A primeira grande experiência de poder operário aconteceu em Paris, há 150 anos. De lá para cá outras lhe sucederam mas quem vive do seu trabalho continua à procura de um regime político que abandone a exploração do ser humano pelo ser humano e abra caminho a uma sociedade baseada numa relação igual entre todos os iguais, sem que a propriedade dos meios de produção se sobreponha a tudo o resto. Enquanto não nos voltamos a encontrar nas barricadas, é ir lembrando o cancioneiro que os pioneiros nos deixaram.
Outros tempos. A esquerda de hoje está mais interessada na Beyoncé e em pronomes pessoais. Desigualdade? Só entre o ‘privilégio branco’ e o resto do planeta. Sim, até a Beyoncé. Ou a Meghan.
Os operários da comuna de Paris eram uns opressores privilegiados. E nem sabiam. Faltava lá o Paulo para educá-los.
Se me vai referir, ao menos não ponha palavras na minha boca.
Eu disse alguma mentira? As prioridades da actual esquerda, o Paulo confirma-as todos os dias: raça, LGBTQXPT+, etc.
Os operários da comuna, sendo franceses, deviam ser todos ou quase todos brancos (e cis). Logo, privilegiados.
Talvez pensassem que o não eram; tal como os brancos pobres de hoje também pensam. Mas o Paulo logo os esclarece.
Eu não sabia que eu era a esquerda, ou que a intervenção em posts dos quais não escolho o tema define a Agenda da mesma. Tenho que pensar o que fazer com esse poder.
Mas não, nem quero saber da Beyoncé, apesar da voz, nem da aristocracia, nem sei nada sobre a demografia francesa no século XIX. Só sei quem são os sacos de pancada hoje, porque as verdadeiras vítimas são o capital.
Filipe Bastos
” A esquerda de hoje está mais interessada na Beyoncé e em pronomes pessoais”.
A esquerda de hoje não, a esquerda, a direita etc. Em resumo toda a geração de merda
A cretinice da igualdade continua a ser bandeira de atrasados mentais!
Da igualdade perante a lei ( e sempre aí se ponderam níveis de consciência e responsabilidade9, partem para o negacionismo da diversidade.
Em vez de promover o que os melhores podem fazer pelos mais fracos, todos convida à mediocridade exaltando a ralé.
…partem para o negacionismo da diversidade.
É bonito ver a direita usar a léria da ‘diversidade’; já não é só a esquerda. Curioso é o seu significado no dicionário direitalha: pelo visto quer dizer direito divino a mamar no pagode.
Jg, só bilionários e otários defendem este sistema iníquo.
Confira a sua conta bancária para saber qual deles v. é.
Você ainda não percebeu que o JgMenos é o verdadeiro André Ventura, na versão rasca.
O quê?
Há uma versão rasca do Venturoso Enviado? Como é que é possível?
Faço meu o espanto do POIS: o Jg parece apesar de tudo menos rasca que o Ventura.
É só um carneiro do culto do ‘mercado’; o Ventura é pior que isso. É, ou quer ser, um pastor do culto.
Sim, apenas perguntei se era possível. Porque duvido.
Ao nível da rasquice o Venturoso Enviado é assim como o zero absoluto: abaixo disso não há nada!
E acha que a direita sempre justificou a desumanização como? Valha-me Loki.
“Em vez de promover o que os melhores podem fazer pelos mais fracos”
Tantos séculos depois de Smith, o melhor continua a ser pouco mais que nada.
Enquanto não nos voltamos a encontrar nas barricadas
O povo atualmente não está nada interessado em ir para barricadas.
A sociedade é cada vez menos violenta e muito pouca gente está interessada em andar aos tiros por seja o que fôr.
Dê-lhes tempo, a austeridade continuará a fazer o seu caminho.
Lavoura
“A sociedade é cada vez menos violenta e muito pouca gente está interessada em andar aos tiros por seja o que fôr.”
Não foi essa a opinião dos Trumpistas que assaltaram o Capitolia
Ou não deu por nada ?
VIVA A COMUNA DE PARIS!
“Se a Comuna for derrotada, a luta só será adiada. Os princípios da Comuna são eternos e não podem ser destruídos: serão sempre postos de novo na ordem do dia, enquanto a classe operária não tiver conquistado a sua libertação.”
Processo-verbal de um discurso sobre a Comuna
Karl Marx
“Paris operário, com a sua Comuna, será sempre celebrado como o gérmen glorioso de uma nova sociedade. A recordação dos seus mártires é piedosamente conservada no grande coração da classe operária.”
A Guerra Civil em França
Karl Marx
“Teria a Comuna de Paris durado um único dia, se não se tivesse servido dessa autoridade do povo armado face à burguesia? Não se lhe deve, pelo contrário, censurar o não ter feito maior uso dela?”
Da autoridade
F. Engels
Alimentam-se destes episódios de violência e divisão para o culto do igualitarismo.
Mas assumem a idiotice de pensarem que os homens que liquidaram a comuna, eram diferentes dos que a fizeram.
Partem a igualdade às postas sempre que lhes satisfaz a imagem que mais os emociona: o saque da riqueza!
Dos fossados à comuna, da comuna aos comunas, nada mudou.
O que o assusta tanto na igualdade, Jg? Ser confrontado com as suas insuficiências? Com a sua incapacidade de manter os privilégios de que se julga merecedor?
