Na Lisboa antiga, quem lá trabalha sabe que não pode lá viver, pois para quem trabalha não é suportável pagar rendas excessivas ou andar de airbnb em airbnb.
Na Lisboa moderna, tudo é diferente. Há rooftops, sunsets, beers em pubs e chefs com Michelin, onde só os que usam anel no mindinho são livres de circular.
Duas Lisboas, na mesma Lisboa. Obrigado, neo-liberalismo.
O ‘anel no mindinho’!
A unha comprida seria mais a tua praia.
A cambada só fala em pão, habitação, saúde e educação…e uns trocos para tudo o mais.
Só é preciso que os neo-liberais paguem impostos para lhes sustentar os ‘direitos’.
Não, só é preciso que se deixe de fazerem-lhes as vontades, quem faz o pão, a habitação, a saúde, e a educação também trata do resto quando lhes deixarem.
Afinal de contas, vamos ter que empobrecer para os salvar outra vez, para ver se é desta que funciona!
Só se fosse para te coçar a noção.
Assim como o Maio , eu quero viver no centro de Lesboa,
Quero ir a pé para o emprego e depois do dito quero ir aos bares e restaurantes chiques.
Já disse.
O governo tem que me criar as condições inclusivas , justas e igualitárias para isso.
E quais são as condições justas e igualitárias ? As q forem necessárias para podermos frequentar estas locais chiques com “chefs” e modismos estrangeirados como sejam salários “dignos”… etc , o Maio sabe, tudo o que for menos que isso é o maldito capitalismo…
Joana Quelhas
Pois mas creia que Vosselência…
Nem precisa do tal “salário digno” estrangeirado para frequentar esses locais.
“Lesboa” está cheia de Greys ricalhaços à procura de “Anastácias” Quelhas.
Assim, Vosselência já pode ser escrava e divertir-se na mesma.
Estão á sua espera umas chicotadas socialistas no lombo e uns eletrochoques comunas na espinhela. Ui!
Só pode ter uma cidade para locais se construir uma cidade para locais. O que a Joana caricatura é um contra-senso; existe, é certo, mas não é Maio, é em quem come as benesses do capitalismo e ainda não foi espezinhado.
Por falar nisso, como é que vai a aposta das poupanças nas criptocoisas e acções da Tesla? Já foram canceladas?
Eu não quero nada, Queillas. Mas há gente que só quer ter onde viver sem ter de vender um rim.
Um dos problemas é que tudo quer viver em Lisboa ou Porto. Mais de metade do país enfiado em duas metrópoles.
O resto é província para ir fazer uma almoçarada ao fim de semana e fazer turismo
E onde estão o emprego e os serviços, cada vez mais? Ciclos viciosos, qué isso?
Pois, não sei. Ninguém quer saber.
A “intelectualidade” portuga fala de Portugal-país referindo-se a Lisboa-cidade. O Governo faz uns tours pela província em tempos de eleições.
Os migrantes que se instalam em Matosinhos ou Cacém cedo esquecem a sua origem rural.
E assim se anda.
Resolver o problema demográfico e de coesão territorial devia ser “o” desígnio nacional. Em vez disso passam-se horas a discutir percentagens nos escalões IRS e tostões no salário mínimo.
Ou então assumir e vender isto ao retalho. Decerto que os alemães compariam o Algarve, os nórdicos acham piada ao Interior, podem ficar com as Beiras e Trás-os-Montes.
Mudam-se os institutos de sítio, de preferência para a segunda cidade, e fica tudo resolvido.