É preciso ter Olhão, mas a PSP não tem olhinhos

Imagem retirada de Rádio Renascença.

Nos últimos dias, muito se especulou acerca da origem e das motivações dos gandulos que agrediram um cidadão imigrante em Olhão.

Lia ontem no jornal Público que, supostamente, estes faziam parte de uma classe sócio-económica mais baixa, viviam num bairro ”problemático” (adjectivação bacoca e discriminatória), não estudavam nem trabalhavam. Ora, tendo os jovens idades compreendidas entre os 16 e os 19 anos, achei muito estranho que, pelo menos, não estudassem, uma vez que até aos 18 anos está em vigor a escolaridade obrigatória (12° ano). Se, como dizia o Público, “não estudam”, então saber-se-ia se a CPCJ e outros acompanhavam, ou não, os jovens e respectivas famílias (mas a notícia era omissa em relação a isso).

Hoje, no Expresso, ficamos a saber que estes jovens não são de nenhum bairro social “problemático”, mas sim “jovens bem enquadrados socialmente”. Trocado por miúdos (no pun intended), são jovens que não passam dificuldades sócio-económicas de sobremaneira. Apenas um desses jovens faz parte do tal bairro mencionado na notícia do Público de ontem.

Diz a PSP que acredita que a motivação dos jovens criminosos é apenas o roubo e que os ataques a imigrantes, por parte do grupo, são meramente feitos por estes (os imigrantes) serem “alvos fáceis”, afastando a hipótese de xenofobia. Vamos lá ver uma coisa: a PSP não tem formação sobre o que são as várias formas de discriminação? É que, segundo entendo, atacar um imigrante (ou vários) por estes, no entender de quem ataca, serem “alvos fáceis” e, assim, perpetrar o roubo, parece-me uma atitude xenófoba, pois pressupõe a “fraqueza” do cidadão ou o deslocamento da pessoa face à sua terra natal, para que o ataque seja efectuado. Ou seja, se o alvo são imigrantes, seja por que motivo for, mas exclusivamente imigrantes, como é que está “excluída” a hipótese de xenofobia? Mais: se os jovens são pessoas “bem enquadradas socialmente”, como é que a única motivação pode ser, simplesmente, o roubo de imigrantes com recurso à violência? 

Em Portugal, sabemos, faz-se de tudo para que crimes de ódio não sejam tratados como crimes de ódio. E, depois, acontece-nos ter um deputado da extrema-direita, já condenado por crimes de ódio, a processar uma outra deputada da esquerda por esta ter afirmado que a extrema-direita comete crimes de ódio… vá-se lá perceber. 

É o país (e a polícia) que temos.

Lambe-botismo em cama de humor

Ariana Cosme e Rui Trindade escrevem, hoje, dia da manifestação dos professores em Lisboa: «Está na hora de se reconhecer que este Governo e este ministro são, afinal, os melhores interlocutores que os professores e os seus sindicatos poderiam ter.»

Direito à greve, sim, mas, repetem eles

Manuel Carvalho, director do Público, é mais um dos adeptos do direito à greve, mas. No seu editorial de hoje, pretende dar lições de ética aos professores, antecipando o desagrado da opinião pública. Haveria muito para comentar, mas o naco que se segue já é suficiente:

Uma greve de um dia, dois dias ou uma semana, seria inatacável do ponto de vista dos princípios. Exporia ao país sentido de urgência e empenho num combate. Levaria os cidadãos a interessar-se pelas suas causas. A substância do protesto seriam essas causas, não os expedientes de uma paralisação às pinguinhas.

Manuel Carvalho defende, portanto, greves cujo efeito é folclórico e nulo.

Na realidade, as greves de um dia diluem-se em argumentações estéreis acerca dos números de adesão, nunca levaram os cidadãos a interessarem-se pelas causas dos professores e nunca, mas nunca, levaram o Ministério da Educação a mudar, a não ser em meia dúzia de tretas sem importância. Desde 2005, os professores (e sobretudo a Educação) têm acumulado derrotas, mantendo-se, entre muitas outras monstruosidades, um sistema de (pseudo-)avaliação que só serve para impedir que a maioria dos professores progrida na carreira, a subtracção de tempo de serviço, o abuso que consiste em não efectivar professores que andam a ser contratados há 20 anos ou contas manhosas que mantêm as escolas com défice de funcionários.

