Menos combate ideológico

[Francisco Salvador Figueiredo]
Em tempos de emergência, a esquerda escolheu usar uma doença para criticar os liberais e defender as suas ideias.
Os liberais, por outro lado, optaram por chegar a soluções com qualquer partido de qualquer espectro político.
Se vos disseram que ser liberal é odiar o Estado, enganaram-vos. Ser liberal é acreditar na capacidade do indivíduo. Depois de meses com o único partido liberal a apresentar modelos que já resultaram, chegou a hora de mostrar que também é um exemplo de seriedade. Ao contrário do Bloco.
Para o Bloco, o combate ideológico é mais importante do que a vida das pessoas.
O Bloco é porco, nem mais, nem menos do que isto.

Comments

  1. Pedro Vaz says:

    É pá! O Aventar até arranja espaço para o IL? E que simpáticos os médias são para o IL, PAN e Livre…porque será?

    Só o Chega é que não tem direito a tanto carinho…porque será?

    • POIS! says:

      Pois deve ser por causa da quarentena.

      O COVENTURA69 é um vírus muito perigoso! Ainda noutro dia me contaram que um tipo que o contraiu passou o dia à varanda a entoar hinos patrióticos em honra de Kim Iong Un que aprendeu numa sessão de oculltismo semi-avançado promovida pelos Nacionalistas de Claras em Castelo.

      • Abstencionista says:

        Ora vamos lá analixar o comentário do Xô Pois!

        ZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzz….é o que eu digo, tu não deves ter os quilates bem lapidados!
        Nem vou comentar as porcarias que expandes mas só te digo se tivexes na primária a profexora D. Prudência da escola de S. Láxaro já tinhas levado tantos caxaxos nesse pescoxo que até vias anjinhos a tocar guitarra eléctrica.

        Afinavas rápido.

        • anticarneiros says:

          Disseste alguma coisa burro abstencionista ?

        • A educação é muito linda says:

          Mas o menino ja acabou a escola primaria ?
          Não parece !

          Nem vou comentar as porcarias que expandes mas só te digo se tivexes na primária a profexora D. Prudência da escola de S. Láxaro

        • POIS! says:

          Pois temos de estar solidários!

          Pelos vistos V. Exa. Abstenxionista sofreu abusos sérios em em criança.

          Ainda bem que a democracia acabou com tais “professoras” imbuídas da sinistra ideologia salazarista do castigo corporal.

          Viu anjos a tocar guitarra elétrica? Que coisa horrível! Não me diga que era trash metal! Demoníaco!

          Não admira portanto que escreva como fala.e como a porrada que levou no pescoço o deixou com os queixos todos rebentados e a língua trilhada em quatro sítios. Só saem xxxx!

          Lamento sinceramente e, se precisar de ajuda, não tenha receio de o manifestar. Conheço um cirurgião muito bom que faz lobotomias baratinhas.

          • Abatencionista says:

            Querido Xô Pois, analisando ZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz numa tigela, bater os ovos, juntar o açúcar, a margarina derretida morna, o leite e a farinha. Bater bem até obter uma massa homogénea…

            Beijos

    • salvador1123 says:

      Certamente, não é a mim que deve colocar essa pergunta. Aceitaria, de bom grado, a presença de qualquer pessoa de qualquer ideologia aqui.
      E para as pessoas que consideram que os Chegas da vida ou os comunistas não têm direito a opinião por serem totalitários, lembrem-se que não se combate o totalitarismo com medidas… totalitárias.

  2. POIS! says:

    Pois, mas só uma pergunta:

    Que raio de choradinho é este? Pode-se saber, ao menos, a que é que se refere,concretamente?

    Morreu algum “liberal” por causa de não sei quê do Bloco?

    O Bloco acusou “os liberais” de serem os autores da pandemia? De estarem todos infetados com o COVID-19?

    O Bloco decretou quarentena em relação aos “liberais” e apelou à população para que que lhes fizessem uma batida?

