Poluição, alterações climáticas e desigualdade social

Será néscio negar a excessiva poluição que o Ser Humano provoca, em especial a queima de combustíveis fósseis para o fornecimento de energia à indústria e aos transportes, com especial gravidade nos aéreos e marítimos, ou a produção de plásticos e baterias para tudo quanto é aparelho.
O problema é grave e urge encontrar soluções que modifiquem os hábitos de todos os consumidores, como já vai acontecendo, e não castigar os mais desfavorecidos através da penalização com impostos que, para além de não alterarem hábitos, criam uma desigualdade inaceitável entre ricos e remediados, onde os primeiros poderão continuar a poluir quanto quiserem desde que paguem!

Left – Mellimage/Shutterstock.com, center – Montree Hanlue/Shutterstock.com.

De uma forma geral, podemos dizer que os governos, nomeadamente o de Portugal, parece apostarem em arrecadar cada vez maior receita de impostos à boleia do discurso anti-poluição!
A preocupação verbalizada ad nauseum sobre as alterações climáticas tem servido, apenas cavar uma desigualdade social gravíssima, onde os ricos pagam para poluir e os outros sofrem com a poluição dos primeiros e ainda têm de pagar cada vez mais impostos!

Se o intuito fosse alterar os comportamentos dos consumidores, seria socialmente muito mais aceitável e eficaz a restrição generalizada ou até a proibição total, como fizeram com o tabaco, por exemplo, mas não sinto que os governantes estejam dispostos a abdicar do aumento da receita de impostos e muito menos que tenham coragem política para afrontar, através de restrição ou proibição, os mais poderosos.
A médio prazo, a discriminação social e a desigualdade que se acentuará, em vez, por via de impostos que deveriam servir para a atenuar, promovida por esta prática ávida de receita, conduzirá tensões de difícil aceitação, onde os que não podem e os que podem com dificuldade, revoltar-se-ão contra os que podem continuar a poluir.

Comments

  1. Paulo Marques says:

    O problema é achar que os mercados têm que ser tidos e achados para resolver o que quer que seja, como se fossem capazes de resolver o que quer que seja que não seja manter tudo como está.

    http://bilbo.economicoutlook.net/blog/?p=42788

  2. Patrícia Gunther says:

    Avante camarada.
    pequenos poluidores de todo o mundo uni-vos contra o grande poluidor. A poluição quando nasce é para todos.

    Patrícia Gunther

    • POIS! says:

      Pois!

      Mas que linda posta! Principalmente se acompanhada de música a condizer, talvez uma cantata do compatriota João Sebastião Bach-Alhau.

      Quanto ao autor: palavras para quê, é um alemão a precisar urgentemente de reciclagem!

  3. JgMenos says:

    Tudo se acaba no mesmo:
    – eu pago e deixo de consumir e há quem possa pagar – ainda que muito mais – e continuar a consumir
    – ainda que os que deixam de poder consumir sejam infinitamente mais dos que os que podem continuar a consumir e que estes, com o que pagam sobre os seus consumos, alimentem um Estado que dá benesses aos que não consomem…

    E se te deixasses de tretas e dissesses que és comuna e que a consumir mais só os queridos líderes?

    • abaixoapadralhada says:

      Repugnante negativo

      E se tu confessasses que tens saudades do “Botas” mais de 50 anos dele ter batido as ditas.

      Eu prometo não dizer a ninguém

      • JgMenos says:

        Ó debaixodasfraldas, quando é que te convences que os corais de lamentosos esquerdalhos nem sequer descrevem os problemas quanto mais contribuírem para os resolver.
        Negativo és tu que te contentas com salmos e ladainhas!
        E essa tua repugnância, é o meu conforto.

        • Paulo Marques says:

          O problema é não haverem desempregados que cheguem e os outros não terem que pedir à Xonet todos os dias, né?

        • abaixoapadralhada says:

          Bandido nazi

          Tu é que recorrentemente vens para aqui consporcar o Aventar com o lixo da tua prosa

    • POIS! says:

      Pois!

      Temos de admitir: a profundidade do pensamento ideológico-filosófico Menista é absolutamente irrefragável! De escafandro, e mesmo no mais sofisticado submarino, nunca o comum dos mortais lá conseguirá chegar.

      Tão profundo que, a seu lado, a fossa do Mindanau não é mais que um vulgar charco.

      Resta-nos, portanto, continuar a consumir, humildemente, a sua onisciente sapiência, correndo o calculado risco de, um dia, embargados pela insondável transcendência do seu esplêndido intelecto, podermos ser atraídos para sucessivos níveis de maior profundidade até que nada se enxergue mais. Ou Menos.

    • Paulo Marques says:

      Tudo muito bonito, até a terra disser que não dá mais. Aí, acaba o consumo, o capitalismo, e a sociedade. Mas, ao menos, alguém lucrou enquanto cá esteve.

  4. O tema Ambiente só tem um intuito = Novos Negócios e Novos Impostos

    Coisas como impedir a entrada de carros em Lisboa fabricados antes de 2000 com a desculpa ambiental é só absurdamente anedótico! É discriminar quem não tem posses para ter um carro mais recente, e impedir que se reutilize! Poluir é compra carros novos (nem que sejam elétricos!) de quatro em quatros anos, não é quem utiliza o mesmo veículo a vida toda!

    • Paulo Marques says:

      Há duas interesses nesse caso; um é o material que tem que ser consumido, como diz, o outro é a poluição, quer de CO2, quer de partículas que dão cabo da saúde, onde os benefícios são grandes e a urgência mais premente.
      A solução ideal é outra e anda sobre carris, e tem que aumentar para dar para todos e para todo o lado.

      • Paulo Marques says:

        Isso e Bruxelas dixit, por isso amanhe-se, que Bruxelas manda.

  5. Pedro says:

    Que não haja dúvidas que neste modelo neoliberal moribundo em que estamos as eco desculpas só servirão para cavar ainda mais fundo o fosso da desigualdade.

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