Manuel Carvalho não se preocupa com nada disso, é um cidadão que não se preocupa com Educação nem com a luta justa dos professores. Para Manuel Carvalho, como para muitos outros, lutar, sim, mas baixinho, que queremos dormir.

Um liberal miguelista

Fotografia retirada do jornal Público

João Miguel Tavares sugeriu, no sítio onde escreve, que “num sistema democrático a polícia deve ter a possibilidade de usar força letal”, referindo-se à invasão, por parte dos apoiantes de Bolsonaro, dos edifícios dos Três Poderes e afirmando que, na sua visão, a polícia, a tal que até foi conivente com o desenrolar dos acontecimentos, deveria ter o direito de atirar a matar sobre os terroristas.

Assim mesmo, olho por olho. Dente por dente. Puxar cabelos e lutar na lama. Igualarmo-nos a quem queremos combater.

Ora, João Miguel Tavares diz-se liberal mas, como liberal que diz ser, parece não ter percebido que, num sistema democrático (e liberal), deve acontecer exactamente o oposto do que diz (isto é, a polícia não poder usar força letal, a não ser em casos em que a própria vida do profissional da polícia ou de terceiros seja colocada em perigo). A Lei e a Constituição, pelo menos a portuguesa, são muito claras a esse respeito. Não conheço os meandros da Constituição brasileira, mas com certeza também será directa e sucinta em tal aspecto. Os terroristas bolsonaristas que destruíram tudo o que se atravessava no seu caminho, durante os tristes acontecimentos do último Domingo, hão-de ser julgados dentro dos trâmites da Lei; sem fuzilamentos ou execuções sumárias. A vida não é o ‘Inglourious Basterds’.

Já João Miguel Tavares, dizendo-se um liberal, começa a amealhar demasiadas opiniões que o colam aos miguelistas ou não fosse ele um Miguel.

Quem é Vladimir Putin? Retrato do homem que enganou o mundo

Indigência jornalística

Retirado do Instagram.

O jornal Público classifica o apartheid israelita na Palestina como “operação militar”. O jornal Público, sistematicamente apontado como “um jornal de esquerda”, tem como principal cronista um neo-liberal, tem como director outro neo-liberal e classifica a ocupação ilegal de terras e o assassinato de uma jornalista (espantem-se) como “operação militar”.

Chega a ser um constrangimento, hoje em dia “cringe”, ver os malabarismos que vão sendo feitos quer pela classe política, quer pela comunicação social, no que respeita às guerras que por aí grassam. Sabemos por que o fazem, sabemos por quem o fazem. Há uns anos, estudava na FLUL e, no âmbito da cadeira de Sociologia da Comunicação, o jornalista da RTP, João do Rosário, dizia-nos por que razão o jornalismo, hoje, não é tão sério e certeiro como outrora: a partir do momento em que deixaram de ser os jornalistas a dirigir o jornalismo, o mesmo entrou em decadência. E porquê? Porque entraram na equação as empresas de investimento que, hoje em dia, controlam os órgãos de comunicação social: Media Capital, Global Media, Cofina, etc (veja-se, por exemplo, todo o imbróglio Marco Galinha-Mariana Mortágua, e como o primeiro venceu a “guerra” pela força dos rublos).

E só por isto se entende que o jornalismo se preste a tal indigência nos dias de hoje. Tudo fica demasiado exposto quando eclode uma guerra na Europa, enquanto há outras guerras noutros pontos do mundo.

É o que eu digo: putinistas há muitos.