    O que é certo é que fica demonstrado á saciedade que sem uma decisiva intervenção do Estado na economia, impedindo as falências em massa estavamos fritos.

    “Mão invisível”? Só se for para aliviar as liberais Excelências. Com luvas, é claro!.

  3. Fernando says:

    Os liberais estão fodidos, já perceberam que a lenga-lenga do “Ser liberal é acreditar na capacidade do indivíduo” convence menos e menos…

    E o Estado também pode acreditar no indivíduo. O Estado pode fornecer serviços como educação e saúde que capacitam o indivíduo.

    O liberal não odeia o Estado, odeia que o Estado sirva os interesses de toda a população e não apenas de uma muito pequena parte da população.

    O liberal sabe que o Estado é fundamental para a manutenção de privilégios de classe, sempre foi assim, o que o liberal odeia bastante é que o maioria da população tenha a consciência que o Estado também tem que a servir bem.

    • salvador1123 says:

      Não, os liberais odeiam que o Estado redistribua de forma injusta o que não é de todos. As pessoas merecem colher os frutos do seu trabalho. A cada dia que passa, o meu português fica mais básico para explicar coisas que deviam ser percebidas à primeira.

      • POIS! says:

        Pois mas…

        Só se pode redistribuir o que não é de todos. Se fosse de todos, não se redistribuia, distribuia-se! Sim, porque se foi parar às mãos de alguém é porque houve uma distribuição anterior. E essa foi sempre justa?

        Não é o português que fica mais básico. É V. Exa.

  4. Paulo Marques says:

    Que remédio, estão tão borrados como os outros que até suspendem a ideologia, de tão sustentada que ela é. Acabado, tem toda a razão, voltam a passar a querer usar o poder e força do estado para garantir o lucro privado de qualquer coisinha que mexa, chamando-lhe mercado livre como se as regras fossem ditadas por mandato divino. Tal como os 63 cortes na saúde da Troika.

  5. POIS! says:

    E pos, há mais uma coisinha!

    “Menos combate ideológico”?

    E o que o Sr. Figueiredo: aqui está a arremedar é o quê?

    A historinha pungente que conta é muito linda (mas revela um certo peso nalgum lado!) mas muitos não a estão a entender.

    Vamos traduzir para as criancinhas:

    Era uma vez uns senhores liberais que disseram ás pessoas que o Estado não servia para nada, que era uma máquina de sorver impostos que não serviam para nada, e que a saúde deveria ser prestada por privados que estaria melhor entregue.

    E apresentaram modelos que funcionavam muito bem, eram muito lindos, onde se pagavam impostos muito baixos e alguns, por mérito, se tornavam muito ricos e onde se privatizou o que era do Estado porque era mal gerido e tal.

    Até que um dia veio um virus muito mau que matou muita gente e os que eram inimigos dos liberais muito lindos logo vieram dizer que era por culpa dessas políticas e que os serviços de saúde não estavam à altura da situação.

    E logo um senhor muito liberal chamado Figueiredo veio dizer que esses eram meninos maus e que os liberais nunca disseram mal do Estado e eram muito porcos porque se estavam a aproveitar das mortes.

    O “combate ideológico” é “porco”? Então está bem! O Sr. Figueiredo pode ficar com a sua parte. Põe na salgadeira e já tem presuntos par todo o ano!

  6. Filipe Bastos says:

    É como diz o POIS!: ambos os lados usam e abusam da ideologia, mas para a direita só a esquerda é ‘ideológica’.

    Porquê? Porque a direita limita-se a constatar a realidade. É mero senso comum. É a natureza humana. É a vontade divina. É TINA.

    A esquerda é suja, invejosa, mesquinha e negativa. Quer acabar com os ricos para sermos todos pobres.

    A direita é fresca e linda. Quer-nos todos ricos. E quer-nos livres como o mercado e como as borboletas.

    O mundo da esquerda é cinzento e opressivo, é maoista e estalinista. As pessoas são escravizadas e depois morrem de lepra em gulags na Sibéria. A esquerda só quer a nossa desgraça.

