Operações: da Rússia a Israel, passando pela África do Sul

Vai-se a ver o Rendeiro foi morto numa “operação militar”.

The Rui Rio conspiracy

Rui Rio ficou aborrecido com a detenção de Rendeiro. O timing não serve os seus interesses ou os do seu partido. Só lhe faltou dizer que foi tudo engendrado pelo PS, para completar o ramalhete. Presumo que a detenção de Manuel Pinho, ocorrida ontem, fará igualmente parte do plano eleitoralista do PS. Tal como o facto de Mario Lino, Paulo Campos e Teixeira dos Santos terem escapado à justiça pela via da prescrição. Uns safam-se, outros lixam-se, mas, na verdade, na disso importa: é tudo parte de um grande esquema para beneficiar o PS, mesmo quando o prejudica.

Claro que Rio é livre de fazer os números que quiser. Estamos a pouco mais de um mês das Legislativas que decidem o seu futuro político e, a bem da verdade, disparar parvoíces não é um exclusivo seu. No entanto, a forma como desprezou e menorizou o trabalho da PJ, destratando o papel da polícia portuguesa na detenção de Rendeiro, ficou-lhe muito mal. É óbvio que foi a polícia sul-africana que deteve Rendeiro. Nem poderia ser de outra maneira, ou não tivesse a detenção ocorrido em território sob sua jurisdição. Daí até reduzir a acção da PJ a nada, vai um longo e lamentável caminho.

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Goze-se o Rendeiro e que se foda o politicamente correcto

Existe uma certa aura de justiça divina, em torno da tanga nacional resultante daquela foto de João Rendeiro de pijama, como alegadamente foi apanhado pelas autoridades.

Porque gozou com os portugueses, que assaltou sem vergonha, e o karma, esse prostituto, é cego como a justiça deveria ser.

Porque enganou o país, enganou as autoridades, enganou os depositantes e investidores do BPP, enganou tudo e todos, sem nunca abdicar do tom trocista que exibia em entrevistas e no seu blogue. Caso para dizer: ri-te agora, ó palerma de pijama!

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Rendeiro e o empreendedorismo sociopata

A lata do bankster Rendeiro, em entrevista à CNN Portugal, a afirmar que só regressa ao país ilibado ou com um indulto, não surpreende ninguém. É o espelho da fina flor de uma oligarquia de delinquentes sociopatas, que abunda neste país e que se acha – e está – acima da lei e da plebe, depois de anos ao colo de conhecidos políticos e de alguma comunicação social. No caso de Rendeiro, amplamente elogiado pela imprensa económica durante anos, como se de um Horta Osório se tratasse, o grande colinho foi dado por Cavaco Silva, o português mais honesto de sempre, segundo o próprio Cavaco. Mas não foi o único. A dar colo ou a enfiar-se no bolso do criminoso foragido.

São todos muito empreendedores, grandes empresários e deuses do Olimpo da criação de postos de trabalho, mesmo quando não criam nenhum. Até ao dia em que o buraco se torna grande demais para tapar. Sorte a deles, têm sempre tempo para fazer muitos amigos, e um talento inato para o slalom debaixo de chuva. Nunca se molham e raramente vão dentro.

João Rendeiro e Cavaco Silva: uma pequena história com pouco interesse

João Rendeiro, o gangster financeiro do BPP que soma acusações e condenações, fugiu do país. Era expectável. Um criminoso condenado, a quem era permitido viajar sem limitações, foi dar um passeio a Inglaterra mas acabou por se escapulir para um país sem acordo de extradição com Portugal. Era interessante saber que juiz permitiu que viajasse para fora do país, com uma condenação que já transitou em julgado. Se fosse o juiz Ivo Rosa já se sabia, mas este deve ser dos bons e só se enganou desta vez. O gajo era capa das Exames da vida, em princípio era bom rapaz. Deve ter sido isso.
Importa clarificar que João Rendeiro, ao qual a imprensa habitualmente se refere como “banqueiro”, e só como “banqueiro”, é alguém que, noutra vida, circulou nos corredores do poder. Em 2006, João Rendeiro foi um dos principais financiadores da primeira campanha presidencial de Cavaco Silva, atribuindo aos político dos políticos o donativo máximo permitido por lei (22.482€), a par de personalidades tão distintas como Ricardo Salgado ou Oliveira e Costa. A fina flor da banca portuguesa, que sempre encheu as contas bancárias das campanhas de Cavaco.