Fotografia: MAYO

Cavaco, coragem e ressentimento

Via Rádio Renascença

Cavaco Silva fez nova uma pausa na faustosa reforma, para mais do mesmo: malhar em António Costa. Com total legitimidade sublinhe-se. No fundo, e perante a perda de protagonismo e influência do seu partido, em queda livre desde que foi primeiro-ministro, Cavaco faz aquilo que ninguém no PSD parece ser capaz de fazer: oposição. Para quem tantas vezes afirmou que não era político, não há meio de se libertar da política.

Cavaco acusa Costa de falta de coragem. E, se há alguém neste país que está habilitado a dar lições de moral e bons costumes sobre coragem, esse alguém é Cavaco Silva. Porque de coragem perceber ele:

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“Andamos a Leste”, uma crónica de Madalena Sá Fernandes

Partilho aqui um excerto de uma crónica que li hoje no Público. De Madalena Sá Fernandes.

Manifestações. Uma mensagem no WhatsApp. Um míssil. Miss you! Bombardearam um lar. Também eu, temos de combinar. Vem aí a terceira guerra mundial. Que tal hoje à tarde? Vídeos de pais a despedirem-se dos filhos. Trânsito na Segunda Circular. Os ucranianos. Vou tentar pensar noutra coisa. A Rússia invadiu a Ucrânia. Não te esqueças de comprar leite. Bombardearam uma escola. Vou pôr gasolina. Tomaram Chernobyl. Onde é que eu pus os óculos? Putin ameaça quem intervier. São 20€ de gasolina. Rússia lança ataques aéreos. Qual é a bomba? Pessoas em pânico fogem da Ucrânia. É a bomba 3. A culpa é do Putin. Desculpe, esse carrinho é meu. A culpa é dos EUA. Já não tem alho francês? A culpa é da NATO. No corredor 6 ao lado dos frescos. A culpa é do PCP. Ah, também preciso de champô. A culpa é da China. Patrícia chamada à caixa central. Como é que foi o teu dia? Pela paz. Parece que não estou aqui. Fim da guerra. Também eu, não consigo pensar noutra coisa. Onde é que pus os óculos? Andamos a Leste. 

Breve nota a sobre guerra ideológica em curso

Trouxe esta imagem do Facebook do Ricardo Paes Mamede, que nos propõe um exercício em que a sondagem da Universidade Católica para o Público/RTP surge como um espelho dos vários combates ideológicos em curso, pese embora a ausência de critérios ideológicos no centrão das negociatas, bem espelhada na legenda.

Destaque positivo para a queda do Chega, deixando claro que a extrema-direita começou finalmente a perder terreno, apesar do desfecho da Operação Marquês e da existência de Eduardo Cabrita, que Ventura já não consegue cavalgar com a destreza populista de outros tempos. A máscara anti-sistema caiu e já não há muito que a propaganda possa fazer por ele. Com tanta cabritice, haja uma boa notícia para animar a democracia.

Adenda, com sete imagens, ao meu artigo de hoje no Público

Na passada sexta-feira, dia 24 de Abril de 2020, ao fim da tarde, enviei para publicação o meu artigo de hoje no Público. Nos anexos, incluí algumas imagens. Entre essas imagens, encontrava-se esta:

Trata-se de uma imagem deste texto de 19 de Abril de 2020, protagonista do meu artigo de hoje. Como vêem, lá está o vêem de Vital Moreira na quarta linha.

Aumentado, para aqueles que não o vêem bem:

Como refiro hoje, aquando do envio para publicação deste meu outro artigo no Público que tanto incomodou o ex-eurodeputado, adoptei exactamente o mesmo procedimento.

Eis a imagem da discórdia, do texto de 17 de Abril de 2020: [Read more…]

Público, um jornal socialista, ou comunista, ou lá o que é

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A imprensa portuguesa, é sabido, é toda de esquerda. Tirando o Diabo, o Observador e o Angelus TV, é tudo esquerdalho. O Público, diz a narrativa dominante, é dos mais esquerdalhos. Ouvi até dizer que é socialista, ou comunista, que, sendo duas palavras diferentes, têm hoje o mesmo significado. Porque sim.

