Nem Putin, Nem Nato: Paz na Ucrânia!

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Lutar contra a guerra na Ucrânia e exigir a retirada imediata da Rússia é urgente, como é urgente fazer esse combate ao lado de quem também cerra fileiras contra o colonialismo e o imperialismo, do Iraque ao Afeganistão, da Palestina ao Iémen, ao lado de todos os povos que se vejam a braços com uma guerra de ocupação. Participa!

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Podemos argumentar como quisermos, mas o facto é que a invasão russa da Ucrânia tem muito pouco a ver com ideologia. Tem mais a ver com uma formulação geopolítica, mesmo que grosseira.
    Para além dos propósitos que o Presidente Vladimir Putin apresentou como razões para a intervenção, nomeadamente a protecção das minorias russas e a “desnazificação” da Ucrânia, há um imperativo: proteger o território russo de possíveis perigos externos, neste caso a Organização do Tratado de Atlântico Norte (OTAN).
    É essa necessidade que tem impulsionado a política russa desde os tempos medievais, quando principados russos ou cidades-estados entraram em confronto com os Cavaleiros Teutónicos, na Polónia, Suécia e Finlândia, expandindo-se para a região dos Urais e depois para a Ásia, até ao Pacífico. Num feito que os levou a absorver grupos étnicos, regiões e nacionalidades que haviam sido independentes, semi-independentes ou submetidas aos impérios turco e iraniano.
    Assim, a Rússia tornou-se historicamente um Estado multinacional, multiétnico e multiconfessional, mas sempre autoritário e com um imperativo: a segurança do núcleo russo e de suas fronteiras, o que do ponto de vista de Moscovo só é possível se mantiver na sua política geo estratégica, influência sobre os países vizinhos.
    Isso passou-se com os Czares, com o Politburo do Partido Comunista Soviético, na antiga URSS, e agora com a presidência de Putin.
    Essa foi a motivação para a guerra com a Finlândia em 1939 e a posição de neutralidade que os finlandeses tiveram que adotar para manter sua independência após a Segunda Guerra Mundial; essa é, em grande parte, a razão da neutralidade da Suécia.
    Essa foi, até certo ponto, a razão do Pacto de Varsóvia.
    E essa preocupação, causada pela invasão da Ucrânia, é o motivo pelo qual ambos os países e alguns outros da região consideram a possibilidade de ingressar na OTAN.
    Assim, seria um erro ver a invasão da Ucrânia como um assunto estritamente pessoal ou nostálgico para o presidente russo. Há, de facto, toda uma escola de pensamento por detrás disto.
    “Estamos a viver as últimas horas da Ucrânia como a conhecemos há 30 anos. No seu lugar nascerá um país que Moscovo considerará amigável e leal, desprovido de ideologia nacionalista e em relações completamente diferentes com o Ocidente”, disse Dmitry Suslov, Director do Centro de Estudos Europeus e Internacionais, da Escola Superior de Economia de
    Moscovo, ao jornal italiano Corriere della Sera.
    A questão, a partir dessa posição, não é tanto se a Ucrânia faz ou não parte de uma aliança Ocidental que a Rússia considera hostil, mas sim negar-lhe a possibilidade de ser assim.
    Essa formulação já levou em 2008 à guerra contra a Geórgia, onde a Rússia apoiou minorias separatistas nas agora repúblicas da Abkazia e da Ossétia do Sul.
    Socialismo? Proteção de minorias? Desnazificação?
    Nada disso. Apenas a visão russa da sua segurança.

    • Nascimento says:

      Nem mais. Certeiro. Só faltou a referência ao bêbado! As humilhantes figuras que fazia para deleite de toda a imprensa e da democrática e mui liberal EU. Bons tempos !Pois é…

  2. Júlio Santos says:

    Sim, nem Putim nem Nato, mas foi Putim que invadiu a Ucrânia, pais soberano, para lhe impor a sua ideologia.