Não temos escapa

2,7 milhões de euros para aqueles que a ministra Maria do Céu Antunes tão carinhosamente sempre denomina de “nossos agricultores”, ou seja, para as absurdas culturas intensivas de regadio. É a tal coisa: gastos públicos, lucros privados. Com um descaramento emproado, é o sector privado – o tal que tanto se revolta contra os impostos e anseia minimizar o estado – o que mais alto grita e estende a mão quando há crise. E os lobbies funcionam às mil maravilhas com este governo sedento de investimento à custa dos cidadãos e do futuro do planeta.

 

Comments

  1. JgMenos says:

    Nada de intensidade!
    Come-se demais neste país.
    Salvemos o planeta pela via do racionamento.

    Quanto a devolver impostos a quem gera as condições de os obter…NUNCA!

    • POIS! says:

      Pois fico mais descansado!

      Os “mercados” continuam a funcionar como é preceito. A “mãozinha invisível” está presente, mas desta vez para “devolver impostos”.

      Oxalá tenha mais sucesso aqui do que noutros locais. Tem-se fartado de esbofetear os tipos que encontra a concertar preços mas aquilo só lhes faz cócegas.

      E que ninguém chame aos “CAPados” “subsídio-dependentes”! Isso é para aqueles ricalhaços que vivem em acampamentos e circulam de jipões topo de gama. Isto é gente de trabalho, gajos de bogodaço que, às vezes, até calçam botas e tudo!

      O termo adequado aqui é “tributodevolvido-dependentes”.

      Embora o povinho, lá na minha terrinha tenha um ditado muito curioso sobre esta coisa. Reza assim:

      “quem impostos não paga e devolução obtém, de algum outro lado lhe vem”.

      Diz o povinho. Lá na minha terrinha. Muito sábio é o povinho.

  2. Joana Quelhas says:

    A Aninhas finge não saber que o dinheiro dos subsídios foi obtido por cobrança coerciva ao povão. Ao povão que não pode frequentar os restaurantes VEGAN que a Aninhas pode.
    Para a Aninhas é incompreensível que o povão precise da agricultura “intensiva” . Ela não sabe que o povão não tem subsídios chorudos como uma ONG, mas ao contrario paga os subsídios chorudos das ONG`s.

    Aninhas detesta o povão, por não ser como ela idealiza que devia ser um povão.
    Então na penumbra , à socapa, armada de boas intensões anda a sabotar tudo o que permite ao povão viver melhor, claro que com as melhores intensões – SALVAR O PLANETA – nunca por menos.
    É até capaz de se sentir útil !
    As ONG’s que a Aninhas gosta , são um forte lobby que mama nas tetas do estado (ou seja suga o dinheiro cobrado ao povão que ela detesta e jura defender na medida que esse povão sega os seus ditames).
    Mas a Aninhas pensa que quando algum desse dinheiro é devolvido indirectamente ao povão para a agricultura … é um roubo !!!
    Se a Aninhas tivesse de trabalhar a sério para sobreviver como o povão, logo mudava de ideário.
    Enfim…

    Joana Quelhas

    NB: A agricultura intensiva não causa qualquer mal ao planeta (causa tanto como outra qualquer actividade agrícola) . O problema é que é uma técnica que permite gerar abundancia, logo bem estar para todos por produzir alimentos baratos. Por isto e só por isto se tornou um alvo a abater inserido na luta anti-capitalista que esta malta faz todo o dia.
    Tudo o que produz bem estar para as massas tem de ser destruído ou dificultado.
    Numa sociedade de bem estar o que é que estas pessoas, mais as suas ONG’s iriam fazer?
    A estrema-esquerda vive da existência de pobreza. Para eles o fim da pobreza é o fim da sua influencia.

    • POIS! says:

      Pois pois!

      Andasse ainda por cá o Festinger e já teria formulado a Teoria da Consistencia Cognitiva.

      Qualquer que seja o escrito da Ana Moreno, logo desencadeia na Qwellllhass um surpreendente estado de consistência do quilo que lhe preenche a cavidade cerebral, e só uma rápida evacuação mental lhe restabelece o equilíbrio cognitivo.