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O silêncio também fala

A vida é feita de acasos.

A verdade da mentira – e variações em sol maior

Paródia liberal (imagem retirada dos confins da internet)

Antes de acusações de mentira, desonestidade e argumentos cheios de nada, vale mais cingir aos factos.

Aparentemente, ontem menti, num texto dirigido ao deputado único do Iniciativa Liberal, depois da sua triste figura na Comissão de Inquérito Parlamentar, enquanto questionava o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. Só que tenho de deixar escapar uma inconfidência: não menti.

De facto, João Cotrim Figueiredo foi CEO da PH (Privado Holding) durante 6 meses, em 2009. De facto, em 2008, o banco pediu 750 milhões de euros ao Estado, tendo recebido 450 milhões (sim, foi antes da entrada do CEO do IL, mas não vejo no que é que isso muda todos os outros os factos). De facto, João Cotrim Figueiredo era CEO do banco durante o processo de reestruturação. [Read more…]

Próximo dia 25 de Abril: É dia da Revolta!

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Fim da linha para João Rendeiro

BPP

Foto: Nuno Fox@Expresso

João Rendeiro, antigo presidente do BPP, outrora elogiadíssimo génio do private banking, foi hoje condenado a 5 anos e 8 meses de prisão efectiva pelo Tribunal da Relação de Lisboa, por crimes de falsidade informática e falsificação de documento, confirmando assim a condenação em primeira instância. Para a história fica mais um episódio de terrorismo financeiro, que vitimou contribuintes, depositantes e investidores, e um buraco que andará na ordem dos 900 milhões de euros. Acompanha-o Paulo Guichard, ex-administrador do banco, condenado a 4 anos e 8 meses. [Read more…]

O dinheiro não se evaporou

13 mil milhões estourados na banca não se hão-de ter sumido no nada. Onde estão? Ou melhor perguntando, o que está o MP a fazer para os encontrar?

Ainda veremos o exemplar Dias Loureiro ser elogiado pelo primeiro-ministro

joao rendeiro novo banco

Um absolvido  de burla qualificada no BPP foi convidado para comentar venda do Novo Banco aos chineses. (via)

Perdoa-me

Enquanto uns lutam por perdões de dívida, outros conseguem-no nos tribunais portugueses. Hoje foi a vez (outra vez) de João Rendeiro. A culpa continua a morrer solteira.

No país onde a culpa morre sempre solteira

banksters

O timing para a absolvição foi perfeito: o ciclone Jorge Jesus a levantar telhados na segunda circular, a FIFA a arder – e para apimentar a coisa parece que a ex-namorada de Cristiano Ronaldo é também ex-namorada de Sepp Blatter, grande cena –  PS e PSD/CDS-PP a esgrimir propaganda, e eis que no meio do caos mediático uma nova culpa se prepara para morrer solteira.

Afinal, e à semelhança de outros bons rapazes como Oliveira e Costa, Dias Loureiro ou Ricardo Salgado, também João Rendeiro e restante comitiva do BPP são inocentes relativamente às acusações de burla qualificada no caso Privado Financeiras. João Rendeiro nem sequer apareceu à leitura do acordão, estava fora do país, não era nada com ele. E se estivesse seria igual. Neste país, o banqueiro é sempre inocente e o povo é sempre sereno.

E por falar em pessoas inocentes, parece que o 44 vai ser transferido para domiciliária. Será que ainda vem a tempo das presidenciais?

Quantos bancos há em Portugal?

Já estamos a pagar três. Não há carteira que aguente.

