Indigência jornalística

Retirado do Instagram.

O jornal Público classifica o apartheid israelita na Palestina como “operação militar”. O jornal Público, sistematicamente apontado como “um jornal de esquerda”, tem como principal cronista um neo-liberal, tem como director outro neo-liberal e classifica a ocupação ilegal de terras e o assassinato de uma jornalista (espantem-se) como “operação militar”.

Chega a ser um constrangimento, hoje em dia “cringe”, ver os malabarismos que vão sendo feitos quer pela classe política, quer pela comunicação social, no que respeita às guerras que por aí grassam. Sabemos por que o fazem, sabemos por quem o fazem. Há uns anos, estudava na FLUL e, no âmbito da cadeira de Sociologia da Comunicação, o jornalista da RTP, João do Rosário, dizia-nos por que razão o jornalismo, hoje, não é tão sério e certeiro como outrora: a partir do momento em que deixaram de ser os jornalistas a dirigir o jornalismo, o mesmo entrou em decadência. E porquê? Porque entraram na equação as empresas de investimento que, hoje em dia, controlam os órgãos de comunicação social: Media Capital, Global Media, Cofina, etc (veja-se, por exemplo, todo o imbróglio Marco Galinha-Mariana Mortágua, e como o primeiro venceu a “guerra” pela força dos rublos).

E só por isto se entende que o jornalismo se preste a tal indigência nos dias de hoje. Tudo fica demasiado exposto quando eclode uma guerra na Europa, enquanto há outras guerras noutros pontos do mundo.

É o que eu digo: putinistas há muitos.

Fotografia: MAYO

Comments

  1. Anti l says:

    E quando o Aventar se tornou num coio de neoliberais, um dos quais me apagou mais do que uma vez, posts meus.
    Achas bem claro. Não estou a comparar um crime dos sionistas com um neoliberal que todos os dias aí vomita ter apagado qualquer coisa que escrevi.
    Felizmente estão a perceber quão perigosos são os neoliberais

    Tenho que ir mudando de emails porque os democratas neoliberais colocam os meus email na lista negra

    Liberais ????

  2. JgMenos says:

    É o capitalismo, está bem de ver!

    Se fosse o socialismo tínhamos aqui toda uma orquestra de uma nota só, com todo o grunho dispensado de ser confundido com opiniões divergentes e factos de toda a origem que, tadinhos, lhes dá cabo da mona, e não os deixar sossegar.

    • Paulo Marques says:

      O que é que isso tem a ver com mais um país do bem, ou, pelo menos, amigo da NATO, matar jornalistas?

  3. luis barreiro says:

    Como é que o jornalismo esquerdalho já tem certeza que foi o exército Israelita? O público já teve acesso à autópsia, a bala qual o calibre? foi morta por uma calibre usado pelos palestinos? usava colete press mas colocou a cabeça acima do muro onde não dá para ler o peito com press? Tantas dúvidas, vá lá que o broco de esquerda apaniguado do exército z não tem dúvidas bem como os seus afilhados jornalistas, já eu espero pela autópsia.

    • POIS! says:

      Pois ficamos então todos á espera da autópsia.

      De V. Exa.

    • Burro mais burro do que tu, só o Menos! says:

      Avi Benayahu, antigo porta-voz do exército israelita, diz que Israel não deve negar a responsabilidade no fuzilamento de Shireen, ao contrário do que tem feito ao longo do dia, e que tal facto não é motivo para pedir desculpa. Deixo as palavras do infeliz, para que não sobrem dúvidas nem sobre a responsabilidade, nem sobre a intenção de mais um crime de guerra assinado pelos israelitas: “Let’s assume Shireen Abu Aqleh was shot dead by IDF. No need to apologize for that.”

      • Burro mais burro do que tu, só o Menos! says:

        Ou será que tu e ele não serão almas gémeas?

    • Joana Quelhas says:

      O Comuna sempre foi anti semita, nunca falha. Se não é anti semita não é comuna.

      Joana Quelhas


      • Fun fact: Os palestinianos também são um povo semita.

      • POIS! says:

        Ora pois!

        Aliás, o D. Manuel era um destacado Comuna . E a Igreja Católica foi governada por papas Comunas durante bastante tempo.

        Deve ser daí que vem a regra.

      • João L Maio says:

        Queilhas,

        É como o fascista como a Joana Banana… sempre foi anti-Rússia. Não falham os fascistas como a Joana Queilhas. Beijinho e come a papa.

      • João L Maio says:

        Mas Queilhas…

        Há palestinianos semitas. Os “comunas” são anti todos os semitas, é isso? Se não é isso… tiveste um avc?

      • Rui Naldinho says:

        “Um décimo da população de Israel é composta por judeus russos, que chegaram ao país depois da queda da URSS”
        Sabes o que é um Kibutz? Quem fundou os primeiros, em Israel?
        Não sabes. Nem queres saber. Preferes alardear a tua ignorância.
        Ó Joana vai fazer o RVCC. No mínimo!

    • Paulo Marques says:

      Porque foi assumido. Além do colete claramente visível usava capacete claramente visível, ambos habituais.
      Ser ignorante e ser uma besta são escolhas. Populares, mas escolhas.

  4. JgMenos says:

    A coisa vai melhorando: de assassínio vai a fuzilamento…
    Grunhos mais grunhos não há!