RESISTÊNCIA

Vemos muita gente a fugir da Ucrânia. É natural e os números tenderão a aumentar com o agravamento do conflito.

Vê-se também gente dirigindo-se para a Ucrânia, voluntariando-se para acções de defesa. Boa parte são emigrantes ucranianos residindo noutros países que se sentem motivados a defender a sua terra e os seus familiares. Outros, porém, são estrangeiros que se propõem lutar contra uma injustiça que acham gritante.

Haverá, entre todos eles, militaristas nostálgicos e românticos da guerra que gostam do cheiro da pólvora, de camuflados e de cenários de destruição. Serão, suponho, uma minoria.

Muitas destas pessoas são apenas gente corajosa, com o coração no lugar certo e grande generosidade. Não se lhes pode, em bom rigor, chamar belicistas nem pacifistas, mas vão para a guerra almejando a paz. Uma paz que não seja podre.

Ver a nossa Esquerda a citar o tio Kissinger…

…era a última coisa que eu esperava ver em vida. Um dia não são dias e se é para o citar, nada como este belo exemplo:

Henry Kissinger, o todo-poderoso chefe da diplomacia norte-americana em 74 e 75, com Nixon e Gerald Ford, ficou famoso pela sua teoria da «vacina». Se Portugal caísse nas mãos dos comunistas – uma «Cuba» no Velho Continente – isso serviria de exemplo, evitando que outros países do Sul da Europa (Espanha e Grécia) seguissem o mesmo caminho…

Não deve ser o mesmo. É um primo. Pela certa. Não falta muito e citam o Ventura…

Pausa

Está na altura de parar um pouco, só uns minutos bastam, e rever o que se tem passado, o que temos sentido e o que temos feito. Conheço minimamente a humanidade e mesmo confessando a minha surpresa por esta reacção tão global e muito mais enérgica que o expectável, sei que esta vontade tenderá a abrandar com o decorrer do tempo.

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Mas então não era por causa da NATO???

Putin diz que ucranianos e russos são “um povo só” e acusa Ucrânia de fazer “lavagem cerebral” à população 

 

A posição do PC relativamente à invasão da Ucrânia

Por respeito à verdade e contra trauliteiros que enviesam informação, que mandam calar a voz mesmo daqueles contra quem estamos, que aceita a desinformação instalada nos órgãos de comunicação social, peço apenas, a quem estiver interessado, que ouça João Ferreira e depois, sim, tome em liberdade a sua posição.

Isto da chalupice dá mesmo para os dois lados…

Cada um tem o Pedro Lagrifa que merece.

PCP 2008 (ou como isto não começou na semana passada)

O Império do Mal ou a falta de noção

No meio de toda esta tragédia que está a acontecer aos ucranianos ressurgiu uma discussão nas redes sociais e no comentário televisivo sobre a Europa, os Estados Unidos e o mundo ocidental em geral. Uma discussão extremada e onde os diferentes beligerantes vão usando artilharia diversa. Nalguns casos já recuaram séculos de história.

Contudo, existe uma realidade. Uma espécie de elefante na sala que complica um pouco a discussão. Será o ocidente aquela coisa estranha aparentada de império do mal que alguns bradam? Pode ser. Só existe um problema. Incómodo para esta narrativa. Vamos aos factos presentes e passados:

Ontem cerca de 2000 migrantes entraram a salto na Europa pedindo asilo a Espanha. Ao longo dos últimos anos são centenas de milhar de habitantes do continente africano a fugir para a Europa. E centenas de milhar da Ásia e de outros pontos do planeta. Ao mesmo tempo, nessa espécie de paraíso na terra que é a América Latina, central e do sul para muitos daqueles que apelidam o ocidente de ser esse tal império do mal, são às centenas de milhar a fugir para os Estados Unidos e o Canadá. Estranho, não?

Depois temos outro caso verdadeiramente estranho: não se vê nenhum país a pedir para aderir à Federação Russa mas são inúmeros, nesta geografia onde vivemos, a pedir para aderir à União Europeia e até à Nato. E, podendo, fogem a sete pés para dentro das fronteiras da UE. Que coisa mais estranha, não?

Mas vamos agora analisar a esmagadora maioria daqueles que tanto ódio destilam sobre o mundo ocidental vivendo comodamente e em liberdade nele. É rapaziada que ou escreve num Mac ou num iPhone ou num Samsung e quando não o faz, procura ganhar uns cobres para o fazer (mesmo que neste ponto os chineses estejam a dar cartas, eu por exemplo estou a escrever num Xiaomi e o Xi deve saber a minha vidinha toda, ele e o Zucker). Destilam ódio ao ocidente onde vivem enquanto comem um hambúrguer num qualquer franchising ocidental. Ou cozinham nos seus microondas umas coisas vegan e sem glúten acompanhado de um leite de soja. E depois, falando de coisas mais sérias, ignoram (ou fazem de conta) a forma como as mulheres são tratadas nesses paradisíacos países ou o tratamento dado às comunidades LGBT ou à malta que bebe uns finos ou fuma umas “brocas”.

