Recorde-se, o país a quem os nossos governantes alienaram diversas infra-estruturas é o mesmo onde, em 1989, se cometeu a barbárie de Tiananmen. Foi há 30 anos. Ontem, portanto, apesar de tanto se ter passado por lá desde então. Como por exemplo, a implementação do, até há alguns anos, inacreditável sistema de crédito social.
Foi há 30 anos, hoje não será diferente? Portugal esteve em África e fez o que fez e, hoje não é diferente? Recordar para condenar o que se passou há 30 anos na praça Tiananmen não é mais do que prestar justa homenagem às vítimas desse massacre mas a China de hoje já nada tem a ver com a China de ontem, já há mais abertura em termos políticos, económicos e sociais. Agora, a China é um colosso e é normal que as mudanças levem mais tempo a fazer-se em termos de mentalidades. A economia não tem fronteiras e Portugal deve-se aproveitar disso, independentemente do parceiro se chame América, Russa, Inglesa, etc. Não sejamos ingénuos porque isso é o que fazem todos os países.
Tian Amen foi uma tragédia. O Mediterrâneo está a ser uma tragédia bem maior que a chinesa.
E toda a gente assobia para o lado…
o que me impressiona no tank man é que parece que o homem tinha ido às compras, e ficou fod… com o que viu, e decidiu agir. Isto sim é coragem e princípios, agiu em vez de falar, como por exemplo os juristas em Portugal fazem…. e sem nunca largar o saco da hortaliça!
30 ANOS DEPOIS…
A história não pode ser esquecida…aprender com o passado para ousar na luta no presente, para ousar vencer no futuro.
30 anos sobre o massacre de Tiananmen…4 de Junho de 1989…
“Depois da morte de Mao Tsé-tung, em 1976, a burguesia dentro do Partido Comunista da China desencadeou um golpe de Estado, prendeu os principais dirigentes fiéis à linha revolucionária da Grande Revolução Cultural Proletária e instituiu um regime social-fascista que iniciou a transformação da China no país capitalista e imperialista que hoje é. O massacre da praça Tiananmen, em Pequim no ano de 1989, e a desenfreada exploração e repressão diariamente exercidas pelos órgãos do poder na China sobre os trabalhadores e o povo, bem como a política expansionista que a nova burguesia chinesa hoje prossegue em todo o mundo, são factos iniludíveis que provam que todo o legado teórico e político de Mao Tsé-tung foi e continua a ser activamente repudiado pelo Estado chinês e pelo chamado Partido Comunista da China. Onde esse legado está vivo e actuante é no seio da classe operária e do povo chinês, cujo combate contra os novos tiranos que os subjugam nunca deixou de ser travado e conhece actualmente momentos e episódios de particular intensidade e alcance, enfrentando a repressão impiedosa do governo e das classes capitalistas e acumulando forças para a sua inevitável vitória.” (retirado do jornal Luta Popular online, 2013)
Em Portugal o poder político, há muito subserviente do poder econômico, faz o que quer sem ter necessidade de justificar os seus atos, pura e simplesmente não responde quando questionado por este ou aquele ato cometido por qualquer das suas instituições, o que é inaceitável num Estado democrático. Falar da China ou de qualquer outro país semelhante e não olhar para o que se passa no nosso país,é procurar distrair-nos do essencial. No nosso país as prisões estão cheios de “malandros” mas que, só por acaso, pertencem a raia miúda e, os de colarinho branco tão conhecidos e há anos acusados de roubarem milhões , onde estão? Certamente ao lado de cada um de nós a rir-se na nossa cara. O que é isto?