Também alegadamente, no inferno só há santos

Juiz diz que queda do BPP se deveu à crise mundial
João Rendeiro foi esta semana absolvido de um processo em que era arguido como administrador do Banco Privado Português, posição através da qual controlava a Privado Financeiras, a financeira que desde 2004 detinha o próprio banco.
(…)
O processo crime da Privado Financeiras (PF), que neste momento está a ser julgado em Tribunal e no qual são arguidos Rendeiro, Fezas Vital e Guichard, acontece porque o BPP terá convencido clientes a apoiar um reforço de capital da PF, numa altura em que o veículo estava já deficitário, alterando alegadamente as contas. Este reforço nunca terá sido utilizado nas novas aplicações mas apenas para que se pudesse pagar dívidas à banca. [Económico]

Possivelmente até, o tribunal ainda vai concluir que a culpa da falência do BPP foi dos depositantes, porque, afinal, foram eles que lá meteram o dinheiro. Não tivessem esses maladros tirado o dinheiro do colchão para o meter no banco e não teria o pobre do Rendeiro caído na tentação do crime, perdão, não teria a crise mundial levado as poupanças.

Muitos Anos Depois

Muitos anos após Bernard Madoff condenado, um juiz de instrução português, Carlos Alexandre, emite o despacho de pronúncia dos arguidos João Rendeiro, Salvador Fezas Vital e Paulo Guichard. Fontes seguras garantem que também vão prá Ponte marchar que não há direito. A Constituição consagra o direito inalienável de um cidadão livre e injustiçado ir para um local autorizado arrancar do peito a angústia que o vare. Se quer ir para um local à revelia da lei e da razão, deus o guarde e proteja. Eu vou gritar do meu sofá: «Passos, Palhaço, País feito em pedaços!» «Corja Chupista, finou-se o teu alpista!».

Bancos falidos pagam milhões a advogados

Um processo como o da falência do BPP e BPN podia existir sem advogados ganhando 2,4 milhões de euros? e entre esses advogados poderia não haver ligações ao bloco central e ex-governantes com fartura? poder, podia, mas não era a mesma coisa.

Banqueiro e burlão?

Só pode ser engano.

A comédia humana

Luís Manuel Cunha

– “Convidamos p’ra você vir ver um jogo, estar presente num dos nossos jogos do Europeu, tá?”, disse Ronaldo dirigindo-se a Cavaco Silva. Ronaldo não passa de um labrego mimalho e cheio de dinheiro. Mas um labrego carregado de dinheiro não deixa de ser um labrego. “Obrigadinho”, respondeu Cavaco, agradecendo o convite. Estão bem um para o outro. Só que um, Ronaldo, tem milhões. Muitos milhões. O outro, Cavaco, vive “miseravelmente” de uma reforma de 10 mil euros que, disse, não lhe chegam para as despesas mensais. “Ditosa pátria que tais filhos tem”, citando Camões. Ironicamente, claro. Para mim, apenas o ranço da raça. Ambos.
Chama-se Varela. É jogador de futebol. Saiu do banco de suplentes. À primeira, desajeitadamente, não acertou na bola. À segunda, acertou na baliza e fez golo. Portugal venceu a Dinamarca. Escreveu Sílvio Cervan, que até já foi deputado do CDS: “A sorte impensável de um herói (…) É a gesta de um povo”! Pobre povo… cuja pátria se tornou uma equipa de futebol, escreveu Pacheco Pereira. Não posso estar mais de acordo. [Read more…]

Lapsus linguae e desejo de voltar ao passado

Comecei por achar que foi gafe mas agora convenço-me que a Lusa e demais comunicação social encontraram a solução para os problemas do país. Com efeito, ao chamarem “Plataforma de Voluntários Sócrates 2001” à acção de campanha de ontem, mostraram que sair deste buraco implica voltarmos 10 anos a trás, tempo em que

