Citações: O Liberalismo explicado às criancinhas…

…porque aos mal intencionados não vale a pena.

Se é fácil demonstrar a impostura do primeiro-ministro, é mais complicado alertar o país para a mensagem distorcida que está a receber de muitas outras fontes sobre os fundamentos e objetivos do liberalismo. Se em Portugal os liberais são um fenómeno novo, o mesmo não acontece em muitos outros países, precisamente aqueles com superiores níveis de progresso económico e liberdade individual. É então importante que se compreenda e apreenda que os liberais não são contra a existência do Estado. Apenas procuram que o Estado seja capaz e eficiente nas suas funções centrais e que se procure imiscuir daquelas que não deveriam ser as suas incumbências. Aqui sim, está o cerne da questão: quais são as áreas em que o Estado deve efetivamente colocar a sua atenção? Peguemos em alguns exemplos drásticos, onde suponho que praticamente todos os portugueses concordarão: Na defesa nacional, desde o PCP até ao Chega, nunca vi uma única pessoa a defender que Portugal substituísse o seu exército por mercenários. Todos consideramos que é uma função central do Estado e que deve ser este a garantir a defesa do país, incluindo a contratação dos meios e recursos humanos necessários para o fazer. No seu oposto, todos os partidos aceitam a ideia de que os cabeleireiros devem ser privados. Embora seja um serviço importante para todos, não é, no entanto, uma função do Estado e só mesmo o mais soviético e obsoleto dos comunistas poderia defender tal interferência do poder político na economia, na liberdade individual e, literalmente, na cabeça das pessoas. Entre estes dois casos mais óbvios temos um infinito número de negócios, necessidades, gostos e vontades que em geral podem e devem ser satisfeitos pelo mercado em si, onde este conseguir responder adequadamente às necessidades do país.

Como transformar…

uma promessa do Governo, num negócio de privados a expensas do cidadão.

A Deontologia vai de Expresso

Segundo o nosso leitor A. Rebelo Reis, o actual director do Expresso, João Vieira Pereira, acumulou o jornalismo com a assessoria enquanto responsável pela estratégia de comunicação da Federação Portuguesa de Golfe.

Este nosso leitor apresentou uma queixa ao Conselho Deontológico da Carteira Profissional no passado dia 10 de Março:

Serve este email para apresentar participação contra João Vieira Pereira, atual diretor do jornal “Expresso”, por prática de atividade incompatível com a profissão de jornalista.
Entre 2012 e 2016, João Vieira Pereira integrou a direção da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), presidida então por Manuel Agrellos, como é facilmente comprovável neste Relatório e Contas da FPG:

http://portal.fpg.pt/wp-content/uploads/2017/09/RelatorioContas-2014.pdf

Na apresentação da candidatura, Agrellos admitiu que o então diretor-adjunto do Expresso e também diretor da revista “Exame” ficaria “responsável pelo desenvolvimento da imagem e divulgação da Federação Portuguesa de Golfe”:

http://portugalgolf.pt/paginas_212/noticias_varios_8_2012_04_02.htm

Tal situação colide com o art.º 3 do Estatuto do Jornalista: “O exercício da profissão de jornalista é incompatível com o desempenho de: (…) Funções de marketing, relações públicas, assessoria de imprensa e consultoria em comunicação ou imagem (…)”
De igual modo, parece não respeitar o artigo n.º 11 do Código Deontológico dos Jornalistas: “O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios suscetíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional.”
Alguém admitiria que um diretor do Expresso ou de outro jornal de referência fosse, por exemplo, membro da direção da Federação Portuguesa de Futebol, ficando responsável pelo “desenvolvimento da sua imagem e divulgação”?
Na mesma altura em que João Vieira Pereira era diretor-adjunto do Expresso e membro da direção da Federação Portuguesa de Golfe, o semanário distribuía um suplemento de golfe que chegou a noticiar a participação do seu diretor-adjunto num torneio de golfe patrocinado pelo jornal:

https://docplayer.com.br/33047696-Uma-equipa-do-expresso-vai-pela.html

Em 2016, João Vieira Pereira foi candidato a vice-presidente da Federação Portuguesa de Golfe na lista liderada pelo antigo ministro da Saúde Luís Filipe Pereira. A votação acabou, porém, por ser vencida pela lista adversária, liderada pelo atual presidente, Miguel Franco de Sousa.
Face ao exposto, solicito à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista que abra o competente processo de contraordenação para avaliar se a atividade desenvolvida por João Vieira Pereira durante o período em que integrou a direção da Federação Portuguesa de Golfe (2012/2016) é ou não compatível com a atividade de jornalista.

Melhores cumprimentos,

A. Rebelo Reis

Nos últimos tempos sucedem-se notícias nada agradáveis para o jornalismo em Portugal. Não sei se repararam mas, por exemplo, os telejornais da noite dos dois canais privados (SIC e TVI) misturam, cada vez mais, informação com peças “jornalísticas” a promover os seus programas de entretenimento.

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Também tu, bruta?

Diz a regra que só há notícia quando o homem morde o cão. Assim, é natural que uma mulher ciumenta que esfaqueou o marido 22 vezes tenha sido notícia em Inglaterra. Por incrível que pareça, o marido sobreviveu, o que é tão insólito que tem também de ser notícia.

Em Inglaterra, a comunicação social pôs a ênfase no número de facadas. Por cá, o Correio da Manhã realçou o facto de o marido ter perdoado a mulher, que é, na verdade, outra faceta inaudita, mas talvez o limite do homem fosse a vigésima segunda facada. A vigésima terceira seria falta de respeito. Talvez a esposa enraivecida tenha parado, ao ouvir o homem ensanguentado e indignado: “Se voltas a esfaquear-me, está tudo acabado entre nós!”

Outra possível explicação para o número de facadas pode estar, ainda, na idade do filho. O rapaz tem 22 anos. Coincidência? Não me parece. O mesmo rapaz escondeu as armas do crime e chamou a ambulância, dizendo, de acordo com a notícia, que “o pai estava deitado no chão com ferimentos na cabeça e um furo nas costas.” Enquanto esperava, ficou a jogar futebol no jardim. Por um lado, parece ser um rapaz com grande poder de observação; por outro, não gosta de desperdiçar tempo.

Joanne declarou que não queria matar o marido, apenas magoá-lo. Tendo em conta o resultado obtido, só podemos reconhecer a competência da senhora. Para já, irá passar seis anos na prisão e, quando sair, terá o marido amantíssimo à espera, numa casa em que não haverá um único canivete. Manda-se vir tudo o que tiver de ser cortado e serão felizes para sempre. [Read more…]