Não tenha medo. Ninguém quer a igualdade absoluta, nem tal seria possível: todos somos diferentes, e ainda bem. O objectivo é tão-só evitar a desigualdade extrema, a riqueza excessiva, a distância obscena e injustificável entre haves e have nots.
Ninguém faz tudo sozinho; todos beneficiam do trabalho de todos. Este mundo não reflecte isso. Tem de reflectir.
«a desigualdade extrema, a riqueza excessiva»
A desigualdade extrema existe, sempre existiu e existirá: entre um idiota e um génio, entre um vigarista e um trabalhador honesto…
Pôr fim à riqueza extrema implica uma taxa progressiva sobre o rendimento ou a fortuna de 100%, o que significa pôr a economia na mão de uma camarilha política de comunas.
Mas o consolo do saque sempre foi a ambição permanente dos miseráveis e dos ambiciosos…
O contabilista não sabe contas? Ui, se o patrão sabe.
Nazi negativo
“Mas o consolo do saque sempre foi a ambição permanente dos miseráveis e dos ambiciosos…”
Tens razão, mas deves estar a referir-te ao regime do Estado Novo que ainda hoje defendes
Que é que mais nos faltará ler, vindo de um assumido Salazarista e obviamente colonialista militante.
Pois compreendo perfeitamente os lamentos de V. Exa.
Não teve a sorte de nascer génio, nem ao Menos conseguiu ser trabalhador honesto, daí sentir-se, pelo Menos, eternamente marginalizado. É compreensível!
Mas pode ser que a sua ambição permanente o conduza, pelo Menos, ao consolo.
Faço minhas as palavras do comentário do Filipe Bastos. A “esquerda actual” (que de esquerda não tem nada, não é operária nem camponesa, é sim burguesa, por isso lhe chamo “esquerda caviar”) está mais interessada em “folclores” como o BLM ou o #metoo, ou nas “lutas” do SOS Racismo e do ILGA, do que na verdadeira luta por uma sociedade mais justa e mais igualitária, em que haja justiça e solidariedade social seja dada uma igual oportunidade a todos.
Se quiser ser adepto de uma “teoria da conspiração” diria que a !esquerda” foi tomada pelos burgueses para distrair os trabalhadores das suas verdadeiras lutas, entretendo-os com lutas fratricidas, e distraindo-os assim do essencial, enquanto eles, burgueses” engordam.
Isto para usar uma linguagem com léxico entendível.
Em cheio, Fernando. Linha e bingo.
Creio que os burgueses / mamões têm dois grandes aliados.
A nova intelligentsia esquerdista, também burguesa ou com aspirações a tal, como o Guardian ou o New York Times, catedrais da histeria identitária e do politicamente correcto.
E os inevitáveis idiotas úteis que os consomem e divulgam por fóruns e twitters afora, julgando que estão a avançar a causa da esquerda. Na verdade estão a enterrá-la.
O resultado está à vista: Trampas, Venturas e Bozonaros. Mas eles continuam de cabeça bem enterrada na areia, a dividir as pessoas e a fazer pela vidinha. Pela vidinha deles.
Garotão fascistoide
De vez em quando dizes ao que vens
Claro, não vai às fábricas, não se junta aos piquetes, não exige mudanças à lei do trabalho, não denuncia o assédio moral, nem as falsas transferências de contracto. Sonhei.
Vai? Junta-se? Exige?
Talvez o faça no intervalo do ‘activismo’ no Twitter, ou das 459 intervenções diárias a chamar racistas a 90% dos seus eleitores, ou a clamar por justiça para o Mamadou, ou novas casas-de-banho e pronomes “assumidos”.
É possível. Mas as prioridades da nova esquerda são claras. O Paulo costuma aqui representá-las bem.
O Bastos é igual ao Menos, acha coisas, e a realidade que se dane, mas pior, porque fá-lo enquanto passa mais tempo no twitter a queixar-se de quem faz o que tem a certeza que não faz.
Paulo Marques
“O Bastos é igual ao Menos”
Ate que enfim percebeste !
Chiça que é muito tempo para isso
Fernando Manuel Rodrigues
“A “esquerda actual” (que de esquerda não tem nada, não é operária nem camponesa, é sim burguesa, por isso lhe chamo “esquerda caviar””
Parece a conversa dos MRPP ha 40 anos atras
A desigualdade extrema existe, sempre existiu e existirá: entre um idiota e um génio, entre um vigarista e um trabalhador honesto…
Sim, se há coisa que a História e a experiência confirmam é o mérito e a honestidade de quem acumula riqueza… veja-se os monarcas, os ditadores, os oligarcas, os bancos, os fundos abutres, os cartéis, os traficantes, o Salgado, o Mexia… só gente genial, seríssima.
Jamais chulos, trafulhas, corruptos, vigaristas, gatunos, criminosos, herdeiros, sortudos e rentistas. Aliás, a lista dos mais ricos coincide com a lista de membros da Mensa; e todos os pobres do mundo são gente burra, desonesta e sobretudo preguiçosa – basta ver qualquer campo, fábrica ou oficina. Uns calões.
Quando quiser falar de ‘saque’, Jg, olhe primeiro para os seus heróis. A saquear a Humanidade e o planeta desde as pirâmides.
Pois é verdade!
E o JgMenos já lá estava! Foi ele que construiu a pirâmide de Quéops mas, como era muito grande e não se vendia, costruíu também a de Miquerinos para servir de brinde.
Uma vez foi até surpreendido a tentar procriar com a Esfinge, foi uma risota lá no Egipto.