  • as SCUT e as PPP ainda não eram forma de fazer obra sem dinheiro (para os outros, que somos nós agora, pagarem);
  • não haviam sido feitos os estádios do Euro2004, que agora estão às moscas e para os quais até se defende a demolição de alguns, face à sua inutilidade;
  • ainda o BPN e o BPP ainda não tinham sido nacionalizados, com os enormes buracos financeiros a serem incorporados nas contas do Estado, sem que se perceba com que objectivo;
  • não tinham sido inventados os ajustes directos, ganhando os concursos quem apresentasse a melhor oferta (ou quem fizesse o melhor lobbying, mas os perdedores podiam apresentar reclamação e, mais cedo ou mais tarde, quem ganhava por cunha acabava denunciado);
  • a Educação ainda não tinha sido transformada em campo de chacina para se conseguir impor alguns cortes salariais;
  • a Justiça funcionava tão mal como hoje mas ainda gozava de alguma credibilidade.

Há 10 anos ainda o país tinha solução. O «pântano» já existia mas ainda anos e anos de governação socialista, com o interlúdio PSD, não o tinham transformado no pantanal.

PIB e despesa: 1997-2010

Estes dados merecem destaque

De acordo com o Público, citando dados do Ministério das Finanças, as revisões exigidas pelo Eurostat (que já vêm de 2007…) para o cálculo do défice de 2010 aumentaram o peso da dívida pública no PIB de 83,1 para 92,4 por cento.

  Impacto no défice Impacto na dívida externa em percentagem do PIB
Refer, Metro de Lisboa e o Metro do Porto:
793 milhões de euros
somaram 0,5 pontos percentuais  ao défice acréscimo de 6,9 pontos percentuais
BPN: 1.800 milhões de euros acrescentou 1 ponto percentual ao défice acréscimo de 2,2 pontos percentuais
Execução de garantias dadas pelo Estado ao BPP: 450 milhões de euros somaram mais 0,3 pontos percentuais ao défice acréscimo de 0,3 pontos percentuais
TOTAIS +1,8 pontos percentuais +9,4 pontos percentuais

 

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A face oculta da justiça

A escolha do título ‘face oculta’ é, de facto, um rasgo de rara sagacidade; diria mesmo um pensamento inspirado por iluminação divina. Com dois nomes apenas, aplicados ao complexo processo das sucatas, gravou-se de forma sintética e inextinguível a classificação genérica de tudo o que é trabalho de investigação do Ministério Público, quando há a presunção de envolvimento de políticos e gente ‘VIP’ do país. O autor do título mereceria um ‘Óscar’.  

Com efeito, nos casos em que pontificam suas excelências, a justiça portuguesa tem sempre uma face oculta. Por mais que o PGR e outros responsáveis do MP se desdobrem em declarações e entrevistas, o cerne e desfecho do processo terminam inevitavelmente na ocultação da única face que os cidadãos têm direito de conhecer, a verdade.

Hoje, segundo o anunciado por ‘PUBLICO’ e TVI, foram constituídos mais três arguidos, todos ligados à REN. Com este episódio, juntam-se no processo mais de 20 arguidos. Do grupo, lembre-se, fazem parte os políticos Armando Vara e José Penedos, o filho deste último e o sucateiro, Manuel Godinho. Este foi o único detido preventivamente.

O amontoar de arguidos e da complexidade processual, além das controvérsias no seio do MP, a que se juntam mediáticos sindicalistas, descamba na consabida morosidade e ineficácia das investigações. E no fim sucederá o trivial: a montanha parirá um rato – os gatos, ou melhor os tigres, esses ficarão protegidos e tratados com pitança de luxo, porque há que preservá-los do risco de extinção da espécie. Curiosamente, acho que deveria ser exterminada, mas, se calhar, é uma ideia politicamente incorrecta.

Umas últimas perguntas: que é feito do processo do BPN, de Oliveira e Costa, de Dias Loureiro e dos restantes envolvidos? E do caso BPP e de João Rendeiro e outros? Mesmo com a utilização de cerca 6.000 M de euros de dinheiros públicos, ouço uma voz remota mas firme a sentenciar: “Caluda!”.   