É tudo muito bonito mas cantado. É tudo muito estilo discurso “miss universo” mas experimentarem ir viver para esses países, “tá quieto”…

Significa tudo isto que não existe, igualmente, muita hipocrisia do outro lado? Existe, então não. Ainda ontem não andavam de beijos na boca a vários dos oligarcas russos? Andavam. Então não há guerras na Síria, na Palestina, no Iémen e por aí fora? Há. E a China? É verdade. Mas eu, cá está, prefiro viver aqui e lutar para que os nossos líderes ocidentais sejam melhores e mais capazes, com o direito que tenho de votar, com a liberdade que tenho de, por exemplo, escrever isto. Com a liberdade conquistada pelas nossas mulheres e pelas nossas comunidades LGBT. E não troco. É a velha rábula dos nossos filhos da puta. Estes, por acaso, não me matam por escrever isto. Como não matam os meus amigos gay por o serem nem condenam a prisão perpétua qualquer pessoa que não siga o seu modo de vida. Prefiro, mesmo tendo que levar com alguns hipócritas e outros tantos corruptos.

Sobre os milhões que o comunismo português assassinou, ocultados com a cumplicidade do sistema

A purga cirurgicamente orquestrada pelos luso-McCarthys do Twitter, com a qual se pretende usar a guerra na Ucrânia para manipular emocionalmente tantos quantos for possível, para, de seguida, culpar o PCP pela morte de todos os ucranianos, atingiu ontem um novo patamar. Terminada a fase da disseminação de ódio primário, entramos agora na fase do delírio em Las Vegas.

Segundo este utilizador do Twitter, o PCP terá assassinado 30 milhões de pessoas, o que levanta uma questão fundamental, que exige resposta imediata: se a totalidade da população portuguesa foi assassinada três vezes, quem somos nós? Espanhóis? Soviéticos? Oompa Loompas? Cyborgs? Um grande enigma…

Parabéns, luso-McCarthys, nem o Putin se lembraria de tal coisa. Cambridge Analytica 4life.

Oligarca bom, oligarca mau

Ainda sou do tempo em que Salgado, e outros como ele, patrocinavam tudo e todos. Ds selecção nacional de futebol às férias na neve de José Gomes Ferreira e Paulo Ferreira, entre outros jornalistas acima de qualquer suspeita, o dinheiro do oligarca de Cascais chegava a todo o lado. E se alguém ousava falar sobre as muitas suspeitas dos muitos crimes que há anos sobre ele pendiam, sempre surgia alguém a mandá-los calar, porque davam emprego a muita a gente e o que nós precisávamos era de mais uns quantos iguais.

Depois, começaram a cair em desgraça, uns atrás dos outros, e já ninguém se lembrava dos empregos, das mesadas, das capas da Exame com os CEOs do ano, do mecenato e da filantropia que paga com benefícios fiscais. Já ninguém era amigo deles. Acontece agora o mesmo com os oligarcas russos. E, suspeito, virá o tempo em que os seus congéneres chineses, que hoje controlam meio país, também cairão em desgraça. E a jihad do mercado livre, que lhes fez juras de amor num anexo da sede do Partido Comunista Chinês, garantirá que nunca se envolveu com tão má rês. E os senhores da narrativa, aqueles que controlam, de facto, os órgãos de comunicação social, cá estarão para garantir que tudo se desenrolará de acordo com o plano.

Os luso-McCarthys, o PCP (e o BE) e dinheiro sujo dos oligarcas

Lembram-se da luta dos luso-McCarthys, que, durante anos, combateram a crescente influência de oligarcas russos, chineses, angolanos e de outras nacionalidades na economia portuguesa?

Pois não, não lembram. Não lembram porque nunca aconteceu. Estavam ocupados a garantir o seu quinhão de dinheiro sujo, extorquido a milhões de pessoas oprimidas por governos totalitários, a quem vendemos grupos de comunicação social, empresas, mansões e nacionalidade através do branqueador preferido das elites capitalistas: o Visto Gold.

Então, o que mudou?

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Uma pausa para bola, pode ser?

Ontem foi dia de Sporting vs FC Porto. E a coisa começou antes. Mal o FC Porto chegou a Lisboa, em pleno Aeroporto começou a palhaçada. Uma qualquer alma exigiu que fosse feita uma medição da temperatura a toda a comitiva. Valeu a intervenção da polícia – e já agora, o Francisco J. Marques caladinho era um poeta…

Mais tarde, durante a madrugada, um bando decidiu antecipar os festejos de Santo António junto ao Hotel do Porto e toca a lançar foguetes e petardos. Depois, mal o jogo começou, a claque do Sporting decidiu que afinal além do Santo António, toca a festejar também o São João e entraram as tochas em acção. Para a seguir, bolas de golfe. Já o jogo tinha terminado e “bora lá” agredir um jornalista da SporTV.

Isto tudo com realização e produção dos adeptos do clube dos viscondes, aquele clube que gosta de afirmar que os outros são uns arruaceiros e eles uns meninos de coro. Não, não são. Nada os distingue dos mesmos meninos do Benfica ou do Porto. Nada. Como nada distingue o Conde das Forças Armadas da restante tribo de dirigentes da bola. Um hipócrita. Agora, comparem quando o mesmo tipo de atitudes são levadas a cabo pelos meninos do FC Porto. Comparem.

Bem, quanto ao que interessa, o futebol, o FC Porto ofereceu dois manjericos ao Sporting. O que se justifica tal a vontade de festejar os santos populares demonstrada pelos adeptos do clube adversário. E por hoje já chega….salvo seja.