
Após as eleições legislativas e perante o desastre eleitoral o PSD foi a votos para escolher nova liderança. O PCP fez exactamente o mesmo. O destroçado CDS idem. Todos os grandes derrotados foram a votos internamente. Todos?
Não. O Bloco de Esquerda nem pestanejou. A querida líder está agarradinha que nem uma lapa. Ainda bem. Já o outro dizia: Olha para o que eu digo e não para o que eu faço….
Acho que o modelo está esgotado, e auto-derrotado. Mas quem quiser, não vota. Para mudar como outros mudam, mais vale tar quieto.
Ela desde o princípio que mostrou uma enorme apetência por aquele lugar. Ela queria-o e conquistou-o. Pôs-se lá por vontade própria e desde o princípio tornou claro que dali não sairia a não ser que a empurrassem com muita, mas mesmo muita força.
Líder não, coordenadora. No Bloco, não líderes ou liderados, todos são iguais.
Balelas. No Bloco há delegados aos congressos, que não são iguais a quem não é delegado. E muitos delegados são eleitos, mais ou menos explicitamente, por inerência – ou seja, é dito aos militantes, claramente, que devem eleger X para delegado porque X é uma pessoa importante do Bloco e portanto tem que estar no congresso dê lá por onde der.
Isso não é verdade, Lavoura.
Há tanta coisa para se criticar no Bloco, andam o Lavoura e o FMS a inventar argumentos… vá-se lá perceber a falta de pontaria (se calhar é da idade).
João L. Maio,
de facto, não sei se atualmente é verdade. Mas já foi. Eu fui militante do Bloco, há duas dezenas de anos (creio que saí no princípio de 2005), e lembro-me dessa situação – o coordenador a dizer aos membros do núcleo de Lisboa que podiam eleger livremente os delegados ao Congresso, mas que essa sua liberdade deveria acatar forma de que Louçã, Fazenda, e etc fossem eleitos delegados.
É possível que no núcleo do qual o João Maio faz parte não haja tipos importantes que é essencial que sejam eleitos delegados. Mas no núcleo de Lisboa há (ou havia).
Tanto ontem como hoje, o Lavoura insiste em dar como certo algo que, depois, diz “não ter a certeza” de ser verdade.
Parece-me mau princípio.
É inegável que em Lisboa está grande parte da monarquia do partido. Mas vêm perdendo força. Tanto que a “querida líder”, tão querida que é, perdeu imensos lugares directivos para outras moções (sim, a líder é querida, mas no BE foram a votos 3 – ou 4 – moções) e não só uma como no CH (nem teve 99% dos votos).
De resto, pessoalmente, acho que é altura de se pensar na mudança. Está direcção cometeu o erro de social-democratizar o partido e tentar colá-la à ala esquerda do PS. Como se vê, correu bem até 2019 mas depois começou a correr mal.
Da minha parte, Mariana Mortágua, José Soeiro ou Marisa Matias. Já não há Louçã, já não há Fazenda activo, já não há Miguel Portas… é o que temos.
Sempre que se fala do BE temos logo quem sofre de ejaculação precoce. Deve ser da idade….
Há quem tenha fetishes de femdom, e não há nada de errado com isso.