Duarte Lima foi dirigente, deputado e líder da bancada parlamentar do PSD durante o cavaquismo, ao qual está intimamente ligado. Desempenhou um papel de relevo na fraude do século, o BPN, protagonizada por um conjunto de cavaquistas que, contas redondas, lesaram o país em vários milhares de milhões de euros, parte dos quais garante hoje a quase todos os envolvidos uma reforma dourada, a par com uma ou outra subvenção vitalícia, igualmente dourada. [Read more…]

Quem é que faz uma machete destas?

Dois alienados lunáticos encontram-se para satisfazem as suas agendas pessoais. Alguém em Portugal faz um título a dizer “Trump e Kim tinham tudo para dar certo mas tropeçaram nas sanções”. Trata-se de um caso de incompetência ou de cegueira?

Podcasts – “Poder Público”

A descrição do podcast é dos próprios autores. “Protagonistas, histórias e decisões. No Poder Público, Inês Ameixa e Ruben Martins contam o outro lado da política. Todas as semanas, trazem diferentes protagonistas, histórias que merecem ser contadas e decisões que mudam a vida das pessoas.” (RSS do podcast; sítio do jornal).

Neste episódio, os autores falam com os autores dos sites hemiciclo.pt e fogos.pt, “dois projectos que vieram ajudar na relação entre população e serviços públicos.”

Aventar Podcast
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Podcasts - "Poder Público"







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Diogo Queirós de Andrade e o jornalismo pidesco

Ricardo Costa deu o mote há uns meses, mas o subdirector do Correio da Manhã Público, Diogo Queirós de Andrade, foi mais longe. Numa das mais abjectas publicações de que me lembro, ao bom estilo da bufaria pidesca, foi à sua página do Facebook denunciar um dos autores da página Os truques da Imprensa Portuguesa. A forma e o conteúdo dizem-nos tudo sobre a pequena e lamentável personagem.

Olha olha. Já se sabe o nome de um dos rapazolas dos Truques da Imprensa Portuguesa. O primeiro a pôr a cabeça fora da toca é o Pedro Bragança Ribeiro, que é também autor do Baluarte Dragão, uma página de propaganda futebolística graças à qual aparece num canal de cabo. Bem mais interessante é saber-se que este moço foi candidato à Assembleia Municipal de Gondomar pelo Partido Socialista – e foi também parte activa dos jovens que apoiaram Sampaio da Nóvoa no SNAP, movimento que serviu de embrião à atual página d’Os Truques. Também é aluno de doutoramento da Faculdade de Arquitetura do Porto desde 2014, na mesma universidade onde já tinha sido gestor da Associação de Estudantes. E já escreveu uns textos para o P3. ;)Claro que este moço prendado e de boas famílias não é o único autor dos Truques, até porque há nomes de Lisboa. Mas agora que o anonimato já foi para as couves, já se pode falar dos Truques como a fachada odiosa de um discurso populista e demagógico que tem como único objetivo desvalorizar a credibilidade da imprensa para proteger uma certa esquerda que está no poder. Finalmente!

Em meia dúzia de linhas, este mau-carácter faz insinuações sobre a vida privada de Pedro Bragança, tenta colá-lo ao PS com mentiras e omissões e acaba com aquilo que realmente o incomoda, a protecção «a uma certa esquerda que está no poder». [Read more…]

Crónicas do Rochedo #XIV :: A ousadia dos tontos

O comentador de direita(???) que a esquerda mais gosta, João Miguel Tavares, escreveu no Público um artigo em que procura explicar porque não pode um maçon ser Primeiro-ministro em Portugal.

Aguardo pelos próximos artigos onde o autor vai explicar que não pode um membro da Opus Dei ser Primeiro-ministro em Portugal nem uma Testemunha de Jeová e menos ainda um clérigo da Igreja Adventista resvalando nas semanas seguintes para a proibição aos Judeus, seguido do mais que lógico impedimento a qualquer criatura que seja adepta do FC Porto. O mais difícil é começar e JMT já começou.

