Alexandre Guerreiro, o Rublo, parte 2

Depois de o termos visto a passear pela Rússia (quem será que pagou?) debitando certezas rapidamente desmentidas e de o termos visto a comentar tudo e um par de botas, chegou a hora de o Aventar conhecer o especialista militar Alexandre Guerreiro e, além disso, o Alexandre Pravda Guerreiro, A Fonte. Realmente, este senhor é um artista:

A evacuação do Cristo de Lviv

Em tempos de guerra, tudo se faz para proteger as verdadeiras vítimas, a primeira e maior de todas as prioridades, pelo menos do lado agredido. E sempre que possível, protegem-se também as relíquias de valor inestimável, arte ou conhecimento. Na imagem vemos a estátua de Jesus Cristo da Catedral Arménia de Lviv, a ser transportada para um bunker. A última vez que tal aconteceu – se é que aconteceu mais alguma – foi durante a Segunda Guerra Mundial. Premonitório. Triste e assustadoramente premonitório.

Porque a hipocrisia não é….

…. um exclusivo das forças pró Putin que temos por , também é fundamental denunciar estes verdadeiros criminosos de guerra.

Alegadamente…

…. um grupo de entusiastas de Vladimir Putin estão reunidos em Lisboa. Assim se vê a força da democracia portuguesa: sejam chalupas de extrema direita ou chalupas de extrema esquerda, a todos o direito de reunião e manifestação.

PCP: João Ferreira, és tu?

“Após a invasão da Polónia pela URSS, na sequência do Pacto com Hitler, o PCP deu esta “explicação” aos seus militantes. Afinal nada do que todos viram suceder tinha acontecido – de acordo com a visão afunilada dos estalinistas de 1939. Tal como hoje. Tanta atualidade 83 anos depois…”, Carlos Abreu Amorim, Facebook, Março de 2022.
O documento foi originalmente publicado por Maria José Oliveira (Journalist; researcher (@ihc_fcsh
, @hah_africa @osomeafuria); History Phd cand.@nova_fcsh & @uniovi_info; Book: WWI port. POWS; Dickens & George Eliot addict)

Do nojo

Quando há uns meses escalou, de novo, a guerra na Palestina, com a agressão israelita a ser, novamente, de uma violência inqualificável, aqueles que pediam o boicote à economia de Israel, devo lembrar-vos, foram apelidados de anti-semitas.

Há uns meses, pedir o boicote à economia de um país agressor, instalado em regime de Apartheid noutro país soberano, que lança Rockets todos os dias por sobre civis, que mata velhos, mulheres e crianças, indiscriminadamente, era, se bem vos lembro, “anti-semitismo”. Óbvio que não era, mas foi a desculpa que alguns de vocês arranjaram, sem se aperceberem que anti-semitas são vocês.

Era só para vos lembrar do vosso duplo critério e da vossa total falta de noção. Bom Domingo.

Uma crise humanitária sem precedentes – O Equilíbrio do Terror #12

Ouço na rádio que vem aí uma crise humanitária sem precedentes, nunca antes vista. Sorte a nossa, o Iémen não existe, não é real. Tal como não são reais os 14,5 milhões de iemenitas que passam fome, os 20 milhões a precisar de ajuda humanitária urgente e os 377 mil mortos, desde que o conflito começou, em 2014. Sim, eu sei, não passa no telejornal. Não há edifícios iluminados com a bandeira do Iémen, grandes recolhas de donativos ou manifestações com jotas abraçados em frente à embaixada da Arábia Saudita. Mas está a acontecer e 70% das vítimas mortais são crianças. 264 mil crianças, levada pela guerra, pela fome ou pela doença, que nunca souberam o que é ser criança e que não nos merecem o mínimo esforço voluntário ou indignação.

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Alemanha VS Rússia: incidente diplomático na África do Sul

Não, não é montagem. A embaixada russa na África do Sul fez mesmo um tweet em que agradece o apoio de “um grande número” – e que grande número este é – de indivíduos e organizações sul-africanas, na sua luta contra o “nazismo” na Ucrânia. E a embaixada alemã no país respondeu mesmo com outro tweet, acusando os russos de cinismo e de chacinar crianças, mulheres e homens em proveito próprio, sob o falso pretexto de lutar contra o nazismo. O tom continua a subir e esta Alemanha não parece, de todo, a Alemanha a que nos habituamos nos últimos anos. Agora que já “não precisa” do gás russo, agora que já nem o Schalke 04 precisa do petro-rublos da Gazprom, os tempos de vassalagem ao Kremlin serão apenas uma recordação do passado. Por enquanto…

Já agora, “combater o nazismo na Ucrânia” é tradução directa para russo do americanismo “armas de destruição maciça no Iraque”. As ideologias mudam, mas o modus operandi é o mesmo.