Era o mercado a funcionar, estúpido!

Em 2017, a petrolífera Exxon foi multada em 2 milhões de dólares, por violar as sanções impostas por Washington a Moscovo.

O CEO da empresa, à data dos factos, era Rex Tillerson. Acontece que, à data da multa passada pelo Tesouro norte-americano, Tillerson já não dirigia a Exxon. Era o Secretário de Estado dos Estados Unidos. Under Donald Trump.

Os factos remontam a 2014. Dizem respeito a sanções aplicadas pelos EUA à Federação Russa, no contexto da ocupação da Crimeia e da queda do voo da Malasyan Airlines. Sanções que a Exxon violou aquando da joint venture com a Rosneft no mar de Kara.

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O meu Tom Tom, a Direita e as Direitas

O surgimento do Chega envergonha a minha direita. Sempre soubemos que eles “andavam por aí”, nalgumas conversas de café, no átrio de algumas empresas, nos corredores de algumas universidades. Com o Chega perderam a vergonha. Aliás, para ser justo, com as redes sociais perderam a vergonha e com o Ventura fizeram matilha. A minha direita sempre temeu que esta malta saísse da caverna. E porquê? O meu velhinho Tom Tom já vai explicar.

A minha direita, defensora dos três pilares fundamentais da sociedade (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) sabia que, com o surgir do Chega, outras direitas aproveitariam para atiçar a matilha e colocarem os gajos das cavernas a fazer aquilo que eles não queriam fazer/dizer e, com isso, como bem me avisou o meu Tom Tom, servirem de ponto de defesa para uma outra esquerda continuar a ser aquilo que sempre foi. A minha direita não precisa de comparar o Chega com o PCP. A minha direita sabe muito bem o que historicamente as ideias do Chega representam. Tal como sabe muitíssimo bem o que historicamente representa o comunismo internacional em geral e o PCP em particular.

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GPS: da esquerda para a direita

O Chega, nos últimos anos, foi um desbloqueador de alguma continência a que a direita se sentiu forçada durante alguns anos. Dito de outra maneira: alguma direita perdeu a vergonha e voltou a sentir o odor do 25 de Novembro, porque a direita adora o cheiro a extinção de esquerda pela manhã.

Muita dessa direita, alegadamente defensora da democracia, começou a aproveitar as críticas ao Chega para dizer que os extremos se tocam e que, portanto, o PCP ou o Bloco, por exemplo, eram tão maus como o partido de André Ventura, porque defendem ditaduras ou porque ser de esquerda é ser inevitavelmente defensor de ditaduras.

Algumas pessoas de esquerda ainda têm tentado explicar que há um espectro democrático que inclui partidos de direita, mas não o Chega, mesmo sabendo-se que esta espécie de partido é mais uma jogada populista do que uma agremiação ideologicamente consistente. A verdade, no entanto, é que a quantidade de nazis e de fascistas assumidos torna a subida do Chega preocupante. [Read more…]

Rui Pedro Braz – de cartilheiro a suspenso foi um pulo

Este senhor chama-se Rui Pedro Braz. Andou pelas televisões como “comentador independente” mesmo quando muitos diziam que ele não era independente, era um cartilheiro do Benfica. Entretanto, deixou de ser comentador e foi para…….exacto, dirigente do Benfica.

Enquanto andou pelas televisões criticava, violentamente, o que se passava nos bancos de suplementes de todos os clubes. De todos? Bem, quase todos. Ora, a personagem em causa foi hoje condenado a 23 dias de suspensão. E porquê? Porque na qualidade de dirigente do Benfica e estando sentado no banco, proferiu as seguintes declarações:

“É uma vergonha caralho. És um filho da p. caralho!” Após o final do jogo, quando a equipa de arbitragem se dirigia para o balneário, Braz disse: “És uma vergonha, não olhes para mim que eu não tenho medo! Vai para o caralho!”

A piada faz-se sozinha….

Os velhos colaboracionistas franceses voltaram….

A Renault, a exemplo da Nestlé*, a manter uma velha tradição nacional colaboracionista. Anda Macron pelos palcos internacionais a bradar contra Putin e no segredo dos gabinetes do capitalismo selvagem business as usual…. hipócritas do caralho.

*Sim, erro meu, a Nestlé não é francesa. De todo o modo, aqui ficam outras empresas (palmado ao nosso Carlos Osório) que, tal como a Renault, continuam na Rússia: Leroy Merlin, Danone, Auchan ou Decathlon.