O silêncio também fala
03/10/2021 by João L Maio
Filed Under: política nacional, sociedade Tagged With: bpp, Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, João rendeiro, justiça à portuguesa, o silêncio dos inocentes
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Há umas semanas, algures entre o Teams e o Zoom, o cronista apresentou, entre outros artigos, os New Methods for Second-language (L2) Speech Research, do Flege — e achou curiosa a serendipidade do próximo parágrafo que lhe caiu ao colo, o dos new methods do nosso querido Krugman. A serendipidade. Nada encontrareis igual àquilo. Nada. Garanto. […]
Como escreve Natalie B. Compton, “um urso fez uma pausa para uma extensa sessão fotográfica“. Onde? Em Boulder, CO, nos Estados Unidos da América.
N.B.:
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Rotura? Rotura incide sobre o físico (ligamentos, canos). Ruptura, sim, diz respeito à interrupção da continuidade de uma situação. Ruptura, portanto. *Rutura não existe.
O analfabetismo tem 292 809 pessoas, enquanto no Porto há menos de 232 000 (dados de 2021).
O assunto é tão grave que até partilho um artigo do Expresso.
Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.
Pais pedem aulas extra para compensar efeitos das greves de professores
o Novo Banco começou a dar lucro. 561 milhões em 2022. E tu, acreditas em bruxas?
Durão Barroso não é nem padre, nem conservador: é José, não é [xoˈse], pois não, não é. Irá casar-se (com alguém). Não irá casar ninguém.
no valor de 3 milhões de euros, entraram no país de forma ilegal? Então o Bolsonaro não era o campeão da honestidade?
fixou o preços dos bens essenciais, em 1980, para combater a inflação. O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.
Enforcamento, ataque cardíaco e quedas de muitos andares ou lanços de escadas, eis como se “suicidam” os oligarcas na Rússia contemporânea. Em princípio foram gajos da CIA. No Kremlin são todos bons rapazes. Goodfellas.
Retirar “referências racistas” dos livros/filmes de 007? Qualquer dia, ”Twelve Years a Slave” ou “Django Unchained” serão cancelados.
Foi para isto que vim ao mundo? Estava tão bem a baloiçar num escroto qualquer, tão descansadinho.
E uma linguista chamada Emily M. Bender está preocupada com o que irá acontecer quando deixarmos de nos lembrar disto. Acrescente-se.
Foto: New York Magazine: https://nym.ag/3misKaW
Exactamente, cacofonia. Hoje, lembrei-me dos Cacophony, a banda do excelente Marty Friedman. Antes de ter ido para os Megadeth, com os quais voltou a tocar anteontem. Siga.
Oh! E não se atira ao Pepê? Porquê? Calimero, Calimero. Aquele abraço.
O que vale é que em Lisboa não falta onde alojar estudantes deslocados e a preços baratos.
Onde? No Diário da República e no Porto Canal. That is the question. Whether ‘tis nobler in the mind to suffer… OK.
Maria de Lurdes Rodrigues escreveu uma crónica intitulada “Defender a escola pública”. Em breve, uma raposa irá publicar um livro intitulado “Defender o galinheiro”
Lição n.º 1: Concentrar elementos do mesmo campo semântico. Exemplo: “Erguemos os alicerces necessários para podermos afirmar hoje, com confiança, que não começámos pelo telhado. A Habitação foi sempre uma prioridade para nós“.
Cotrim de Figueiredo dirá sempre que “não cospe no prato onde comeu”, o que poder-se-ia considerar uma atenuante, moralmente aceitável, só que em política as coisas não se passam assim. Se não formos coerentes com aquilo que defendemos e prometemos, tornamo-nos falaciosos. Não podemos ser contra o Sócrates, e acharmos tudo isto uma coisa insignificante.
Aliás, a IL é ela mesma uma falácia em termos ideológicos. Uma das muitas variantes do velho PSD, com conceitos ultra liberais na economia, ainda que preservando alguns valores democráticos, pelo menos na retórica. Convém no entanto dizer que nunca foram postos à prova. No Chile estes liberais apoiaram incondicionalmente Pinochet. Ou seja, são liberais até ao dia em que um ditador de índole fascista saltar para o poder, e aí cai-lhes o liberalismo.
A fuga de Rendeiro deu-se no início da pretérita semana, e o normal seria um coro de protestos e indignação de todos os quadrantes políticos e nos média, em especial aquela direita moralista, cheia de regras sobre a ética, sobre a corrupção, sobre a dívida e a contenção salarial, promotora da parcimónia das classes médias. Não, com algumas excepções, essa mesma direita ignorou por completo o assunto, limitando-se a meia dúzia de lamentações.
Cotrim é mais um desses surdos mudos, que um dia destes virá grunhir contra a falta de lisura um qualquer presidente de junta de freguesia, de um Arroios qualquer que por aí aparecer.
Vem muito a propósito.
Até porque hoje se falou muito dos “Pandora Papers”. (embora o que veio a público relativo á malta de cá seja, mais uma vez, assuntos de “arraia miúda”…)
As práticas do sector bancário-financeiro e as dos seus homens de mão no poder político constituem o maior rombo no casco da tão limpinha ideologia liberalesca, representada por cá pelo Dr. Cotrimtim. Cada vez mais se prova que se trata de atividades intrinsecamente desonestas. A que o poder não põe cobro por razões óbvias.
Basta constatar um facto: os “off-shores” e quejandos só subsistem porque existe comunicação com o sistema bancário legal. De outro modo seriam poços de extinção de ativos.