Porém, uma leitura mais atenta ao seu artigo permite perceber melhor quem quer ele atingir. A maçonaria? Não, este é daqueles que é forte com os fracos e fraco com os fortes. Não. Todo aquele relambório tinha como único objectivo açoitar dois protagonistas da direita portuguesa. E como a esquerda gosta destes fretes! As desculpas e as voltas que o autor deu para chegar a Luís Montenegro e Pedro Duarte. Parece que os dois são da maçonaria. Segundo as fontes do JMT. Porque os visados não desmentiram as referidas fontes/notícias conclui o comentador de direita adorado pela esquerda caviar que eles são da maçonaria. Não sei. Desconfio é que sejam ambos do FC Porto e isso sim, para o JMT e os seus companheiros de luta, isso devia ser criminalizado. O que eu gostava de saber é se qualquer um deles é competente para o suposto cargo. Dispenso, deve ser mania minha, saber se são da maçonaria, da opus ou testemunhas de Jeová ou qual a sua orientação sexual. Mas devo ser eu que estou errado.

Não conheço o Luís Montenegro, penso que me cruzei com ele uma ou duas vezes em cerimónias públicas. Já o Pedro Duarte conheço. E do que conheço considero-o competente para o cargo. Só não sei é se ele o deseja. Se não o deseja, não terá de se preocupar com este tipo de tonto. Se o deseja, então muito cuidado. O ideal é começar, desde já, a usar na manga da camisa uma fita identificadora. Seja ela um triângulo com um olho no meio ou uma estrela de David ou mesmo uma bola de basquetebol azul com um Dragão na parte superior.

É que a ousadia dos tontos é muito perigosa. Mesmo.

Torremolinos, o lado negro da Força

Fabuloso, Nabais:

Tiago: Pá, se o governo se vê embebido dessa cena, quessafoda o colchão!

O drama, a tragédia e o horror. O geringonçismo a apoderar-se das mentes frágeis dos estudantes e a manipulá-las contra a propriedade privada. O colchão pela janela, a guerra civil, a Internacional a tocar ao fundo do corredor com cheiro a urina e o adolescente com vómito no canto da boca. Demais. O fim deve estar mesmo próximo. Pelo menos a julgar pela claustrofobia democrática anunciada pelos profetas do apocalipse. Obrigado, Nabais. Foi um belo momento e retratou na perfeição uma das mais anedóticas e alucinadas teorias da conspiração de que tenho memória.

In other news, shit that (apparently) really matter. Segundo Luciano Alvarez, jornalista do Público, Torremolinos, assim como outros destinos idênticos escolhidos para as viagens de finalistas, podem depender de quem ganha as eleições nas associações de estudantes dos liceus portugueses. As agências de viagens patrocinam coisas às listas concorrentes à AE, que podem ser um insuflável ou uma Barbie aspirante a dondoca de qual dos Big Brothers esteja a bater agora, e, e agora vem a parte engraçada, se aquela lista ganhar as eleições, a agência ganha a organização da viagem de finalistas. Free market rules! [Read more…]

O défice, os parasitas e a propaganda

No final da passada semana, quase à mesma hora, Público e RTP trouxeram Conselho de Finanças Públicas à baila. No primeiro, ao bom velho estilo marxista que por lá impera, destacava-se a possibilidade, aventada por Teodora Cardoso, sobre os perigos de um défice acima dos 3%. Na estação pública, naturalmente controlada pela Geringonça, é referido um relatório do CFP, que aponta para um défice de 1,7% em 2017, caso o sistema bancário não entre novamente em colapso. 

Três dados a reter: 1) apesar de Teodora Cardoso, o CFP parece ter deixado de contribuir para o peditório do Diabo, 2) o problema continua a ser o mesmo – os bancos, os seus parasitas e as suas vidas acima das suas possibilidades, que continuam a pôr o país em xeque – e 3) o Público do senhor Dinis não se limita a purgar a sua redacção de perigosos esquerdalhos, tendo já adoptado o idioma oficial da propaganda de direita.

Exactamente, Alberto Gonçalves: Portugal está perigoso.

