Há quem ache que quantidade é sinónimo de qualidade. E não estranha, não viesse tal devaneio de alguém que defende a acumulação de capital. Logo, quanto mais, melhor.
Mas vejamos: 3 anos nos cafés, 6 anos nos sumos de polpa, 6 meses a deter o BPP, 1 ano e meio na TVI, 2 anos no Turismo de Portugal e mais uns pares de anos em empresas de investimento e recursos humanos. Ou estamos a falar de alguém extremamente competente (e eu não duvido) em variadas áreas que nada têm a ver umas com as outras, ou de um saltimbanco.
Podemos dizer que a personagem em causa é um precário dos empregos de alto gabarito. Depois da “discriminação contra investidores bolsistas”, a precariedade dos nascidos em berço de ouro.
Comovente.
inserir arco-íris, gambuzinos e unicórnios liberais
Mas em que ficamos? Trata-se de mentira, aldrabice, inveja ou preguiça? Ou tudo isto e mais alguma coisa?!
Apenas dica provado que é um ótimo gestor. E conseguiu alcançar bons cargos sem polémica atrás. É um exemplo para que haja mais assim. Mas a esquerda prefere idolatrar medíocres.
Se fica provado, ou não, não sei. O BPP foi ao charco, a Compal já existia antes do CEO do IL, a marca de cafés não conheço nem nunca ouvi falar (pode ser uma cadeia de redistribuição ou ajuda à produção, não sei), a TVI tem vindo a descer nas audiências há uns anos, o tempo no Turismo de Portugal foi pouco (se bem que para quem se diz liberal, mamar nesta teta do Estado…); e quanto às empresas de investimento e recursos humanos, menos sei ainda, pois as denominações ficam sempre numa área cinzenta.
Se juntarmos a isto o apoio ao Governo de Passos Coelho, um dos que mais impostos subiu, sendo o liberal contra a subida dos impostos, mais a questão das apostas desportivas (isto de alguém que é contra a intervenção do Estado na economia…), teríamos pano para mangas.
Eu não sei se o Cotrim é medíocre ou não. Aqui limitei-me a citar factos, juntei ligações a suportar os meus factos também. A ilacção que cada um tira, a cada um pertence… Se a Esquerda idolatra medíocres, também não sei: mas se para um liberal, Salgueiro Maia, Mário Soares, Álvaro Cunhal, Ramalho Eanes, entre outros, são medíocres, estou, então, para saber o teu conceito de impotância pública. Espera, já sei… é saltar de empresa em empresa e fazer muita cheta com isso; e está bem, nada contra, daí a ser mediocridade… comporte-se.
Pois tá bem!
Diz o povinho, lá na minha liberal terrinha: “presunção e mediocres idolatrados, cada um toma os que quer”.
Diz o povinho. Lá na minha liberal terrinha.
Não tem nada de especial. Atualmente, a generalidade dos gestores de empresas mudam de umas empresas para outras, entre diferentes ramos. Um gestor pode primeiro gerir uma empresa de automóveis, depois uma de sumos de fruta e depois outra de turismo. Isto é corrente no atual mundo da gestão.
É o chamado “Calor da Gestão”.
Não, isso não é calor. Nem sequer é entusiasmo.
Eu chamo a isso lobismo. Não dominam o negócio, não dominam a especificidade do mercado, nem sequer conhecem maioria das vezes os produtos por eles fabricados e comercializados. Mas dominam as redes familiares, as redes de influência entre operadores e o Estado, as autoridades de fiscalização ou de controle da concorrência, a banca, onde não faltam deputados, autarcas, magistrados, mas acima de tudo governantes, essa gente que está ali não para servir o país, mas para servirem os interesses de algumas corporações, até ao dia em que alguém lhes descobrir a careca.
Montem eles uma pequena ou média empresa e façam-na crescer, como alguns virtuosos do investimento tecnológico, ainda que raros, e demonstrem que boas cabeças, boa formação científica, pode dar bons frutos e à posteriori bons negócios.
Porra, isso não! Dá muito trabalho. E só há retorno do dinheiro “a la longue”
Poder, pode. Aprender o modelo e a cultura da empresa é que não aprende, aplica o método MBA e se não resultar vai recomendado na mesma.