      Mas as contribuições do Pavlov também estão presentes: alguém utilize a palavra “ambiente” ou quejandos e logo a Quwellhass saliva do cerebelo caminhando irresistivelmente para o teclado mais próximo.

      E quando acaba o trabalhinho e carrega no “Publicar comentário” corre para uma mama gigante operada pelo Dr. Burro Esfolador, um psicólogo que habita na casa ao lado, que lhe fornece as calorias líquidas necessárias a tão esgotante atividade.

    • Paulo Marques says:

      Só há um pequeníssimo problema, a natureza não gosta da intensividade, e a abundância não dura ( e não é propriamente de essenciais). E não só não dura, como seca, hoje em dia até literalmente, tudo à sua volta.
      Quem vier a seguir, ou quem quiser crescer comida que encha a barriga, que se foda, que a Joaninha tem o dela.

  3. balio says:

    Nem todos os agricultores fazem culturas de regadio. E os que as fazem, nem todos as fazem absurdas – em muitos casos, fazem culturas que utilizam parcimoniosamente a água.
    A Ana Moreno põe todos os agricultores no mesmo saco, o que é muito injusto.
    E julga que toda a agricultura pode ser como no país onde vive, alimentada somente pela chuva. Portugal não é a Alemanha, Ana.

    • Ana Moreno says:

      Balio, o que acontece é que assisto (sim, assisto, vejo directamente) dia a dia ao aumento persistente do regadio das culturas intensivas numa parte do país – e estou a referir-me a Portugal – onde nunca choveu o suficiente e essa escassez agora está pior e não parará de aumentar. O que acontece é que essas culturas estão a dar cabo do solo, da diversidade e a poluir as águas. O que acontece é que a linha de “desenvolvimento” que está na cabeça desta ministra e no governo é profundamente errada, mas não têm nem visão, nem coragem, para mais.

      • balio says:

        Precisamente por ser numa parte do país onde não chove o suficiente é que o regadio é necessário. E quanto menos chover, mais necessário será.
        (Aliás, para sermos rigorosos, o problema não é não chover o suficiente, o problema é não chover na época certa. Os países do centro da Europa caraterizam-se por terem mais chuva no verão, que é quando as plantas estão em crescimento e necessitam da água, ao contrário de Portugal, onde não chove no verão.)
        O regadio é necessário em Portugal para basicamente todas as culturas. Até para vulgares batatas. Porque nunca se sabe se e quando vai chover.
        Não quero com isto dizer que não haja muitíssimos regadios absurdos. Mas classificar todo e qualquer regadio como absurdo, é um disparate.
        Já agora, regadio e cultura intensiva fazem-se desde o Egito e a Mesopotâmia antigos.

  4. Paulo Marques says:

    A notícia não descrimina, mas é provavelmente verdade. É uma pena, e um desastre; como os tempos mostram nesta série de crises, agricultura proteccionista para reserva estratégica de calorias dava um jeitaço. Não é é o que temos, embora haja em parte.

  5. Joana Quelhas says:

    Parem a chuva no Algarve JÁ !
    A esquerda marxista pós-moderna da Aninhas devia organizar JÁ um protesto contra a chuva no algarve.
    Onde é que já se viu ? A água praticamente tinha acabado por decreto destes “visionários”. Não lhes estraguem a narrativa porra !

    JQ

    • POIS! says:

      Pois realmente! Tem razão a Qwuellass!

      Há mais de 50 anos que não chovia no Algarve (*) e esta malta não aprende! Mas desta vez não vão ter hipóteses de virar a cara!

      Quero ver o que dizem quando constatarem as evidências!

      O aeroporto de Faro transformado em marina!

      Manadas de cavalos marinhos arrastados para Marrocos!

      Torres de Armação de Pêra inundadas do 10º andar para baixo!

      Barcos de cruzeiro atracados em Monchique!

      Golfistas terminam torneio em canoa!

      Enxurrada arrasta preservativo de Zézé Camarinha!

      Milionários russos pisgam-se de submarino!

      (*) Descontando duas vezes em que Satanás, de férias na região, inundou Vila Moura quando viu a conta do “resort”.