Faz hoje três meses, o Fernando Moreira de Sá escreveu sobre a saída do Alberto Gonçalves do DN, e deixou-me o José Vítor Malheiros e o Público, sobre os quais na altura não escrevi, porque, ao contrário do DN, que deixou intacta a restante ala direita, o Público continuou a despachar a esquerda. Seguiram-se Paulo Moura e Alexandra Lucas Coelho. Hoje regresso a todos eles, porque Portugal está perigoso. Para o Alberto Gonçalves mas sobretudo para a esmagadora maioria da opinião publicada à esquerda. Nos jornais como nos comentários televisivos.

No caso de Alberto Gonçalves, este da Sábado, não o do DN, um toque de fina ironia merece ser destacado. Ver um proeminente liberal, alegadamente sacrificado no altar capitalista com um contrato indigno, indignado porque prescindem de parte dos seus serviços, não perdendo tempo para fazer acusações como as que podemos ver em cima, faz lembrar aquele cliché da direita do esquerdalho que arranja desculpas para justificar os seus insucessos profissionais. Então o dinheiro não é do patrão e não é ele que decide? Até aqui estava tudo bem, agora a liberdade poderá ter chegado ao fim e a purga não poupa quase nenhum daqueles que tornava a Sábado legível. Tem a sua piada. Será que também correram com o Nuno Rogeiro e ninguém nos avisou? Estes comunas do grupo Cofina… [Read more…]

Uma história do Público em 2233 palavras

Alexandra Lucas Coelho, o Último Texto.

David Dinis e o Público

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Rui Naldinho

David Dinis foi convidado pelos sociais-democratas Alexandre Relvas e António Carrapatoso há cerca de três anos para dirigir o primeiro projecto digital de comunicação em Portugal, o jornal electrónico “Observador”. O referido diário mais parece um blogue da “extinta” PAF, com jornalistas e colaboradores escolhidos a dedo. Os temas, as notícias e os assuntos estão alinhados politicamente, tendo a direita como sua clientela quase exclusiva. Mas, tirando esse “pormenor”, nada terei a acrescentar, uma vez que só lá vai quem quer. Aquilo até nem se paga!

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E o próximo a ser saneado pelo Dinis vai ser…

Pacheco Pereira

O pós-Público do Sr. Dinis

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É claro que a malta d’Os truques irrita muita gente. Durante anos, o 4º poder fez o que lhe deu na real gana, servindo interesse aqui, interesse acolá, até que as perigosas redes sociais emergiram e deram à luz novas formas de escrutínio, nem sempre objectivas ou sequer coerentes, é certo, mas ainda assim capazes de desmontar e expor a falta de rigor e a manipulação de informação. Informação que é absorvida, processada como verdade absoluta e propagada de forma descontrolada, fomentando percepções distorcidas, criando focos de tensão, alimentando ódios sectários. [Read more…]

Ensino privado na liderança absoluta do ranking das notas aldrabadas

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Surgiu uma interessante notícia no Público, sobre o estado da Educação em Portugal. Não, não é da autoria de Clara Viana. Deus a livre de tal heresia! Onde é que já se viu denunciar que dois terços das escolas que mais inflacionam as notas pertencem ao ensino privado, quando ensino privado representa apenas 17% do universo escolar nacional? E andamos nós a enfiar dezenas de milhões de euros nestas instituições, que lucram outros tantos milhões e ainda manipulam resultados. Não admira que te queiram fazer a folha, Tiago.

Imagem via Uma Página Numa Rede Social

Maria Luís faz merda e o culpado é o Centeno

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É o que retiro da escolha da redacção do Público para a fotografia que ilustra este “desce”. Podia ter escolhido a senhora Arrow Global? Podia, mas não era a mesma coisa. É que, quando penso em swaps, não sei bem porquê, não me ocorre o nome do ministro das Finanças. Ocorre-me a bela merda que Maria Luís Albuquerque, e outros como ela, andaram a fazer em empresas públicas. Diz o Viriato que, ainda Sòcrates mandava nisto tudo, e já a Dona Maria andava a dar cabo dos cofres públicos. A levar o país a sério à moda do PSD.

