Seis meses sem democracia para pôr tudo na ordem, em versão fast forward

 

Imagem: DN

Leio estupefacto que, durante não se sabe quanto tempo, Marcelo-Rei-Sol será o único a fiscalizar a acção governativa do governo desautorizado.

Com a anunciada dissolução do Parlamento, todos os caminhos políticos dos próximos meses passam por Belém. Marcelo fica sozinho na vigilância do sistema político: o Presidente passa a ser a única instância de controlo do poder legislativo e político do Governo, passa a ter a última palavra nos diplomas que ainda possam sair da Assembleia da República e até pode condicionar os calendários políticos, em particular dos partidos da direita em fase de eleições internas. Durante cerca de três meses ou um pouco mais, o comando é seu. [Público]

Em 2008, Manuel Ferreira Leite aventou se “não seria bom haver seis meses sem democracia” para pôr “tudo na ordem”. Elucidaram os tradutores das intenções que a então líder do PSD estava a ser irónica. Terá Marcelo-Rei-Sol levado a ideia a sério e, no seu estilo frenético, resolver pô-la em prática, não em seis, mas em “três meses ou um pouco mais”? Na altura, o PS não gostou da possibilidade. Gostará agora?

Já houve coisas a começarem assim. Prefiro não acreditar que acabemos num 24 de Abril. Porém, os indícios são preocupantes. E representam um péssimo sinal para a democracia, esteja esta opção prevista ou não na Constituição que Marcelo-Rei-Sol jurou defender.

Nota: António Costa jogou o seu trunfo da crise política quando a direita está desorganizada, numa possível jogada de ganho político.  Marcelo trocou-lhe as voltas, criando espaço para a direita para se organizar. Uma vez mais, o interesse partidário acima do interesse do país.

Energia, autarquias e comunidades

“Somos donos da nossa energia” é o lema da Coopérnico, que visa trazer energia renovável para mais perto dos cidadãos. Nesse sentido, vai publicar o guia “Comunidades de energia“ e realizar eventos sobre Co-criação de Comunidades de Energia em Portugal: o papel das autarquias

A Energy Cities, uma rede de mais de mil municípios europeus (incluindo vários em Portugal) cuja missão é apoiar o processo de transição climática nas cidades, e a Coopérnico CRL, a primeira cooperativa de energias renováveis em Portugal a comercializar eletricidade, irão publicar a tradução portuguesa do guia “Comunidades de energia: um guia prático” e, no contexto do seu lançamento, vão organizar a conferência e workshop “Co-criação de comunidades de energia em Portugal”. 

Podem inscrever-se aqui para o evento online, que se realiza a 3 de Novembro e para as sessões presenciais em Vila Nova de Gaia, que terão lugar no dia 17 de Novembro.

Se não gosta das boleias que o estado português deu e dá à EDP, informe-se sobre alternativas.

Comprovativo de transferência

Marcelo, amigo, obrigado, já entrou o dinheiro que me transferiste!

Bíblico

Milagre! Milagre! Milagre!

Caiu a “Geringonça” e muitos ressuscitaram. Eu creio na vida após a morte!

6 anos de delirante “método Betadine”

Vamos lá ver se entendem de uma vez por todas: raramente (raramente é um eufemismo) o Estado tem dinheiro próprio; os colossais recursos que “gere” (outro eufemismo, a palavra correcta seria “delapida”) resultam dos impostos, contribuições, taxas e “taxinhas” que somos coercivamente forçados a pagar; isto é, o tal “dinheiro do Estado” é produto de uma espécie de  “racketeering” em que, legalmente, se obriga o Contribuinte a pagar por uma protecção que depois pode ou não ocorrer (normalmente, não). 

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