    O mundo da direita é próspero e a cores, é jogar playstation enquanto aguardamos na CUF Descobertas, sob as efígies risonhas de Friedman e Mises. A direita só quer o melhor para nós.

    Deixem-se de ideologia, não sejam esquerdalhas. Sejam de direita. Aceitem o Mercado no vosso coração.

    • Carlos Almeida says:

      “mas para a direita só a esquerda é ‘ideológica’.”

      Já o Salazar dizia o mesmo, isto para quem viveu nesse tempo ou tem a honestidade intelectual de tentar saber o que se passava
      Para os Salazaristas e fascistas de todas as matizes, os “políticos” eram os que pensavam diferente deles.
      A direita isto é “nós, os defensores do Estado Novo”, porque nesse tempo não eram permitidos esses termos de direita/esquerda, “não tinha ideologia”, porque era tudo “A bem da Nação”.
      A direita actual, pensa da mesma maneira de Salazar, mas não tem coragem para o assumir

      • Filipe Bastos says:

        Talvez, Carlos. Não sei se toda a direita pensa como Salazar, diria que muita – os direitalhas a que ora se chama ‘neoliberais’ – até o rejeita.

        O que essa malta quer é menos Estado, só o bastante para defender a propriedade privada, não um Estado todo-poderoso. Essa malta quer banqueiros e mamões a mandar nisto tudo, tal como agora, não ditadores.

        Quer-me também parecer que muita malta por aqui não entende ironia.

        • Carlos Almeida says:

          Boa tarde Filipe

          Entendi a ironia mas aproveitei.me dela para mandar umas farpas aos liberoides, porque para mim os liberais foram há 200 anos e esses corriam no sentido da Historia.
          Esses querem as amoletas sem partir ovos, mas a direita só toma verdadeiramente o poder em Portugal com ditadura, como sempre foi aliás.

        • Paulo Marques says:

          Os neo-liberais não rejeitam o estado. Basta vê-los a clamar agora por apoios às empresas, e as declarações dos governos Franceses e Alemães sobre o forte apoio a grandes empresas, inclusivé possíveis nacionalizações. Em tempos normais, estariam a pedir por mais ISDS, CETA e TTIP, em tempos de greve por serviços máximos e requisição civil, todos dependentes da força do estado para o mercado “livre”.
          Sem um estado forte com os fracos, não há neo-liberalismo.

    • salvador1123 says:

      Gostei dos comentários. São uma boa sátira e qualquer pessoa de bom senso e que goste de rir pode aproveitar esses comentários para o mesmo fim. O Liberalismo tem falhas? Provavelmente. Mas não são falhas evitáveis à partida. E desta forma, as pessoas podem crescer pelo seu mérito. Claro que para mim o que pode ser bom pode ser mau para o outro, mas aí só há uma maneira de desempatar: ganha o que for mais procurado.
      Usar uma situação nunca antes vista para defender uma presença forte do Estado é porco. Só isso.

      • Democrata_Cristão says:

        Ora aí temos uma frase esclarecedora

        “Usar uma situação nunca antes vista para defender uma presença forte do Estado é porco. Só isso.”

        Grandes argumentos. Parabens

      • POIS! says:

        Pois tem!

        O Liberalismo tem falhas. A principal delas é que, por modéstia, não existe. Só existe, aliás, algo de parecido em alguns regimes ditatoriais. O próprio ex-presidente da IL, aliás, está a ensinar liberalismo num estaminé pago pelo Partido Único do Vietname.

        O próprio Hayek estava muito preocupado com a servidão mas seria a dele, e mesmo assim só se não fosse bem paga.. Daí a sua admiração pelos grandes liberais que foram Salazar e Pinochet.

        “Usar uma situação nunca antes vista para defender uma presença forte do Estado é porco”.Tá bem tá!

        Como diria o liberal francês Salvateur Onze Vingtrois “le liberalisme est bel, les crises est que donne cap d’el”.