Assaltantes a Bancos – Prefere internos ou externos?

A comunicação social, com frequência, noticia assaltos ou fraudes em bancos – em termos práticos, apesar de julgamentos jurídico-legais em sentido diverso, assalto ou fraude são, na essência, apenas uma e a mesma coisa: apropriação indevida de fundos de instituições bancárias ou para-bancárias. Qualitativamente, o estatuto dos autores, ‘assaltantes’ ou ‘fraudadores’ é para mim despiciendo. Difere apenas na forma da execução utilizada – no primeiro caso, haverá coacção e/ou violência física e, no segundo, as violações são cometidas através de registos em papéis e digitalizações informáticas.

Na senda de notícias do género, a edição de ontem do Correio da Manhã dava conta de uma fraude de cerca de três milhões de euros na Associação Mutualista Montepio Comercial e Industrial, ou seja, no grupo daquilo que o cidadão comum conhece como Montepio Geral (MG). O fraudador, José Manuel Santos Bailhote, já faleceu e, ainda segundo o CM, o Ministério Púbico (MP), através do DIAP, já está a proceder a investigações. Lá vamos assistir à procissão de promessas do costume por parte do Senhor PGR, ou de alguém por ele, de que o processo está em fase de investigação de causas e responsáveis; o principal destes, lembro, já está morto. [Read more…]

BPP – 600 milhões foram à vida!

Primeiro eram 300 milhões de euros agora já vai nos 600 milhões. Lembram-se que a massa que lá entrou depois das tropelias do Rendeiro foi garantida pelo Estado, o mesmo que nos vem agora ao bolso aumentando os impostos? Pois é, quem paga é cá ” a malta” a tal que não pagaria mais impostos, segundo esse grande estadista que dá pelo nome de José Sócrates!

Os accionistas, que achavam que podiam receber o dobro de taxa de juro, andam agora de candeias às avessas a mover acções em tribunal contra o João Rendeiro  que jura, sem se rir, que vai pedir uma indemnização ao Estado! E o mais certo é ganhar ou pelo menos ficar com um trunfo para a troca. Eu deixo cair a acção e tu pagas! Mas o Diogo Vaz Guedes que tinha lá muita massa, vai processar não só o Rendeiro, mas também o Estado, o Banco de Portugal,, auditorias e a actual gestão do BPP!

E porquê? perguntarão vocemecês. Porque as suas propostas de viabilizar o banco não foram aceites!

Faltam 433 dias para o Fim do Mundo…

Ontem partiu Rosa Lobato Faria e com ela uma certa forma de televisão do final dos anos oitenta. Paz à sua Alma. Uma Senhora. Simpática, inteligente  e que não precisava de dar ares de uma qualquer superioridade, antes pelo contrário, cultivava uma simplicidade própria dos seres superiores.

Estamos mesmo a assistir ao princípio do fim de um ciclo político em Portugal. Quando Lacão e Teixeira dos Santos já não conseguem disfarçar em público as suas divergências privadas; quando o Primeiro-ministro manda recados de ameaça de demissão e o Governo anda entretido a perseguir jornalistas, só podemos estar em fim de festa.

E hoje a imprensa, neste caso o Público, acordaram para algo que todos nós, sobretudo os que conhecem o Interior do país estamos fartos de saber: o Povo foge desta latrina mal frequentada, utilizando uma expressão dos Mão Morta. E só pode fugir, num Portugal centralista onde se ajuda as grandes fortunas a salvar-se no BPP à custa dos contribuintes e se deixam cair os pequenos aforradores, de tal forma chocante e gritante que até um tipo de direita como eu, começa a ficar com os mais primários instintos de esquerda radical.

Pelo menos o FCP para nos dar uma alegria nesta caminhada para o Fim do Mundo…

Dê-lhes com a pá de trolha, sr. ministro!

