O silêncio também fala
03/10/2021 by João L Maio
Filed Under: política nacional, sociedade Tagged With: bpp, Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, João rendeiro, justiça à portuguesa, o silêncio dos inocentes
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
A extrema-direita, querendo apresentar-se como antissistema, teima em ser o seu pior reflexo. Basta ver o caso de André Ventura, que passa a vida com o sistema na boca, mas também no bolso. Ou no bolso dele, do sistema. Do SL Benfica à CMTV, passando pela elite de milionários com quem se reúne e junto […]
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Vai-se a ver o Rendeiro foi morto numa “operação militar”.
Morrer num 13 de Maio é prenúncio de santidade. O meu oligarca é melhor que o teu!
Se abortar e fumar são direitos equiparáveis, então vou já à estação de serviço comprar três volumes de aborto.
Sérgio Conceição não quer *distrações. Contra tudo e contra todos.
Premiar a música portuguesa no Dia da Língua Portuguesa é ‘Top’
Disse alguém nos Prémios da Música Portuguesa.
Mais um oligarca russo que morreu. Andrei Krukovsky, diretor-geral do resort de ski de Krasnaya Polyana gerido pela Gazprom, morreu aos 37 anos após cair de um penhasco em Sochi. Circunstâncias do acidente ainda não são conhecidas.
Quem foi o comandante que abandonou o barco do Governo no mar das autárquicas?
implica a ilegitimidade do projeto. O Acordo Ortográfico de 1990, efectivamente, não existe.
Pode assistir em directo aqui à intervenção do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky via ARTV, o canal do Parlamento.
O respeitinho é muito bonito.
Paulo Núncio acha que o novo imposto sobre empresas com lucros “aleatórios e inesperados” corresponderá ao primeiro grande erro da nova governação socialista. Arre, Núncio, já ouviste falar da função de distribuição?
São a favor do cheque-ensino, querem introduzir o cheque-saúde, mas dizem que são contra a ideia liberal que o PS teve: o cheque-combustível. “Muita burocracia”, dizem.
Na verdade, não são contra. A Iniciativa Liberal só ficou chateada porque o Partido Socialista teve uma ideia liberal muito mais rápido que eles. Mas há que ver pelo lado racional: antes de existir IL, já o PS se tinha rendido ao neo-liberalismo.
A crónica de Daniel Oliveira na TSF é um excelente exercício que merece ser lido ou ouvido. Não estamos imunes a igual desfecho.
“Vladimir Putin terá de ser julgado por crimes de guerra, é inequívoco. Mas se quisermos fazer uma análise independente, realmente independente, então teremos de dizer que também George W. Bush terá de ser julgado por crimes de guerra, Tony Blair, etc, por causa da guerra no Iraque… e até em Portugal haverá quem possa ser julgado, por colaboração com os EUA.”
Anabela Alves, especialista em Direito Internacional, foi a primeira advogada a participar em julgamentos de crime de guerra no TPI, em entrevista ao Jornal de Notícias.
Então o Ventura leva um puxão de orelhas na Assembleia da República, e Rui Rio não teve o cuidado de suavizar a coisa?!
Cotrim de Figueiredo dirá sempre que “não cospe no prato onde comeu”, o que poder-se-ia considerar uma atenuante, moralmente aceitável, só que em política as coisas não se passam assim. Se não formos coerentes com aquilo que defendemos e prometemos, tornamo-nos falaciosos. Não podemos ser contra o Sócrates, e acharmos tudo isto uma coisa insignificante.
Aliás, a IL é ela mesma uma falácia em termos ideológicos. Uma das muitas variantes do velho PSD, com conceitos ultra liberais na economia, ainda que preservando alguns valores democráticos, pelo menos na retórica. Convém no entanto dizer que nunca foram postos à prova. No Chile estes liberais apoiaram incondicionalmente Pinochet. Ou seja, são liberais até ao dia em que um ditador de índole fascista saltar para o poder, e aí cai-lhes o liberalismo.
A fuga de Rendeiro deu-se no início da pretérita semana, e o normal seria um coro de protestos e indignação de todos os quadrantes políticos e nos média, em especial aquela direita moralista, cheia de regras sobre a ética, sobre a corrupção, sobre a dívida e a contenção salarial, promotora da parcimónia das classes médias. Não, com algumas excepções, essa mesma direita ignorou por completo o assunto, limitando-se a meia dúzia de lamentações.
Cotrim é mais um desses surdos mudos, que um dia destes virá grunhir contra a falta de lisura um qualquer presidente de junta de freguesia, de um Arroios qualquer que por aí aparecer.
Vem muito a propósito.
Até porque hoje se falou muito dos “Pandora Papers”. (embora o que veio a público relativo á malta de cá seja, mais uma vez, assuntos de “arraia miúda”…)
As práticas do sector bancário-financeiro e as dos seus homens de mão no poder político constituem o maior rombo no casco da tão limpinha ideologia liberalesca, representada por cá pelo Dr. Cotrimtim. Cada vez mais se prova que se trata de atividades intrinsecamente desonestas. A que o poder não põe cobro por razões óbvias.
Basta constatar um facto: os “off-shores” e quejandos só subsistem porque existe comunicação com o sistema bancário legal. De outro modo seriam poços de extinção de ativos.