Português de bem ou bandido?
Amigos, amigos…

Ó tempo… volta p’ra trás…
Como diria o outro, é que isto é mesmo assim
É exactamente como diz RSP (aka CFA): «O Expresso, a SIC Notícias, o Observador e outros publicam a notícia como a recebem. Provavelmente sem sequer lerem. Como fazem tantas vezes». Efectivamente, só não sabe quem não vê/lê.
O seu filho menor está desempregado? O Burger King precisa dele

Na cidade de Lorain, no Ohio, o Burger King local colocou este anúncio, dirigido a pais de crianças entre os 14 e os 15 anos que queiram por os seus petizes a trabalhar. Em princípio não contará como exploração infantil, porque o Burger King é um ícone do capitalismo e essas coisas não acontecem no capitalismo. Caso contrário, aplicar-se-ia, como vem sendo habitual, a máxima comunista adaptada: “isto não é verdadeiro capitalismo”. Por norma funciona. Se não funcionar, tapam-se os olhos e os ouvidos e conta-se até Venezuela. Nunca falha.
É este sopro humano Universal/Que enfuna a inquietação Liberal
Fechar acordos parlamentares à Direita, incluindo e legitimando a extrema-direita, num arquipélago “distante”, tudo bem. Dá para disfarçar.
Ficar sozinho, lado a lado com o Chega, no pedido de uma revisão constitucional? Isso não, dá muito nas vistas.
Dito por quem me fez chegar a notícia: “Quando percebes que estás a embarcar num jogo do qual só podes sair chamuscado”. E sabemos: quem brinca com o fogo, queima-se.
Ps. Um pedido de desculpas pela profanação da obra de Miguel Torga. Por tal, deixo a estrofe que dá nome ao texto, aqui, na íntegra:
Viagem
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
(…)

Foto: LUSA
(imbecil)
Alguém se sentir tratado de forma diferente pelo seu género ou etnia deve ser horrível. O episódio de ontem demonstrou a qualidade do jornalismo, em que nenhum teve o trabalho de ler a notícia. E demonstra a imbecilidade de quem a escreveu.
Hamas, o Chega da Palestina
A ver se a gente se entende, no meio de tanta parvoíce: o Hamas é uma organização política de extrema-direita, anti-comunista, ultranacionalista, anti-semita, que se opõe à separação de poderes e que se bate pelo primado da religião sobre qualquer forma de laicidade, que rejeita. Já agora, organizações como a Al-qaeda e o Daesh também se encontram no mesmo enquadramento ideológico, ainda que com algumas nuances. Contudo, não diferem no essencial: fundamentalismo religioso, anti-semitismo, anti-comunismo, ultraconservadorismo e totalitarismo.
A esquerda, na Palestina, é representada pela Fatah (social-democrata) e pela Frente Nacional de Libertação da Palestina (marxista-leninista), entre outras pequenas organizações. O Hamas, no fundo, é uma espécie de Chega lá do sítio: o discurso de ódio está lá, o populismo também, fundamentalismo religioso paga contas e o anti-semitismo, tal como anti-comunismo, são pedras basilares das suas fundações ideológicas, como de resto o eram para o nazismo, ao qual o Chega tem vindo a pedir emprestado algumas ideias e slogans, como o habitual “um partido, um líder, um destino”, decalcado do nazi “ein volk, ein Reich, ein fuhrer”. Portanto deixem-nos de merdas, e chamemos os bois pelos nomes, sim?
Romualda Fernandes (Preta)
Um “jornalista” da Lusa, Hugo Godinho, que por acaso costuma acompanhar as iniciativas do Chega, escreve uma notícia sobre a Comissão de Revisão Constitucional.
Nessa notícia, entende qualificar uma das deputadas, Romualda Fernandes, como a Preta. Nenhum dos outros parlamentares é o Branco ou a Branca, mas Romualda Fernandes é a Preta.
O Expresso, a SIC Notícias, o Observador e outros publicam a notícia como a recebem. Provavelmente sem sequer lerem. Como fazem tantas vezes.
Seria de rir se não fosse tão lamentável.
E não, não existe racismo em Portugal.
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