Andam revoltados, os clientes do BPP, porque o Estado não lhes garante as fortunas que livremente depositaram no Banco. Agora, atiram-se ao Governo porque não lhes garante mais do que 50 mil contos. Veja-se lá que ninharia! Hoje, junto do ministro Teixeira dos Santos, fizeram-se ouvir.
Não ligue, sr. ministro, não ligue. E olhe: dê-lhes com a pá de trolha de Serralves, que é disso que eles estão a precisar.

Faltam 434 dias para o fim do Mundo…

O caso desesperado dos clientes do BPP é um escândalo que, típico da nossa inveja, passa ao lado da esmagadora maioria dos portugueses. Aliás, o sentimento dominante é “eles são ricos, que se entendam”. Estamos a falar, na esmagadora maioria dos casos, das poupanças de uma vida de trabalho de gente séria e honesta. Sim, os ricos que o povão despreza, esses, trataram de vida a tempo e horas com o nosso dinheiro, safando-se, à tangente, de ficar sem o graveto que tinham no BPP através da intervenção do Estado – intervenção essa que serviu, apenas e só, para resolver o problema a meia dúzia de “amigos”. (Declaração de interesses: não conheço nenhum dos lesados nem fui/sou cliente desse banco. Felizmente!).

Outra matéria que o povão adora é as pensões dos políticos. Outra escandaleira das grandes mas tratada pela imprensa de forma grosseira. Não são os políticos, são meia dúzia de tratantes que, entre outras coisas, são ou foram políticos. Isto de generalizar dá audiências mas cria injustiças como a dos clientes do BPP.

Entretanto, hoje é 31 de Janeiro e começaram as comemorações do centenário da República. Se é verdade que os jornais falam do tema, não o é menos que o tratam aos olhos da intriga política actual: Os eventuais recados de Cavaco ao Governo, os estados de alma de Manuel Alegre.

Após "Face Oculta " o país nunca mais será o mesmo

Afinal tambem temos um primo de José Sócrates na parte oculta das empresas do Estado. Com o tio e os primos do Freeport agora temos uma prima casada com um administrador apanhado nas escutas.

 

Entretanto, há diversas obras públicas na esfera da Estradas de Portugal, violentamente criticadas pelo tribunal de Contas. As empresas privadas são as  do poderoso "lóbby" do betão, que avançaram com as obras sem visto do TC, havia que mostrar trabalho antes das eleições. Quanto custa ? Ninguem sabe!  O que se sabe é que as condições do processo "contentores de Alcântara" foram alargados para estes contratos das autoestradas, se não forem lucrativos paga o Estado. Isto é, o risco por conta do Estado!

 

O Presidente da República, na inauguração de mais uma fábrica de celulose/ papel ali em setúbal, torna a chamar a atenção para a evidência que só Sócrates e estas redes tentaculares fazem de conta não perceberem. Os megainvestimentos são um crime nacional nas presentes condições, há uma dívida externa colossal, a despesa pública já ultrapassa os 50% d0 PIB.

 

Mérito haveria se as Pequenas e Médias Empresas, de bens transaccionáveis e exportáveis, fossem fortemente apoiadas, substituindo importações, criando postos de trabalho douradoiros e não trabalhos por cinco anos, com um custo elevadíssimo, que só os pobres estão dispostos a pagar. Grande parte dos investimentos são importados, agravando a dívida e criando postos de trabalho,isso sim, na Alemanha e na Holanda.

 

Estará Sócrates a preparar o após governação, agradando aos colegas europeus poderosos que definem "quem é quem " na UE ?

 

Entretanto, os muitos mil milhões de euros metidos no BPN patinam, ninguem está disposto a pagar a ladroagem , compram pelo preço de mercado não pelos prejuízos acumulados.

O BPP entrou em hibernação a ver se passa e o BCP lá anda com o dinheirinho da Caixa Geral de Depósitos e com os administradores muito propositadamente transferidos.

 

O Freeport era uma campanha pessoal, e agora a "Face Oculta" com todas estas empresas e estes socialistas, também é pessoal?