subsidiar o grande capital (BES) com dinheiro público o que permitiu o rebentar do caso Socrates.
    Mas aqui a rapaziada gosta do Governo das Esquerdas , e a Direita também pois a correcção do “deficit” só é possivel com Bruxelas a mandar e um governo PS a executar, pois nessas circunstancias temos “paz social” e está tudo bem.
    A proposito a divida ás farmaceuticas já vai nos 900 Milhoes, o proximo governo da “Massa Falida” vai resolver…

    Critina Guedes

    • Manuel Silva says:

      Ó Cristina:
      Explique lá essa das 3 falências socialistas?
      O I Governo Constitucional (23/07/76 – 23/01/78), de Mário Soares e PS, pediu o resgate a FMI nos inícios de 1977, por razões de desequilíbrio da balança de pagamentos, pois a crise do petróleo de 1973 deu iniciou ao período a que Marcelo Caetano chamou de vacas magras, que foi agravado pelo PREC.
      O que teve o PS com isso?
      O Mário Soares foi o político que mais se bateu contra o PREC, lembra-se da manifestação da Fonte Luminosa, em que a sua Direita cobardemente se acocorou toda à sombra de Mário Soares?
      O II Governo Constitucional (23/01/78 – 29/08/78), de Mário Soares, era suportado pelo PS e pelo CDS.
      O III Governo Constitucional (29/08/78 – 22/11/78), de Nobre da Costa, era de iniciativa presidencial.
      O IV Governo Constitucional (22/11/78 – 07/07/79), de Mota Pinto, era de iniciativa presidencial.
      O V Governo Constitucional (01/08/79 – 03/01/80), de Maria de Lurdes Pintassilgo, era de iniciativa presidencial.
      O VI Governo Constitucional (03/01/80 – 09/01/81), de Sá Carneiro, era uma coligação PSD-CDS.
      O VII Governo Constitucional (09/01/81 – 04/09/81), de Pinto Balsemão, era uma coligação PS-CDS.
      O VIII Governo Constitucional (04/09/81 – 09/06/83), de Pinto Balsemão, era uma coligação PS-CDS.
      O IX Governo Constitucional (09/06/83 – 09/06/85), de Mário Soares, era uma coligação PS-PSD.
      O resgate foi pedido em 1983.
      É preciso ser rigorosa nas afirmações que faz.
      Mente para quê?
      No resgate de 2010, sim, pode atribuir-se muita responsabilidade ao PS de Sócrates.
      Mas há muita coisa que vinha de trás, do seu querido Cavaco, como o NRRFP, etc., e houve a crise mundial de 2008 e o euro, que nos deixou sem instrumentos de política financeira.
      Os ignorantes reagem logo à primeira alarvidade que se diz.
      Mas os ignorantes são isso mesmo: ignorantes.

    • Paulo Marques says:

      O desemprego oficial treteiro onde desaparecem pessoas é muito bonita, a realidade neoliberal é outra: https://tradingeconomics.com/portugal/employed-persons
      Tanto não subsidiou o grande capital que perdeu registos de transferências, deixou ocorrer uma massiva venda de ações do BES, ofereceu monopólios de borla e iniciou a escalada de rendsa imobiliárias. Além de liberalizar o despedimento, mas isso o PS até gosta. Taditos dos capitalistas.
      Isto com deficits que fariam corar o PS, mas com os quais a direita nunca tem problemas quando é o seu clube.

    • Nascimento says:

      óh Crintininha, por onde é que tens andado filha? Atão também engolistes a cassete?Ganda ignoro! Ou talvez não.40 aninhos? Ai sim? Vá lá amorzinho, faz lá um “esforço”….vais ver que não custa nada. Os teus parceiros andavam de Porche na Moderna não era?Ena pá, bons tempos de governação SOCIALISTA!
      E logo quando entravam 2 milhões de contitos por dia que o Génio da banalidade distribuia aqui no burgo chamado de CAVAQUISTÃO!? Lembras-te?
      E os 600 mil que ele deu á UGT( Torres couto/ O. e Costa), para assinar o ” pacto” de “não agressão”… com vinho do Porto e tudo…olarica!
      E os milhões em ” cursos de formação”? UI, sabes quem é que andou a DAR AULAS DE COSTURA E LIMPEZA? O teu SALVADOR : PASSOS!eheheheheh…
      Ai Kritinia, anda aqui a Almada que eu mostro-te onde fica a TECNOFORMA! Ai Krririntininha, não resisto a chamar-te gálderia… desculpa, mas, sabes …. escorpião é assim!eheheheheh

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