Fonte: Os truques da imprensa portuguesa

Imprensa portuguesa? Tudo comunistas.

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Andam por aí uns tipos engraçados, fanáticos quando baste, que se entretêm a tentar transformar propaganda barata em factos, para consumo de indivíduos que estejam na disposição de ser aldrabados. Dizem eles, que para além de engraçados e fanáticos ainda são desonestos, que a comunicação social portuguesa é controlada pela esquerda. Não sei se se referem ao grupo Impresa (SIC, Expresso e Visão), desse histórico comunista que é Pinto Balsemão, se aos marxistas do SOL, I, Correio da Manhã e Observador, sempre na vanguarda da luta esquerdalha. Será o Público, essa referência vermelha, liderada pelo camarada David Dinis? Talvez sejam o JN e o DN, esses pasquins de extrema-esquerda, propriedade de perigosos estalinistas como António Mosquito, Joaquim Oliveira e Luis Montez. São comunas a mais, não são? [Read more…]

A aldrabice do dia

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Denunciada por João Semedo, trata-se de uma aldrabice muito simples. O Bloco apresentou um projecto de lei para impedir os salários à moda da direita na CGD, que foi chumbado, pelo que não tem nem a faca, nem o queijo não mão. Já David Dinis, com a faca e o queijo do Público na mão, em processo acelerado de observadorização, pode debitar estas coisas – é livre de o fazer – mas o verdadeiro objectivo por trás delas mais não é que uma nova tentativa de criar instabilidade o seio do acordo entre os partidos de esquerda.  [Read more…]

Enquanto dormia, David Dinis observadorizou o PÚBLICO

público observador

Com a entrada em funções de David Dinis como director do PÚBLICO, passei a receber um email diário titulado “Enquanto dormia”. Ao lê-lo pela primeira vez, senti uma sensação estranha, sem que a tenha conseguido identificar. Entretanto, percebi que se devia à expressão de alguém fazer qualquer coisa nas nossas costas enquanto dormimos. Algo que aconteça sem nosso controlo.

O título é, na minha opinião, um pouco infeliz, mas hoje constato que tem também alguma substância.

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Ano lectivo abriu

E não ia ser uma trapalhada por causa dos alunos que tinham saído dos colégios?

Estratégias de médio prazo

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Em entrevista ao jornal Público, Luís Montenegro argumenta que tanto o presidente da República como a União Europeia têm sido “colaborantes” com o actual governo. Parece-me uma evolução digna de registo, quando comparamos a actual situação à anterior em que Belém era habitado por um elemento decorativo e enfadonho e a relação com a União Europeia era de absoluta submissão. [Read more…]

Adivinhação

“Os resultados representam um raro revés para Merkel, que procura um quarto mandato no próximo ano.” diz o artigo do Público sobre as eleições de domingo no estado de Mecklenburg-Vorpommern. Fantástico!!! O Público sabe mais sobre Merkel do que ela própria e do que a nação inteira, pois a Chanceler anunciou expressamente que ainda não se pronuncia sobre se vai, ou não, voltar a candidatar-se ao posto e que o comunicará “no momento apropriado”. Isso dependerá provavelmente de vir a obter, ou não, o apoio do CSU – o partido “irmão” do CDU de Merkel, na Baviera – para a sua candidatura. O que é duvidoso, sabendo que Horst Seehofer, presidente do CSU, é um crítico acérrimo da política de refugiados de Merkel, tendo já ameaçado que o seu partido apresentaria um candidato próprio – quem sabe até se estaria a pensar em si mesmo… E, presumivelmente, a forte queda da sua popularidade (42% numa sondagem recente) também terá alguma influência na decisão de Merkel… Por outro lado, é conhecida a sua citação “Não quero ser apenas um destroço meio-morto quando abandonar a política”… Enfim, pontos de interrogação atrás de pontos de interrogação… Pode ser que sim, pode ser que não.

Ai o rigor jornalístico…