Isto da história e estórias na política portuguesa é um belo boomerang. Por exemplo, em 2014 o PCP votou na Assembleia da República contra a condenação do regime comunista da Coreia do Norte que tinha como base um relatório da ONU contestado pelos comunistas, que acusava o regime norte-coreano de “cometer violações sistemáticas, duradouras e graves” dos direitos humanos. Por sua vez, em 2003, o militante do PCP Bernardino Soares explicava, sem se rir, que a Coreia do Norte era uma democracia. Já agora, sobre o PCP e a Coreia, nada como um link isento….
Em 2019, o PCP ficou isolado ao condenar o governo pelo reconhecimento de Guaidó (Venezuela). Mas “esta não é a primeira vez que a posição dos comunistas gera controvérsia: votaram contra a condenação dos bombardeamentos e ataques químicos de Assad na Síria e dos “crimes contra a humanidade” do regime norte-coreano”, podemos ler nos jornais da altura. Já sobre a Rússia, já por aqui se falou o suficiente para não me repetir.
Claro que está que quando falamos da Venezuela, o PCP não anda nisto sozinho. Além do referido Paulo Portas que não andou apenas de braço dado com os oligarcas russos mas também com Chavez e Maduro, o Bloco andou sempre aos ziguezagues nesta matéria…
Seja na Coreia, Venezuela ou noutros pontos do globo, nestas coisas, do CDS ao PCP passando pelo Bloco, PS ou PSD o que não faltam são cambetas. Ou, como muito bem definiu o camarada e visionário Arnaldo Matos, isto é tudo um putedo…
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